Comparação ambiental e tecnológica de nanoestruturas de celulose obtidas da fibra de coco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: NASCIMENTO, D. M. do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102253
Resumo: A água de coco é obtida do coco verde e é bastante comercializada no litoral do Brasil, principalmete no Norte e Nordeste do país. Entretanto, seu consumo acarreta no descarte de quantidades expressivas de casca, que inadeguadamente recolhida, acaba contribuindo para o aumento da poluição e diminuição do tempo de vida dos aterros sanitários. Quando devidamente processadas, as cascas podem ser usadas para a obtenção de produtos de alto valor agregado, tais como a nanocelulose. O objetivo deste trabalho foi propor uma nova abordagem e avaliar os impactos ambientais da obtenção da nanocelulose da fibra de coco verde (Cocos nucifera), em escala de bancada. Neste estudo, a fibra de coco foi submetida a sete processos totalmente livres de cloro elementar para a extração da nanocelulose [moagem, polpação acetosolv, branqueamento, hidrólise com ácido sulfúrico 30 (v/v) e 60 (m/m)%, hidrólise oxidativa com persulfato de amônio e ultrassom de alta intensidade]. Considerando o conceito de biorrefinaria, parte da lignina removida da fibra de coco foi isolada como um coproduto do processo e os efluentes avaliados quanto ao potencial de produção de metano via digestão anaeróbia. A avaliação do ciclo de vida (ACV) seguiu as normas NBR-ISO 14040 e NBR ISO 14044. Foram consideradas as seguintes categorias de impacto: mudança climática, acidificação do solo, toxicidade humana, eutrofização e depleção hídrica. A nanocelulose obtida via ultrassom de alta intensidade apresentou um elevado rendimento, maior estabilidade térmica e índice de cristalinidade em relação aos métodos de hidrólise química. Na análise do inventário foi possível observar que, de um modo geral, o uso do ultrassom de alta potência apresenta também um melhor desempenho ambiental. Também, foi observado com auxílio da ACV, que o uso da lignina como fonte de energia não apresenta diferenças ambientais significativas em relação ao seu uso como coproduto. A extração da nanocelulose desenvolvida neste trabalho apresenta um melhor desempenho ambiental e propriedades superiores ao de outros trabalhos com a fibra de coco, além de oferecer uma alternativa inovadora para a extração da lignina e aproveitamento dos efluentes, ou seja, considerando o seu uso como potencial matéria-prima e não somente a sua destruição durante o processo.
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