Educação, geografia, cultura digital e currículo : navegando nas incertezas do ciberespaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barros, Lânderson Antória
Orientador(a): Castrogiovanni, Antonio Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265604
Resumo: Esta é uma tese sobre Educação Geográfica, Cultura Digital e Currículo. O nosso questionamento central, que move essa pesquisa, visou compreender: Como a Cultura Digital, enquanto uma competência a ser alcançada, pode ser trabalhada a partir do Ensino de Geografia? Para alcançar esse movimento de compreensão o caminho percorrido foi dividido em quatro momentos. Primeiramente, religamos as conexões, apresentando alguns questionamentos que atuaram como propulsores dessa pesquisa, definimos o nosso buscador, ou seja, a ferramenta teórico-metodológica que manifesta, de forma direta e indireta, nossos posicionamentos, inquietações e provisoriedades. Alicerçados no Pensamento Complexo de Edgar Morin, realizamos o click nas janelas de navegação, percorremos o caminho metodológico da pesquisa, identificando e problematizando, sob o aspecto da provisoriedade, o conceito do espaço geográfico e como as alterações no meio técnico-científico-informacional foram influenciadas a partir da Cultura Digital. Em seguida, compreendendo a necessidade de constante atualização no debate, lança-se o questionamento: O que é currículo? Há espaços para dúvidas ou trata-se de um documento pronto e inalterável ou não? Para tanto, revisitamos o histórico da educação brasileira, com ênfase à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) demonstrando a possibilidade, para além das redes, de fomentar uma interface entre Currículo, Cultura Digital. Na parte final, inspirada na sonoridade brasileira: “Pane no sistema, alguém me desconfigurou, Aonde estão meus olhos de robô?”, fugimos do roteiro inicialmente proposto para discutir o impacto da pandemia da COVID-19 na prática docente, refletindo sobre suas consequências e possíveis reconfigurações no agir. De modo a não ignorar esse contexto, apresenta-se entrevista realizadas com professores e professoras da Geografia da Rede de Ensino Fundamental. As entrevistas foram realizadas através de um roteiro semiestruturado, a partir do Princípio Hologramático, 08 docentes, denominados por nós de users, relataram com base em experiências, sentimentos e opiniões sobre a prática docente na Educação Geográfica sob as seguintes lentes: a. Formação inicial e continuada dos entrevistados; b. Currículo e BNCC, c. Pandemia, d. Novas Tecnologias – Ciberespaço e Cultura Digital. É justamente na análise desses relatos que apontamos respostas provisórias aos nossos questionamentos iniciais. Identificamos que a Educação Geográfica precisa adaptar-se às mudanças trazidas pelo Ciberespaço e pelas novas tecnologias de informação e comunicação, buscando proporcionar aos estudantes uma compreensão mais profunda e atualizada das complexas relações entre Espaço e Sociedade. A inovação trazida pela presente tese proporcionou a cogitação que tal compreensão implica não apenas na utilização de ferramentas digitais e recursos online no Ensino da Geografia, mas a reflexão crítica sobre as implicações e os desafios éticos e políticos que a Cultura Digital pode possibilitar para a Educação Geográfica. Notamos que a Cultura Digital está, de certo modo, inserida na prática cotidiana dos professores entrevistados, logo, poderá ser alcançada enquanto uma competência geral da BNCC a partir da Educação Geográfica. Identificamos, no momento textual, a importância da formação continuada para esses sujeitos, sendo necessário a realização de debates constantes. Tal processo não pode ser estanque ou restrito apenas a discussão inicial ou diante da necessidade de aprovação de algum documento curricular, ele precisa estar coligado com a “mesa de programação”. Ou seja, conectado ao chão da sala de aula. A formação continuada dos professores assume um papel central nessa interlocução entre a Cultura Digital e o Ensino de Geografia, a fim de compreender as transformações sociais e manter o diálogo permanente entre Espaço e Ciberespaço.
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Alicerçados no Pensamento Complexo de Edgar Morin, realizamos o click nas janelas de navegação, percorremos o caminho metodológico da pesquisa, identificando e problematizando, sob o aspecto da provisoriedade, o conceito do espaço geográfico e como as alterações no meio técnico-científico-informacional foram influenciadas a partir da Cultura Digital. Em seguida, compreendendo a necessidade de constante atualização no debate, lança-se o questionamento: O que é currículo? Há espaços para dúvidas ou trata-se de um documento pronto e inalterável ou não? Para tanto, revisitamos o histórico da educação brasileira, com ênfase à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) demonstrando a possibilidade, para além das redes, de fomentar uma interface entre Currículo, Cultura Digital. Na parte final, inspirada na sonoridade brasileira: “Pane no sistema, alguém me desconfigurou, Aonde estão meus olhos de robô?”, fugimos do roteiro inicialmente proposto para discutir o impacto da pandemia da COVID-19 na prática docente, refletindo sobre suas consequências e possíveis reconfigurações no agir. De modo a não ignorar esse contexto, apresenta-se entrevista realizadas com professores e professoras da Geografia da Rede de Ensino Fundamental. As entrevistas foram realizadas através de um roteiro semiestruturado, a partir do Princípio Hologramático, 08 docentes, denominados por nós de users, relataram com base em experiências, sentimentos e opiniões sobre a prática docente na Educação Geográfica sob as seguintes lentes: a. Formação inicial e continuada dos entrevistados; b. Currículo e BNCC, c. Pandemia, d. Novas Tecnologias – Ciberespaço e Cultura Digital. É justamente na análise desses relatos que apontamos respostas provisórias aos nossos questionamentos iniciais. Identificamos que a Educação Geográfica precisa adaptar-se às mudanças trazidas pelo Ciberespaço e pelas novas tecnologias de informação e comunicação, buscando proporcionar aos estudantes uma compreensão mais profunda e atualizada das complexas relações entre Espaço e Sociedade. A inovação trazida pela presente tese proporcionou a cogitação que tal compreensão implica não apenas na utilização de ferramentas digitais e recursos online no Ensino da Geografia, mas a reflexão crítica sobre as implicações e os desafios éticos e políticos que a Cultura Digital pode possibilitar para a Educação Geográfica. Notamos que a Cultura Digital está, de certo modo, inserida na prática cotidiana dos professores entrevistados, logo, poderá ser alcançada enquanto uma competência geral da BNCC a partir da Educação Geográfica. Identificamos, no momento textual, a importância da formação continuada para esses sujeitos, sendo necessário a realização de debates constantes. Tal processo não pode ser estanque ou restrito apenas a discussão inicial ou diante da necessidade de aprovação de algum documento curricular, ele precisa estar coligado com a “mesa de programação”. Ou seja, conectado ao chão da sala de aula. A formação continuada dos professores assume um papel central nessa interlocução entre a Cultura Digital e o Ensino de Geografia, a fim de compreender as transformações sociais e manter o diálogo permanente entre Espaço e Ciberespaço.This is a thesis on Geographic Education, Digital Culture and Curriculum. Our central question, which moves this research, aimed to understand: How can Digital Culture, as a competence to be achieved, be worked on from the Teaching of Geography? To achieve this movement of understanding, the path taken was divided into four moments. First, we reconnect the connections, presenting some questions that acted as the driving forces of this research, we defined our search engine, that is, the theoretical- methodological tool that expresses, directly and indirectly, our positions, concerns and provisionalities. Based on Edgar Morin's Complex Thought, we clicked on the navigation windows, followed the methodological path of the research, identifying and problematizing, from the point of view of provisionality, the concept of geographic space and how changes in the technical-scientific-information environment were influenced by Digital Culture. Then, understanding the need for constant updating in the debate, the question arises: What is a curriculum? Are there any spaces for doubts or is it a ready and unalterable document or not? To do so, we revisit the history of Brazilian education, with emphasis on the National Common Curricular Base (BNCC) demonstrating the possibility, beyond networks, of fostering an interface between Curriculum and Digital Culture. In the final part, inspired by the Brazilian sound: “Pane no Sistema, alguém me desconfigurou, Aonde estão meus olhos de robô?”, we deviate from the script initially proposed to discuss the impact of the COVID-19 pandemic on teaching practice, reflecting on its consequences and possible reconfigurations in acting. In order not to ignore this context, interviews conducted with Geography teachers of the Elementary School Network are presented. The interviews were carried out through a semi-structured script, based on the Hologramatic Principle, 08 professors, called users by us, reported based on experiences, feelings and opinions about the teaching practice in Geographic Education under the following lenses: a. Initial and continuing training of respondents; B. Curriculum and BNCC, c. Pandemic, d. New Technologies – Cyberspace and Digital Culture. It is precisely in the analysis of these reports that we point out provisional answers to our initial questions. We identified that Geographic Education needs to adapt to the changes brought about by Cyberspace and by new information and communication technologies, seeking to provide students with a deeper and more up-to-date understanding of the complex relationships between Space and Society. The innovation brought by this thesis provided the thought that such an understanding implies not only the use of digital tools and online resources in the Teaching of Geography, but the critical reflection on the ethical and political implications and challenges that Digital Culture can make possible for Education Geographic. We note that Digital Culture is, in a way, inserted in the daily practice of the interviewed teachers, therefore, it can be achieved as a general competence of the BNCC from Geographical Education. We identified, in the textual moment, the importance of continuing education for these subjects, requiring constant debates. Such a process cannot be watertight or restricted only to the initial discussion or in view of the need to approve a curricular document, it needs to be linked to the “programming table”. That is, connected to the classroom floor. The continuing education of teachers assumes a central role in this interlocution between Digital Culture and Geography Teaching, in order to understand social transformations and maintain a permanent dialogue between Space and Cyberspace.Esta es una tesis sobre Educación Geográfica, Cultura Digital y Currículo. Nuestra pregunta central, que mueve esta investigación, apuntó a comprender: ¿Cómo se puede trabajar la Cultura Digital, como competencia a alcanzar, desde la Enseñanza de la Geografía? Para lograr este movimiento de comprensión, el camino recorrido se dividió en cuatro momentos. Primero, reconectamos las conexiones, presentando algunas preguntas que actuaron como motores de esta investigación, definimos nuestro motor de búsqueda, es decir, la herramienta teórico-metodológica que expresa, directa e indirectamente, nuestras posiciones, inquietudes y provisionalidades. Con base en el Pensamiento Complejo de Edgar Morin, hicimos clic en las ventanas de navegación, seguimos el camino metodológico de la investigación, identificando y problematizando, desde el punto de vista de la provisionalidad, el concepto de espacio geográfico y cómo cambia en el entorno técnico-científico- informativo. fueron influenciados por la Cultura Digital. Entonces, entendiendo la necesidad de una constante actualización en el debate, surge la pregunta: ¿Qué es un currículo? ¿Hay espacios para dudas o es un documento listo e inalterable o no? Para ello, revisamos la historia de la educación brasileña, con énfasis en la Base Curricular Común Nacional (BNCC), demostrando la posibilidad, más allá de las redes, de fomentar una interfaz entre Currículo y Cultura Digital. En la parte final, inspirada en el sonido brasileño: “Pane no sistema, alguém me desconfigurou, Aonde estão meus olhos de robô?”, nos desviamos del guión propuesto inicialmente para discutir el impacto de la pandemia de COVID-19 en la práctica docente, reflexionando sobre sus consecuencias y posibles reconfiguraciones en la actuación. Para no ignorar este contexto, se presentan entrevistas realizadas a docentes de Geografía de la Red de Escuelas Básicas. Las entrevistas se realizaron a través de un guión semiestructurado, basado en el Principio Hologramático, 08 profesores, llamados usuarios por nosotros, relatados a partir de experiencias, sentimientos y opiniones sobre la práctica docente en Educación Geográfica bajo el siguiente lente: a. Formación inicial y continua de los encuestados; B. Currículo y BNCC, c. pandemia, d. Nuevas Tecnologías – Ciberespacio y Cultura Digital. Es precisamente en el análisis de estos informes donde apuntamos respuestas provisionales a nuestras preguntas iniciales. Identificamos que la Educación Geográfica necesita adaptarse a los cambios provocados por el Ciberespacio y por las nuevas tecnologías de la información y la comunicación, buscando brindar a los estudiantes una comprensión más profunda y actualizada de las complejas relaciones entre Espacio y Sociedad. La innovación que trajo esta tesis permitió pensar que tal comprensión implica no solo el uso de herramientas digitales y recursos en línea en la Enseñanza de la Geografía, sino la reflexión crítica sobre las implicaciones y desafíos éticos y políticos que la Cultura Digital puede posibilitar para la Educación. Geográfico. Constatamos que la Cultura Digital está, de alguna manera, inserta en la práctica cotidiana de los docentes entrevistados, por lo tanto, puede ser alcanzada como una competencia general de la BNCC desde la Educación Geográfica. Identificamos, en el momento textual, la importancia de la educación permanente para estos temas, que requieren constantes debates. Tal proceso no puede ser estanco ni restringirse sólo a la discusión inicial o ante la necesidad de aprobar un documento curricular, debe vincularse a la “mesa de programación”. Es decir, conectado al suelo del aula. La formación continua de los docentes asume un papel central en esta interlocución entre la Cultura Digital y la Enseñanza de la Geografía, para comprender las transformaciones sociales y mantener un diálogo permanente entre el Espacio y el Ciberespacio.application/pdfporGeografia escolarEnsino fundamentalEnsino de geografiaCurrículoCiberespaçoComplexidadeCultura digitalGeography teachingDigital cultureCurriculumCyberspaceComplexityEnseñanza de la GeografíaPlan de estudiosCiberespacioComplejidadEducação, geografia, cultura digital e currículo : navegando nas incertezas do ciberespaçoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177768.pdf.txt001177768.pdf.txtExtracted Texttext/plain522110http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265604/2/001177768.pdf.txt1d0249c920fc65b219c9e8da71eea48fMD52ORIGINAL001177768.pdfTexto completoapplication/pdf4667922http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265604/1/001177768.pdfbcd0716962d06c78674cb0ccd967a9e5MD5110183/2656042023-10-04 03:39:06.270655oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265604Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-04T06:39:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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