Valor nutricional do farelo de arroz desengordurado e desfitinizado em dietas para suínos em crescimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dadalt, Julio Cezar
Orientador(a): Ribeiro, Andrea Machado Leal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/78173
Resumo: A inclusão de alimentos alternativos em dietas para animais monogástricos vem se tornando uma prática cada vez mais comum na indústria de rações. A inclusão do farelo de arroz desengordurado em rações de suínos tem sido alvo de estudos por muitos pesquisadores, já que este ingrediente apresenta valores elevados de proteína bruta e fósforo e seu baixo conteúdo de óleo minimiza os problemas relacionados à peroxidação. No entanto, seu uso é limitado nas dietas de não ruminantes, devido a grande quantidade de fatores antinutricionais presentes, principalmente o ácido fítico. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o valor nutricional do farelo de arroz desengordurado desfitinizado (FADD) na dieta de suínos em crescimento e compará-lo ao farelo de arroz desengordurado (FAD) suplementado ou não com fitase. Trinta e seis suínos, machos castrados, de linhagem comercial, foram distribuídos em gaiolas metabólicas, em dois períodos de 10 dias, com 5 dias de adaptação e 5 dias de coleta total de fezes e urina. Os pesos iniciais dos suínos nos dois períodos foram 29 ± 0,73 e 37 ± 0,55 kg, respectivamente. O delineamento foi em blocos incompletos, sendo o bloco o período, com cinco tratamentos e sete repetições. A dieta referência foi substituída em 30% pelos ingredientes testes originados de uma mesma partida. Duas dietas referência, com e sem fitase, à base de milho e farelo de soja, foram usadas com o objetivo de estudar a influência da dieta referência na digestibilidade da energia. Dentre as três combinações estudadas, o FADD foi o ingrediente com maior valor de energia digestível (2545 kcal/kg), metabolizável (2519 kcal/kg) e proteína digestível (12,18%). A inclusão de 1310 FTU de uma fitase de origem bacteriana melhorou a utilização do cálcio, do fósforo e aumentou a digestibilidade da matéria seca e da proteína bruta do FAD, não tendo diferido, no entanto, do FADD. O FAD sem fitase teve os menores coeficientes de digestibilidade em todas as respostas obtidas. O uso de 439 FTU de fitase na dieta referência não influenciou no cálculo da energia do FAD. O processo de desfitinização pode ser uma alternativa ao uso do FAD + fitase, visto que melhora a qualidade nutricional deste ingrediente. Fitase não só melhororu o aproveitamento de Ca e P, como também a energia e a proteína da dieta.
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Trinta e seis suínos, machos castrados, de linhagem comercial, foram distribuídos em gaiolas metabólicas, em dois períodos de 10 dias, com 5 dias de adaptação e 5 dias de coleta total de fezes e urina. Os pesos iniciais dos suínos nos dois períodos foram 29 ± 0,73 e 37 ± 0,55 kg, respectivamente. O delineamento foi em blocos incompletos, sendo o bloco o período, com cinco tratamentos e sete repetições. A dieta referência foi substituída em 30% pelos ingredientes testes originados de uma mesma partida. Duas dietas referência, com e sem fitase, à base de milho e farelo de soja, foram usadas com o objetivo de estudar a influência da dieta referência na digestibilidade da energia. Dentre as três combinações estudadas, o FADD foi o ingrediente com maior valor de energia digestível (2545 kcal/kg), metabolizável (2519 kcal/kg) e proteína digestível (12,18%). A inclusão de 1310 FTU de uma fitase de origem bacteriana melhorou a utilização do cálcio, do fósforo e aumentou a digestibilidade da matéria seca e da proteína bruta do FAD, não tendo diferido, no entanto, do FADD. O FAD sem fitase teve os menores coeficientes de digestibilidade em todas as respostas obtidas. O uso de 439 FTU de fitase na dieta referência não influenciou no cálculo da energia do FAD. O processo de desfitinização pode ser uma alternativa ao uso do FAD + fitase, visto que melhora a qualidade nutricional deste ingrediente. Fitase não só melhororu o aproveitamento de Ca e P, como também a energia e a proteína da dieta.The evaluation of alternative foods has become a common pratice in monogastric animals diets. The inclusion of defatted rice bran in pig diets has been investigated by many researchers, since this ingredient has high levels of crude protein and phosphorus and its low oil content minimizes problems related to peroxidation. However, its use is limited in the non-ruminants diets, due to large amounts of antinutritional factors, especially phytate. The aim of this study was evaluate the nutritional value of dephytinizated defatted rice bran (DDRB) in growing pigs diets and compare it to the defatted rice bran (DRB) with or without phytase supplemented. Thirty-six barrow pigs, from a commercial lineage, were distributed in metabolic cages, into two periods of 10 days, with 5 days for adaptation and 5 days of total feces and urine collection. Pigs initial weights in the two periods were 29 ± 0,73 e 37 ± 0,55 kg, respectively. The experimental design was made by incomplete blocks, and the block was the period. The reference diet was replaced by 30% by the ingredients test from the same origin. Two reference diets, with and without phytase, formulated based on corn and soybean meal, were used to evaluate the influence of the reference diet on energy digestibility. Among the three combinations studied, the DDRB was the ingredient with the highest digestible energy (2545 kcal/kg), metabolizable energy (2519 kcal/kg) and digestible protein (12,18%). The inclusion of 1310 FTU bacterial phytase increased utilization of calcium, phosphorus and improved the digestibility of dry matter and crude protein of FAD, with no differences from DDRB however. The DRB without phytase had the lowest digestibility coefficients for all the responses. The use of 439 FTU phytase in the reference diet did not influence the DRB energy calculation. Dephytinization process may be an alternative for the use of FAD + phytase, since this improves nutritional quality of this ingredient. Phytase improved not only Ca e P, but also energy and protein digestibility.application/pdfporSuínoNutricao animalFarelo de arrozValor nutricional do farelo de arroz desengordurado e desfitinizado em dietas para suínos em crescimentoNutritional value of dephytinizated defatted rice bran in diets for growing pigs info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000898240.pdf000898240.pdfTexto completoapplication/pdf1928032http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78173/1/000898240.pdf0749a8d8e73ef6b4a16c6dfc171e4164MD51TEXT000898240.pdf.txt000898240.pdf.txtExtracted Texttext/plain177361http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78173/2/000898240.pdf.txtc30ff197deb6415f8098ac564bf5a074MD52THUMBNAIL000898240.pdf.jpg000898240.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78173/3/000898240.pdf.jpg9708d2690d01d587aa4bbd549fd7d6d6MD5310183/781732018-10-15 08:27:26.242oai:www.lume.ufrgs.br:10183/78173Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T11:27:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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