Tratamento da mastite subclínica de ovelhas no período seco com antimicrobiano convencional e antimicrobiano nanoparticulado.
Ano de defesa: | 2014 |
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Resumo: | Este estudo teve como objetivos: investigar os micro-organismos causais da mastite subclínica em ovelhas de aptidão para produção de carne, definir pontos de corte de dois métodos de diagnóstico indiretos, comparar as taxas de cura do tratamento da mastite subclínica após infusão intramamária de princípio ativo antimicrobiano no momento da secagem em duas diferentes formulações, convencional e nanoparticulada, verificar as taxas de cura espontânea, avaliar a capacidade de prevenção da ocorrência de novas infecções mamárias e verificar a presença de resíduos antimicrobianos no leite de ovelhas submetidas ao tratamento à secagem, na lactação consecutiva. O estudo foi realizado em um rebanho localizado em uma propriedade no município de São Carlos, São Paulo. Analisou-se um total de 393 mamas de ovelhas de aptidão para produção de carne, 250 das quais pertencentes a 130 ovelhas da raça Santa Inês e outras 143 mamas de 77 ovelhas da raça Morada Nova. Amostras de leite foram coletadas e submetidas ao exame de California Mastitis Test (CMT), à contagem de células somáticas (CCS) e ao exame microbiológico antes da secagem e após o parto subsequente. As glândulas mamárias com mastite subclínica foram distribuídas nos seguintes grupos: G1 (Controle; glândulas mamárias que não receberam tratamento antimicrobiano); G2 (glândulas mamárias em que foi administrado 100 mg de cloxacilina benzatina/10 mL em estrutura convencional) e G3 (glândulas mamárias em que foi administrado 50 mg de cloxacilina benzatina/ 86 mL em estrutura nanoencapsulada). Para avaliação dos tratamentos quanto à capacidade de prevenir novas infecções, foram utilizadas as mamas saudáveis dos animais dos grupos experimentais G1, G2 e G3, e foi acrescido o grupo G4 (glândulas mamárias saudáveis em que foi administrado 100 mg de cloxacilina benzatina/ 172 mL em estrutura nanoencapsulada). A ocorrência de animais positivos para mastite infecciosa na raça Santa Inês foi de 33,1% e de 35,6% nas ovelhas da raça Morada Nova. Staphylococcus coagulase-negativos foram os agentes etiológicos predominantes (50,6% dos casos). Os exames de California Mastitis Test e da contagem de células somáticas podem ser usados para nortear o tratamento na secagem de ovelhas utilizando os pontos de cortes de 1+ ou de 388 x 10 3 células/ mL de leite, respectivamente. O tratamento aplicado ao G3 mostrou-se mais eficiente (P = 0,0429) na cura de mamas com mastite subclínica no momento da secagem. O uso da cloxacilina no momento da secagem de ovelhas de corte no rebanho com ocorrência de mastites subclínicas observada neste estudo é um método eficiente para redução dessas infecções após o parto, quando administrados em estrutura nanoencapsulada e na concentração de 50 mg/ 86 mL. A taxa de cura espontânea foi de 19%. Não houve diferenças entre os grupos quanto à capacidade de prevenir novas infecções em mamas saudáveis. A cloxacilina não foi detectada por cromatografia líquida de alta eficiência com arranjo de diodos em concentrações a partir do limite de quantificação de 1 mg/ L no colostro das ovelhas. |
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