Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Fernanda Torres
Orientador(a): Oliveira, Lúcia Lippi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31245
Resumo: A proximidade dos cem anos de vida política independente e a onda nacionalista que envolveu a sociedade brasileira no pós-guerra levaram o poder público a organizar um grande evento que assumiu proporções internacionais e transformou a paisagem da cidade do Rio de Janeiro. Um dos acontecimentos menos lembrados do movimentado ano de 1922, a Exposição Internacional do Centenário da Independência é geralmente analisada em função de ter sido um marco das reformas urbanas na capital republicana. Menos explorados são a forma como as demais unidades federativas foram incluídas no discurso nacional difundido pela Exposição ou, ainda, o fato de que o Executivo federal, maior organizador do evento, era ocupado à época por Epitácio Pessoa, um político paraibano que se equilibrava entre os grandes salões da diplomacia, os meandros da política nacional e a manutenção da ordem oligárquica em um dos estados atendidos pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, uma agência governamental prioritária em sua agenda política. Por meio da análise documental de publicações da Exposição, como o Relatório dos Trabalhos, o Guia Oficial e o Livro de Ouro, bem como de periódicos da imprensa carioca e registros biográficos de Epitácio Pessoa, esta dissertação investiga o lugar reservado ao sertão semiárido na Exposição do Centenário, e a posição estratégica dessa representação para mediar as dimensões interna e externa da ação presidencial. Apoiando-se no capital externo e tentando fortalecer o Executivo federal no jogo político da Primeira República, Pessoa apostou em uma comemoração do Centenário em grande estilo, na qual o espaço e o homem sertanejos foram tipificados como objetos de um processo de modernização nacional que, promovendo a integração do sertão semiárido, contribuiria para a integração do Brasil ao sistema internacional. Além de legitimar a aspiração brasileira ao status de nação moderna, esse projeto gerava negócios lucrativos para uma rede de agentes privados nacionais e estrangeiros, e reforçava o papel do Executivo federal como articulador da intervenção pública no espaço das secas.
id FGV_097070f4bc26d97920ef3e46759130a3
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/31245
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str
spelling Lima, Fernanda TorresEscolas::CPDOCTurazzi, Maria InezMaia, João Marcelo EhlertOliveira, Lúcia Lippi2021-11-05T14:40:53Z2021-11-05T14:40:53Z2021-09-22https://hdl.handle.net/10438/31245A proximidade dos cem anos de vida política independente e a onda nacionalista que envolveu a sociedade brasileira no pós-guerra levaram o poder público a organizar um grande evento que assumiu proporções internacionais e transformou a paisagem da cidade do Rio de Janeiro. Um dos acontecimentos menos lembrados do movimentado ano de 1922, a Exposição Internacional do Centenário da Independência é geralmente analisada em função de ter sido um marco das reformas urbanas na capital republicana. Menos explorados são a forma como as demais unidades federativas foram incluídas no discurso nacional difundido pela Exposição ou, ainda, o fato de que o Executivo federal, maior organizador do evento, era ocupado à época por Epitácio Pessoa, um político paraibano que se equilibrava entre os grandes salões da diplomacia, os meandros da política nacional e a manutenção da ordem oligárquica em um dos estados atendidos pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, uma agência governamental prioritária em sua agenda política. Por meio da análise documental de publicações da Exposição, como o Relatório dos Trabalhos, o Guia Oficial e o Livro de Ouro, bem como de periódicos da imprensa carioca e registros biográficos de Epitácio Pessoa, esta dissertação investiga o lugar reservado ao sertão semiárido na Exposição do Centenário, e a posição estratégica dessa representação para mediar as dimensões interna e externa da ação presidencial. Apoiando-se no capital externo e tentando fortalecer o Executivo federal no jogo político da Primeira República, Pessoa apostou em uma comemoração do Centenário em grande estilo, na qual o espaço e o homem sertanejos foram tipificados como objetos de um processo de modernização nacional que, promovendo a integração do sertão semiárido, contribuiria para a integração do Brasil ao sistema internacional. Além de legitimar a aspiração brasileira ao status de nação moderna, esse projeto gerava negócios lucrativos para uma rede de agentes privados nacionais e estrangeiros, e reforçava o papel do Executivo federal como articulador da intervenção pública no espaço das secas.On the verge of the 100th anniversary of its political independence and swept by a post-war nationalist wave, the Brazilian government organized a great celebration that reached international proportions and dramatically transformed the city of Rio de Janeiro’s landscape. A neglected event in an eventful year in Brazil, the Exposição Internacional do Centenário da Independência is usually studied as a milestone of Rio’s urban reforms. Lesser importance has been given to the way in which other federative units were included in the national narrative promoted by the Exhibition, or even the fact that the incumbent president and major event’s sponsor at the time was Epitácio Pessoa, a politician from a little hinterland state who gathered experience among the great halls of diplomacy, the ups and downs of national politics and the maintenance of oligarchic order in one of the states under Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, a Reclamation Service-like governmental agency that was a priority in his political agenda. Based on documental analysis of the Exhibiton’s official publications, as well as of the local press and of Epitácio Pessoa’s biographical records, this thesis explores the place destined to the semi-arid sertão in the Brazilian Centennial Exhibition, and the strategic position of this representation to mediate the internal and external dimensions of the presidential action. Leaning on the external capital and trying to strengthen the federal Executive in the political struggle of the First Republic, Pessoa bet on Centennnial celebrations in grand style, on which the hinterland and its population were portrayed as types under a national modernization process that, by integrating the semi-arid sertão, would integrate Brazil to the international system. Aside from legitimating the Brazilian aspiration to a modern nation’s status, this project enabled profitable business opportunities to a network of Brazilian and foreign private agents and reinforced the federal government’s role as the main public agent of intervention in the drought area in Brazil.porExposição Internacional do Centenário da IndependênciaSertãoSecasIFOCSEpitácio PessoaPolítica Externa BrasileiraPrimeira RepúblicaBrazilian Centennial ExhibitionDrought in BrazilBrazilian Foreign PolicyBrazilian First RepublicCiência políticaBrasil - História - Independência, 1822 - Comemorações de centenário, etc.Exposição do Centenário do Brasil (1922-1923 : Rio de Janeiro, RJ)Brasil, Nordeste - História - ExposiçõesBrasil - História - República Velha, 1889-1930Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-09-22reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdfFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdfPDFapplication/pdf16758598https://repositorio.fgv.br/bitstreams/6e87a56e-ed79-4bdc-937a-dc3fcd2db28f/download9da2b8adf3af52dbc438b6f1e2d20860MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/6ab47a02-9fc8-4ac4-a96e-a39477876f40/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdf.txtFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdf.txtExtracted texttext/plain104002https://repositorio.fgv.br/bitstreams/31000689-8134-4450-82db-5f10a4079fa2/downloadb66b673f3487cc1e737c4f44414c761aMD55THUMBNAILFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdf.jpgFernanda Torres Lima - Sertão à beira-mar.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2998https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2ff5d2b8-0419-4067-bcac-def34b23fac9/download96a2d9478bc850fb1760c0e753bbeacfMD5610438/312452023-11-25 22:20:54.843open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/31245https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T22:20:54Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
title Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
spellingShingle Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
Lima, Fernanda Torres
Exposição Internacional do Centenário da Independência
Sertão
Secas
IFOCS
Epitácio Pessoa
Política Externa Brasileira
Primeira República
Brazilian Centennial Exhibition
Drought in Brazil
Brazilian Foreign Policy
Brazilian First Republic
Ciência política
Brasil - História - Independência, 1822 - Comemorações de centenário, etc.
Exposição do Centenário do Brasil (1922-1923 : Rio de Janeiro, RJ)
Brasil, Nordeste - História - Exposições
Brasil - História - República Velha, 1889-1930
title_short Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
title_full Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
title_fullStr Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
title_full_unstemmed Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
title_sort Sertão à beira-mar: o espaço das secas na Exposição Internacional do Centenário da Independência
author Lima, Fernanda Torres
author_facet Lima, Fernanda Torres
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::CPDOC
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Turazzi, Maria Inez
Maia, João Marcelo Ehlert
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Fernanda Torres
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Oliveira, Lúcia Lippi
contributor_str_mv Oliveira, Lúcia Lippi
dc.subject.por.fl_str_mv Exposição Internacional do Centenário da Independência
Sertão
Secas
IFOCS
Epitácio Pessoa
Política Externa Brasileira
Primeira República
topic Exposição Internacional do Centenário da Independência
Sertão
Secas
IFOCS
Epitácio Pessoa
Política Externa Brasileira
Primeira República
Brazilian Centennial Exhibition
Drought in Brazil
Brazilian Foreign Policy
Brazilian First Republic
Ciência política
Brasil - História - Independência, 1822 - Comemorações de centenário, etc.
Exposição do Centenário do Brasil (1922-1923 : Rio de Janeiro, RJ)
Brasil, Nordeste - História - Exposições
Brasil - História - República Velha, 1889-1930
dc.subject.eng.fl_str_mv Brazilian Centennial Exhibition
Drought in Brazil
Brazilian Foreign Policy
Brazilian First Republic
dc.subject.area.por.fl_str_mv Ciência política
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Brasil - História - Independência, 1822 - Comemorações de centenário, etc.
Exposição do Centenário do Brasil (1922-1923 : Rio de Janeiro, RJ)
Brasil, Nordeste - História - Exposições
Brasil - História - República Velha, 1889-1930
description A proximidade dos cem anos de vida política independente e a onda nacionalista que envolveu a sociedade brasileira no pós-guerra levaram o poder público a organizar um grande evento que assumiu proporções internacionais e transformou a paisagem da cidade do Rio de Janeiro. Um dos acontecimentos menos lembrados do movimentado ano de 1922, a Exposição Internacional do Centenário da Independência é geralmente analisada em função de ter sido um marco das reformas urbanas na capital republicana. Menos explorados são a forma como as demais unidades federativas foram incluídas no discurso nacional difundido pela Exposição ou, ainda, o fato de que o Executivo federal, maior organizador do evento, era ocupado à época por Epitácio Pessoa, um político paraibano que se equilibrava entre os grandes salões da diplomacia, os meandros da política nacional e a manutenção da ordem oligárquica em um dos estados atendidos pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, uma agência governamental prioritária em sua agenda política. Por meio da análise documental de publicações da Exposição, como o Relatório dos Trabalhos, o Guia Oficial e o Livro de Ouro, bem como de periódicos da imprensa carioca e registros biográficos de Epitácio Pessoa, esta dissertação investiga o lugar reservado ao sertão semiárido na Exposição do Centenário, e a posição estratégica dessa representação para mediar as dimensões interna e externa da ação presidencial. Apoiando-se no capital externo e tentando fortalecer o Executivo federal no jogo político da Primeira República, Pessoa apostou em uma comemoração do Centenário em grande estilo, na qual o espaço e o homem sertanejos foram tipificados como objetos de um processo de modernização nacional que, promovendo a integração do sertão semiárido, contribuiria para a integração do Brasil ao sistema internacional. Além de legitimar a aspiração brasileira ao status de nação moderna, esse projeto gerava negócios lucrativos para uma rede de agentes privados nacionais e estrangeiros, e reforçava o papel do Executivo federal como articulador da intervenção pública no espaço das secas.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-05T14:40:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-05T14:40:53Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-09-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/31245
url https://hdl.handle.net/10438/31245
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/6e87a56e-ed79-4bdc-937a-dc3fcd2db28f/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/6ab47a02-9fc8-4ac4-a96e-a39477876f40/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/31000689-8134-4450-82db-5f10a4079fa2/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2ff5d2b8-0419-4067-bcac-def34b23fac9/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 9da2b8adf3af52dbc438b6f1e2d20860
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
b66b673f3487cc1e737c4f44414c761a
96a2d9478bc850fb1760c0e753bbeacf
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802750310541688832