Avaliação da recorrência da toxoplasmose ocular e fatores de risco associados em pacientes do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Aleixo, Ana Luisa Quintella do Couto
Orientador(a): Amendoeira, Maria Regina Reis, Benchimol, Eliezer Israel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25126
Resumo: A Toxoplasmose ocular (TO) é principal causa de uveítes posteriores no Brasil e em diversas partes do mundo, porém apenas um baixo percentual dos pacientes infectados pelo T. gondii é que manifesta a doença ocular. Frequentemente o indivíduo acometido sofre recorrências durante a vida, sendo esse aspecto emblemático do quadro ocular, mas os fatores de risco e susceptibilidade do hospedeiro tanto para a ocorrência da retinocoroidite quanto para as suas recidivas ainda não foram bem estabelecidos. A idade do indivíduo no momento da infecção e nos episódios de reativação vem sendo considerados como fatores determinantes no risco de recidiva, que também poderia estar associado ao polimorfismo genético de citocinas como IFN-\03B3 que tem importante papel na imunidade contra patógenos intracelulares. O conhecimento do comportamento da doença e de fatores de risco pode trazer benefícios tanto no prognóstico quanto no manejo e acompanhamento dos indivíduos acometidos e também pode fornecer indícios para o esclarecimento da fisiopatogenia da doença. O presente estudo acompanhou 230 pacientes atendidos entre 2010 e 2015 no Laboratório de Oftalmologia Infecciosa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas com toxoplasmose ocular ativa, avaliando a frequência da recorrência e sua correlação com gênero, idade, polimorfismo genético para IFN-\03B3 +874T/A e número de lesões retinocoroidianas no atendimento inicial. O acompanhamento envolveu 118 (51.30%) homens e 112 (48.70%) mulheres, com idades que variaram de 14 a 77 anos com mediana de 30.97 anos (DP=11.38) Observou-se 52 (22.61%) casos de lesões primárias e 178 (77.39%) casos com cicatrizes de retinocoroidite associadas a lesão ativa no início do estudo. Durante o acompanhamento foram verificados 162 episódios de recidiva em 104 (45.22%) pacientes. Em 40 (17.39%) indivíduos foi observada baixa de visão severa (20/200 ou pior) no olho acometido atribuível a toxoplasmose ocular, estando associada a localização da lesão de retinocoroidite em 27 (67.50%) pacientes. Na análise de sobrevida verificou-se que o risco de recorrência durante todo o acompanhamento foi 60% maior em pacientes com lesão primária (HR=1.60, 95% CI=1.07-2.40) pelo modelo de Prentice, Williams e Peterson (PWP), sendo influenciada pela idade (HR=1.03, 95% CI=1.01-1.04) e pelo genótipo AT do polimorfismo genético para IFN +874 (HR=1,49, 95% CI= 1.04- 2.14). Entretanto, a associação do polimorfismo genético para IFN +874 TA não foi confirmada quando excluídos os pacientes com lesão única que não recorreram, não podendo, portanto, ser confirmada pela metodologia utilizada. A toxoplasmose ocular tem altos índices de recidiva nos primeiros anos de acompanhamento após um episódio de atividade sendo a baixa de visão severa causada frequentemente pela localização central da lesão de retinocoroidite. É fundamental considerar a localização da lesão em estudos que analisem o prognóstico de visão como medida de efetividade de estratégias de tratamento e prevenção. O risco de recidivas de toxoplasmose ocular após um episódio ativo aumentou com a idade e foi substancialmente maior nos indivíduos com lesão primária, o que poderia sugerir que indivíduos com essa característica e mais idosos seriam beneficiados por estratégias de profilaxia de recorrências com antimicrobianos
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Frequentemente o indivíduo acometido sofre recorrências durante a vida, sendo esse aspecto emblemático do quadro ocular, mas os fatores de risco e susceptibilidade do hospedeiro tanto para a ocorrência da retinocoroidite quanto para as suas recidivas ainda não foram bem estabelecidos. A idade do indivíduo no momento da infecção e nos episódios de reativação vem sendo considerados como fatores determinantes no risco de recidiva, que também poderia estar associado ao polimorfismo genético de citocinas como IFN-\03B3 que tem importante papel na imunidade contra patógenos intracelulares. O conhecimento do comportamento da doença e de fatores de risco pode trazer benefícios tanto no prognóstico quanto no manejo e acompanhamento dos indivíduos acometidos e também pode fornecer indícios para o esclarecimento da fisiopatogenia da doença. O presente estudo acompanhou 230 pacientes atendidos entre 2010 e 2015 no Laboratório de Oftalmologia Infecciosa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas com toxoplasmose ocular ativa, avaliando a frequência da recorrência e sua correlação com gênero, idade, polimorfismo genético para IFN-\03B3 +874T/A e número de lesões retinocoroidianas no atendimento inicial. O acompanhamento envolveu 118 (51.30%) homens e 112 (48.70%) mulheres, com idades que variaram de 14 a 77 anos com mediana de 30.97 anos (DP=11.38) Observou-se 52 (22.61%) casos de lesões primárias e 178 (77.39%) casos com cicatrizes de retinocoroidite associadas a lesão ativa no início do estudo. Durante o acompanhamento foram verificados 162 episódios de recidiva em 104 (45.22%) pacientes. Em 40 (17.39%) indivíduos foi observada baixa de visão severa (20/200 ou pior) no olho acometido atribuível a toxoplasmose ocular, estando associada a localização da lesão de retinocoroidite em 27 (67.50%) pacientes. 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O risco de recidivas de toxoplasmose ocular após um episódio ativo aumentou com a idade e foi substancialmente maior nos indivíduos com lesão primária, o que poderia sugerir que indivíduos com essa característica e mais idosos seriam beneficiados por estratégias de profilaxia de recorrências com antimicrobianosOcular Toxoplasmosis (OT) is a leading cause of posterior uveitis in Brazil and all over the world, but only a low percentage of patients infected with T. gondii manifests eye disease. Recurrence is a hallmark of ocular toxoplasmosis, but the risk factors and host susceptibility for both the occurrence and reactivation of retinochoroiditis have not been well established. The age of the individual at the time of infection and recurrent episodes has been considered as key factors in the risk of recurrence, which could also be associated with the genetic polymorphism of cytokines such as IFN-\03B3, which plays an important role in immunity against intracellular pathogens. Knowledge about the course of the disease and risk factors can bring benefits both in prognosis and in the management and monitoring of affected individuals and can also provide clues to clarify the pathogenesis of the disease. This study followed 230 patients followed between 2010 and 2015 at Infectious Ophthalmology Laboratory of the National Institute of Infectious Diseases Evandro Chagas with active ocular toxoplasmosis, evaluating the frequency of recurrence and its correlation with gender, age, genetic polymorphism of IFN -\03B3 + 874T / A and number of retinochoroidal scars in the first visit. The follow-up involved 118 (51.30%) men and 112 (48.70%) women, with ages ranging 14-77 years, median of 30.97 years (SD = 11.38). Fifty two (22.61%) patients with primary lesions and 178 (77.39%) cases of active retinochoroiditis with associated scars were found at the baseline visit. During follow-up 162 episodes of relapse were observed in 104 (45.22%) patients. Forty (17.39%) individuals exhibited severe vision loss (20/200 or worse) in the affected eye attributable to ocular toxoplasmosis and its main cause was the central location of the retinochoroidal scar in 27 (67.50%) patients The survival analysis showed that the risk of recurrence during the follow-up 60% higher in patients with primary lesion (HR=1.60, 95% CI=1.07-2.40) by Prentice, Williams and Peterson (PWP) modeling, influenced by age (HR = 1.03 95% CI = 1.01 to 1.04) and AT genotype of IFN-\03B3 +874T/A (HR=1,49, 95% CI= 1.04- 2.14). The association of recurrence and genetic polymorphism of IFN -\03B3 + 874T could not be confirmed when patients with primary retinochoroidal lesions and no recurrence were excluded, so could not be confirmed by the methodology used. Ocular toxoplasmosis has high recurrence rates in the early years of follow-up after an episode of activity and severe vision loss in often caused by is the central location of retinochoroiditis lesion. It is crucial to consider the location of the retinochoroidal scar in studies that uses visual outcome as a measure of effectiveness of treatment and prevention strategies. The risk of reactivation of OT after an acute episode increased with age and was significantly higher in individuals with primary lesion, which could suggest that these individuals would benefit by recurrence prevention strategies with antimicrobial drugsFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porToxoplasmose OcularUveíteToxoplasmaInterferonsCoriorretiniteAvaliação da recorrência da toxoplasmose ocular e fatores de risco associados em pacientes do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz - RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25126/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_aleixo_ini_dout_2015.pdfapplication/pdf1715189https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25126/2/ana_aleixo_ini_dout_2015.pdf37aa6a5dd8ed3b128a86676e63910905MD52TEXTana_aleixo_ini_dout_2015.pdf.txtana_aleixo_ini_dout_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain152114https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25126/3/ana_aleixo_ini_dout_2015.pdf.txt39d633081f66d1dedefdd804051b4045MD53icict/251262018-08-15 03:01:36.504oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25126Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:01:36Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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