Esporotricose em Pernambuco : diagnóstico, descrição epidemiológica, caracterização genômica e antifúngica dos isolados do complexo Sporothrix schenckii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: VALERIANO, Carlos Alberto Tiburcio
Orientador(a): LIMA NETO, Reginaldo Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44842
Resumo: A esporotricose, é uma micose subcutânea causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii, e apresenta distribuição mundial. S. brasiliensis, espécie endêmica do Brasil, é responsável pela epidemia no Rio de Janeiro, a qual apresenta como principal característica a transmissão zoonótica por acidente com gatos acometidos. Em Pernambuco, a esporotricose humana é doença de notificação compulsória. O presente trabalho teve o objetivo de descrever a epidemiologia da esporotricose em Pernambuco, bem como o perfil de sensibilidade antifúngica dos isolados obtidos e propor alternativas terapêuticas. Amostras clínicas de humanos foram obtidas por coleta micológica realizada em um hospital público, e isolados de Sporothrix sp. de felinos, através do Laboratório de Endemias de Pernambuco. O diagnóstico foi obtido por isolamento do patógeno e visualização de estruturas micomorfológicas. Isolados foram identificados genotipicamente por sequenciamento do gene CAL, e testes de sensibilidade antifúngica realizados pelo método de microdiluição em caldo. Extratos hidroalcóolicos de três espécies de plantas nativas do Nordeste foram testados contra os isolados clínicos. 59 casos de esporotricose humana e 51 de esporotricose felina foram descritos em Pernambuco, sendo S. brasiliensis a espécie prevalente, com apenas duas ocorrências de S. schenckii em humanos. A Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentou maior ocorrência da esporotricose felina e humana com 99,99% e 91%, respectivamente, do total de casos. Recife e Olinda apresentaram o maior número de casos (26 em Recife e 49 em Olinda). A transmissão zoonótica ocorreu em 89,9% dos casos em humanos. As formas linfocutâneas e cutânea fixa foram as mais frequentes, e membros superiores os mais afetados (58,9%). O Gênero feminino foi o mais acometido (74,6% dos casos), sendo aposentadas e trabalhadoras do lar as mais afetadas. Gatos machos foram os mais acometidos (75%), ocorrendo lesões disseminadas em 29,7% dos casos. Isolados clínicos apresentaram sensibilidade a três antifúngicos utilizados no tratamento da esporotricose: itraconazol (1 μg/mL para ambas as espécies), anfotericina B (1,3 μg/mL para S. brasiliensis e 0,7 μg/mL para S. schenckii) e terbinafina (0,3 μg/mL para S. brasiliensis e 1,25 μg/mL para S. schenckii), com alguns casos de resistência de S. brasiliensis a itraconazol e terbinafina. Todos os extratos apresentaram atividade frente às duas espécies identificadas, com melhor atividade apresentada pelo extrato de aroeira (Schinus terebinthifolius) com CIM média de 3 μg/mL para S. brasiliensis e 2 μg/mL para S. schenckii. A esporotricose em Pernambuco apresenta características epidemiológicas semelhantes às apresentadas em surtos descritos no Brasil, representando um problema de saúde pública. S. brasiliensis é a espécie prevalente associada à transmissão zoonótica, e apresenta emergência na resistência a antifúngicos. Extratos naturais se apresentam como potenciais propostas terapêuticas para tratamento da esporotricose no futuro.
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Em Pernambuco, a esporotricose humana é doença de notificação compulsória. O presente trabalho teve o objetivo de descrever a epidemiologia da esporotricose em Pernambuco, bem como o perfil de sensibilidade antifúngica dos isolados obtidos e propor alternativas terapêuticas. Amostras clínicas de humanos foram obtidas por coleta micológica realizada em um hospital público, e isolados de Sporothrix sp. de felinos, através do Laboratório de Endemias de Pernambuco. O diagnóstico foi obtido por isolamento do patógeno e visualização de estruturas micomorfológicas. Isolados foram identificados genotipicamente por sequenciamento do gene CAL, e testes de sensibilidade antifúngica realizados pelo método de microdiluição em caldo. 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Extratos naturais se apresentam como potenciais propostas terapêuticas para tratamento da esporotricose no futuro.FACEPESporotrichosis is a subcutaneuous mycosis caused by fungi of Sporothrix schenckii complex, which show global distribution. S. brasiliensis, Brazil endemic specie, is the major pathogen in Rio de Janeiro epidemic, where the main transmission way is the zoonotic transmission, due bites, or scratches by sick cats. In Pernambuco, human sporotrichosis is a compulsory notfication disease. The present study aimed to describe an epidemiology of sporotrichosis in Pernambuco, as well as the antifungal sensitivity profile of those granted and alternative therapeutic proportions. Clinical samples from humans were created by mycological collection carried out in a public hospital, and from Sporothrix sp. of felines, through the Pernambuco Endemic Laboratory. The diagnosis was established by isolating the pathogen and visualizing mycomorphological structures. Isolates were identified genotypically by sequencing the CAL gene, and antifungal sensitivity tests performed by the broth microdilution method. Hydroalcoholic extracts of three species of plants native to the Northeast were tested against those granted. 59 cases of human sporotrichosis and 51 of feline sporotrichosis were reported in Pernambuco, with S. brasiliensis being a prevalent species, with only two occurrences of S. schenckii. The Metropolitan Region of Recife (RMR) has a higher occurrence of feline and human sporotrichosis with 99.99% and 91%, respectively, in RMR. Recife and Olinda independent the highest number of cases (26 in Recife and 49 in Olinda). Zoonotic transmission occurred in 89.9% of cases in humans. Lymphocutaneous and fixed cutaneous forms were the most frequent, and upper limbs the most affected (58.9%). The female gender was the most affected (74.6% of the cases), with retired workers and house workers being the most affected. Male cats were the most affected (75%), with widespread lesions occurring in 29.7% of cases, mainly on the head (59.2%) and snout (45.8%). Clinical isolates to three antifungals used to treat sporotrichosis: itraconazole (1 μg/mL for both species), amphotericin B (1.3 μg/mL for S. brasiliensis and 0.7 μg/mL for S. schenckii) and terbinafine (0.3 μg/mL for S. brasiliensis and 1.25 μg/mL for S. schenckii), with some cases of S. brasiliensis resistance to itraconazole and terbinafine. All extracts loaded against the two identified species, with the best activity presented by the aroeira extract (Schinus terebinthifolius) with an average MIC of 3 μg/mL for S. brasiliensis and 2 μg/mL for S. schenckii. Sporotrichosis in Pernambuco has epidemiological characteristics to appearances in outbreaks in Brazil, representing a public health problem. S. brasiliensis is a prevalent type associated with zoonotic transmission and presents an emergency resistance to antifungals. Natural extracts are intended for therapeutic proposals for the treatment of sporotrichosis in the future.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMicoses fungóidesAntimicóticosEpidemiologiaEsporotricose em Pernambuco : diagnóstico, descrição epidemiológica, caracterização genômica e antifúngica dos isolados do complexo Sporothrix schenckiiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdf.txtTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdf.txtExtracted texttext/plain280139https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44842/4/TESE%20Carlos%20Alberto%20Tiburcio%20Valeriano.pdf.txt28bec24ac23e8c824fb254c58c2938caMD54THUMBNAILTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdf.jpgTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1332https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44842/5/TESE%20Carlos%20Alberto%20Tiburcio%20Valeriano.pdf.jpg89f99730cf7819d4b14b523c42542339MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44842/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44842/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdfTESE Carlos Alberto Tiburcio Valeriano.pdfapplication/pdf2656164https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44842/1/TESE%20Carlos%20Alberto%20Tiburcio%20Valeriano.pdfbf6d20c8c9b0876e3279db461f173162MD51123456789/448422022-06-23 02:22:19.37oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44842VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-06-23T05:22:19Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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