Garimpeiras locais contra as Minas Gerais: o que elas me ensinaram sobre capitalismo e ciência
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4325 |
Resumo: | Esse texto foi construído a partir de duas tramas: a primeira é a da preocupação das pessoas de São João com a intensidade cada vez maior da ocupação Ocidental e como estão lidando com isso. A segunda é a minha preocupação em ajudar as ocupações não-ocidentais e de tudo que desvia da ocidentalidade no fazer arqueológico e antropológico e como eu tentei lidar com isso. Ao percorrer os caminhos que me propus me deparei com os mecanismos de adaptação usados por estas mulheres para sobreviver sem se enforcar nas sobreposições, apertos e embaraços das redes de relações sendo influenciadas cada vez mais pelas estratégias de dominação da modernidade e do capitalismo. Em São João da Chapada podemos ver o quanto a aceleração do processo de cercamento de terras e a Ciência são os principais instrumentos disciplinadores, colonizadores e reguladores, usados para empurrar as pessoas mais e mais em direção a um modo de vida capitalista. Sendo esta a preocupação maior de todos ali este trabalho traz uma descrição das resistências e parte delas para entender as relações que lá acontecem. Orientada por teóricas indígenas descoloniais e principalmente pelas experiências em São João da Chapada, vi a necessidade da produção de um texto que não se tratasse apenas de uma descrição etnográfica, mas de experimentar uma inversão a este processo e produzir conhecimentos sobre a arqueologia orientados pelas minhas experiências de campo. Finalizo então com uma reflexão sobre como construir outras metodologias arqueológicas que nos ajudem a destruir as bases patriarcais da nossa prática. |
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2019-04-22T14:05:03Z2019-04-172019-04-22T14:05:03Z2018-10-31SCHIMIDT, Sarah Kelly Silva. Garimpeiras locais contra as Minas Gerais: o que elas me ensinaram sobre capitalismo e ciência. 2018. 79 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Instituto de Ciências Humanas. Universidade Federal de Pelotas, 2018.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4325Esse texto foi construído a partir de duas tramas: a primeira é a da preocupação das pessoas de São João com a intensidade cada vez maior da ocupação Ocidental e como estão lidando com isso. A segunda é a minha preocupação em ajudar as ocupações não-ocidentais e de tudo que desvia da ocidentalidade no fazer arqueológico e antropológico e como eu tentei lidar com isso. Ao percorrer os caminhos que me propus me deparei com os mecanismos de adaptação usados por estas mulheres para sobreviver sem se enforcar nas sobreposições, apertos e embaraços das redes de relações sendo influenciadas cada vez mais pelas estratégias de dominação da modernidade e do capitalismo. Em São João da Chapada podemos ver o quanto a aceleração do processo de cercamento de terras e a Ciência são os principais instrumentos disciplinadores, colonizadores e reguladores, usados para empurrar as pessoas mais e mais em direção a um modo de vida capitalista. Sendo esta a preocupação maior de todos ali este trabalho traz uma descrição das resistências e parte delas para entender as relações que lá acontecem. Orientada por teóricas indígenas descoloniais e principalmente pelas experiências em São João da Chapada, vi a necessidade da produção de um texto que não se tratasse apenas de uma descrição etnográfica, mas de experimentar uma inversão a este processo e produzir conhecimentos sobre a arqueologia orientados pelas minhas experiências de campo. Finalizo então com uma reflexão sobre como construir outras metodologias arqueológicas que nos ajudem a destruir as bases patriarcais da nossa prática.This text was built weaving two narratives: the first is the concern of the people of São João da Chapada/MG with the increasing intensity of the invasion of capitalism within their lives and how they are dealing with this. The second is my concern in helping the invasion of all thing non-western and western deviants within archaeology and anthropology and how I’m dealing with that. Going through the paths that I planned I came across with the adaptational devices used by these people to survive without hanging themselves with the overlaps, clenches and tangles of the webs of relations being increasingly more influenced by the methods of domination of modernity and capitalism. In São João da Chapada we can see how much the acceleration of the process of enclosure and Science are the main disciplinary, colonizing and standardizing instruments used to push people even more towards the capitalist way of life. With that being the central concern of all, this work brings an account of these people’s resistances and sets out from there to understand the relations that happen. Guided by decolonial indigenous theorists and specially by my experiences in São João da Chapada I saw the need to make a text that isn’t just an ethnographical dissertation but to also experiment an inversion to this process and forge knowledges about archaeology guided by my fieldwork. I conclude with some considerations about how to construct other archaeological methodologies that could help us to destroy the patriarchal basis of our praxis.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ARQUEOLOGIAEtnografia arqueológicaTeoria feministaMetodologiaArchaeological ethnographyFeminst theoryMethodologyGarimpeiras locais contra as Minas Gerais: o que elas me ensinaram sobre capitalismo e ciênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/0376525172820312http://lattes.cnpq.br/9808273617730203Ribeiro, Loredana Marise RicardoSchimidt, Sarah Kelly Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdf.txtSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain182900http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/6/Sarah_Kelly_Silva_Schimidt_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt6fa6018de66eff6933e5a406e6ab4e80MD56open accessTHUMBNAILSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdf.jpgSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1230http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/7/Sarah_Kelly_Silva_Schimidt_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpgf1fd2fa20e00be804e61d63c23f284bdMD57open accessORIGINALSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdfSarah_Kelly_Silva_Schimidt_Dissertação.pdfapplication/pdf2372337http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/1/Sarah_Kelly_Silva_Schimidt_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdfa83fc513dfadc248e99acccda0224227MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4325/5/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD55open accessprefix/43252023-07-13 04:16:22.774open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/4325VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T07:16:22Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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