Empirical essays on human capital
Ano de defesa: | 2022 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/10438/32036 |
Resumo: | Esta tese consiste em quatro ensaios. O primeiro capítulo estuda a Reforma Psiquiátrica brasileira de 2002, a qual reorganizou toda a prestação de cuidados públicos de saúde mental ao construir uma rede de serviços comunitários centrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O nosso desenho de estudo explora a implantação escalonada dos CAPS nos municípios brasileiros em um diferenças-em-diferenças. Encontramos que os CAPS aumentaram a produção ambulatorial de cuidados em saúde mental e foram eficazes na redução de internações hospitalares devido a doenças mentais e comportamentais. Estas reduções foram mais pronunciadas nas admissões de longa duração e entre pacientes com esquizofrenia. Verificamos que a redução de gastos públicos com saúde mental diretamente ocasionada pela queda de internações psiquiátricas não compensou totalmente o custo da reforma. Além disso, não encontramos quaisquer efeitos da política sobre variáveis de mortalidade relacionadas a saúde mental. Por fim, encontramos um aumento persistente nas taxas de homicídios após a reforma, potencialmente causado pelos efeitos incapacitantes que hospitalizações de longa duração têm sobre doentes mentais graves com propensão ao crime violento. O segundo capítulo estuda os efeitos de choques econômicos adversos sobre a saúde mental de crianças. Para tanto, utilizamos dados do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Transtornos Psiquiátricos na Infância, que fornece, ao longo de um período de 10 anos, um conjunto sem precedentes de dados sobre psicopatologia, eventos marcantes de vida, histórico médico familiar, comportamento parental e pontuações poligênicas para distúrbios mentais. A nossa estratégia empírica explora eventos de perda de emprego dos pais ao longo do tempo em um desenho de pesquisa de diferenças-em-diferenças. Documentamos que a perda do emprego parental tem efeitos negativos fortes e persistentes sobre renda e patrimônio familiar. Em seguida, mostramos que a perda de emprego parental piora significativamente a saúde mental das crianças e que este resultado é robusto a diferentes especificações, testes de placebo e diferentes formas de mensurar saúde mental. Com relação a mecanismos potenciais, documentamos efeitos significativos sobre a exposição das crianças a abusos e negligências. Estes efeitos dissipam-se no longo prazo, tal como os efeitos sobre a saúde mental. Nossos resultados principais não são heterogêneos de acordo com as pontuações poligênicas para doença mental, sugerindo que os efeitos de um choque econômico negativo sobre a saúde mental das crianças podem ser desencadeados por fatores ambientais em maior medida. O terceiro capítulo testa se os professores avaliam de forma desigual os alunos com base no seu comportamento na sala de aula e não na sua competência escolar. Nosso estudo utiliza dados únicos de estudantes brasileiros do ensino médio e fundamental. A nossa estratégia empírica é baseada no contraste de notas atribuídas por professores e computadores em exames de proficiência que cobrem o mesmo material. Encontramos que os professores aumentam as notas dos alunos com melhor comportamento, e deduzem pontos daqueles com pior comportamento. Encontramos também outra fase do processo de avaliação escolar em que os professores impõem padrões diferentes para os estudantes com base no seu comportamento na sala de aula. Condicionais às notas no final do ano, professores decidem se aprovam ou não alunos com nota abaixo da pontuação de aprovação com base em seu comportamento. Nossas simulações sugerem que este padrão de correção pode alterar significativamente a proporção de alunos reprovados no ano. De maneira geral, nossos achados indicam que, ainda que as aptidões comportamentais sejam inputs importantes na função de produção educacional, também afetam a aquisição de credenciais educacionais por conta de tratamento mais benéfico por parte dos professores. O quarto capítulo avalia os efeitos de colocar alunos em recuperação sobre o desempenho escolar subsequente daqueles aprovados de ano, com base em dados únicos de escolas do Rio de Janeiro. Exploramos a nota de corte que determina promoção ou recuperação em um desenho de pesquisa de regressão descontinua. No nosso cenário, a recuperação escolar consiste apenas na realização de um exame abrangente, o qual não tem consequências institucionais sérias para os estudantes aprovados e nem lhes dá acesso a aulas de remediação. Constatamos que colocar alunos para realizar uma prova de recuperação aumenta o desempenho subsequente entre os promovidos para o próximo ano. Tais alunos atingem notas mais elevadas em avaliações cognitivas e não cognitivas medidas no ano posterior a recuperação. Estes resultados são puxados por estudantes do sexo feminino. Por fim, resultados adicionais indicam que os efeitos da recuperação são impulsionados por um wake-up call para aumentar esforço escolar e não pela aquisição de novas competências para realizar o exame. |
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Fontes, Luiz FelipeEscolas::EESPAjzenman, NicolásMenezes Filho, NaercioSoares, RodrigoLinchand, GuilhermeFerman, Bruno2022-05-31T18:39:50Z2022-05-31T18:39:50Z2022-05-17https://hdl.handle.net/10438/32036Esta tese consiste em quatro ensaios. O primeiro capítulo estuda a Reforma Psiquiátrica brasileira de 2002, a qual reorganizou toda a prestação de cuidados públicos de saúde mental ao construir uma rede de serviços comunitários centrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O nosso desenho de estudo explora a implantação escalonada dos CAPS nos municípios brasileiros em um diferenças-em-diferenças. Encontramos que os CAPS aumentaram a produção ambulatorial de cuidados em saúde mental e foram eficazes na redução de internações hospitalares devido a doenças mentais e comportamentais. Estas reduções foram mais pronunciadas nas admissões de longa duração e entre pacientes com esquizofrenia. Verificamos que a redução de gastos públicos com saúde mental diretamente ocasionada pela queda de internações psiquiátricas não compensou totalmente o custo da reforma. Além disso, não encontramos quaisquer efeitos da política sobre variáveis de mortalidade relacionadas a saúde mental. Por fim, encontramos um aumento persistente nas taxas de homicídios após a reforma, potencialmente causado pelos efeitos incapacitantes que hospitalizações de longa duração têm sobre doentes mentais graves com propensão ao crime violento. O segundo capítulo estuda os efeitos de choques econômicos adversos sobre a saúde mental de crianças. Para tanto, utilizamos dados do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Transtornos Psiquiátricos na Infância, que fornece, ao longo de um período de 10 anos, um conjunto sem precedentes de dados sobre psicopatologia, eventos marcantes de vida, histórico médico familiar, comportamento parental e pontuações poligênicas para distúrbios mentais. A nossa estratégia empírica explora eventos de perda de emprego dos pais ao longo do tempo em um desenho de pesquisa de diferenças-em-diferenças. Documentamos que a perda do emprego parental tem efeitos negativos fortes e persistentes sobre renda e patrimônio familiar. Em seguida, mostramos que a perda de emprego parental piora significativamente a saúde mental das crianças e que este resultado é robusto a diferentes especificações, testes de placebo e diferentes formas de mensurar saúde mental. Com relação a mecanismos potenciais, documentamos efeitos significativos sobre a exposição das crianças a abusos e negligências. Estes efeitos dissipam-se no longo prazo, tal como os efeitos sobre a saúde mental. Nossos resultados principais não são heterogêneos de acordo com as pontuações poligênicas para doença mental, sugerindo que os efeitos de um choque econômico negativo sobre a saúde mental das crianças podem ser desencadeados por fatores ambientais em maior medida. O terceiro capítulo testa se os professores avaliam de forma desigual os alunos com base no seu comportamento na sala de aula e não na sua competência escolar. Nosso estudo utiliza dados únicos de estudantes brasileiros do ensino médio e fundamental. A nossa estratégia empírica é baseada no contraste de notas atribuídas por professores e computadores em exames de proficiência que cobrem o mesmo material. Encontramos que os professores aumentam as notas dos alunos com melhor comportamento, e deduzem pontos daqueles com pior comportamento. Encontramos também outra fase do processo de avaliação escolar em que os professores impõem padrões diferentes para os estudantes com base no seu comportamento na sala de aula. Condicionais às notas no final do ano, professores decidem se aprovam ou não alunos com nota abaixo da pontuação de aprovação com base em seu comportamento. Nossas simulações sugerem que este padrão de correção pode alterar significativamente a proporção de alunos reprovados no ano. De maneira geral, nossos achados indicam que, ainda que as aptidões comportamentais sejam inputs importantes na função de produção educacional, também afetam a aquisição de credenciais educacionais por conta de tratamento mais benéfico por parte dos professores. O quarto capítulo avalia os efeitos de colocar alunos em recuperação sobre o desempenho escolar subsequente daqueles aprovados de ano, com base em dados únicos de escolas do Rio de Janeiro. Exploramos a nota de corte que determina promoção ou recuperação em um desenho de pesquisa de regressão descontinua. No nosso cenário, a recuperação escolar consiste apenas na realização de um exame abrangente, o qual não tem consequências institucionais sérias para os estudantes aprovados e nem lhes dá acesso a aulas de remediação. Constatamos que colocar alunos para realizar uma prova de recuperação aumenta o desempenho subsequente entre os promovidos para o próximo ano. Tais alunos atingem notas mais elevadas em avaliações cognitivas e não cognitivas medidas no ano posterior a recuperação. Estes resultados são puxados por estudantes do sexo feminino. Por fim, resultados adicionais indicam que os efeitos da recuperação são impulsionados por um wake-up call para aumentar esforço escolar e não pela aquisição de novas competências para realizar o exame.This thesis consists of four essays. The first chapter studies the 2002 Brazilian Psychiatric Reform, which reorganized the public mental healthcare provision by introducing Psychosocial Care Centers (CAPS) as a community-based substitute for inpatient care. Our research design exploits the roll-out of CAPS in a difference-in-differences framework. We show that these centers increased the outpatient mental healthcare production and were effective in reducing hospitalizations due to mental and behavioral disorders. These reductions were more pronounced for long-stay admissions and among patients with schizophrenia. We find that the implied savings from less admissions does not totally offset the cost of the policy. Also, the reform had no effects on mental health mortality, but increased violent crime. The second chapter assesses the effects of adverse economic shocks on children’s mental health. We rely on the Brazilian High Risk Cohort Study for Mental Conditions, which provides an unprecedented array of data on psychopathology, life events, family medical history as well as parental behavior and polygenic scores for mental disorders over a 10-year period. Our empirical strategy exploits parental job loss events over time in a differences-in-differences framework. We document that parental job loss has strong and persistent negative effects on parental income and household assets. We then show that parental job loss significantly worsens children’s mental health and that this result is robust to different specifications, placebo tests and choices of measurement scales. Turning to potential mechanisms, we document significant effects on children’s exposure to abuse and neglect. Yet, these effects dissipate in later follow-ups, as do the effects on mental health outcomes. Finally, our findings do not vary with polygenic risk scores for mental disorders, suggesting that the negative effects of economic distress on children’s mental health might be triggered by environmental factors to a greater extent. The third chapter tests whether teachers unequally evaluate students based on their classroom behavior rather than their scholastic competence. Evidence is drawn from a unique dataset on middle- and high-school students from Brazil. Our empirical strategy contrasts teacher- and blindly-assigned scores on achievement tests that are high-stakes and cover the same material. We find that teachers inflate test scores of better-behaved students, and deduct points from worse-behaved ones. We also find another stage of the academic evaluation process where teachers impose different standards for students based on their classroom behavior. Conditional on end-of-year grades, teachers’ decisions to promote pupils below the passing cutoff grade are influenced by their behavior. Back-ofthe-envelope calculations suggest that teacher grading behavior may significantly change the proportion of retained students. Overall, our findings indicate that, even if behavior skills are likely to be important inputs in the production of educational achievement, they also affect the acquisition of educational credentials because of teachers’ grading bias. The fourth chapter assesses the effects of remediation placement on the subsequent academic performance of promoted students based on data from schools in Rio de Janeiro. We exploit a course grade cutoff determining promotion or remediation in a fuzzy regression discontinuity design. In our setting, remediation consists of taking a comprehensive exam, which does not carry on institutional consequences for students nor provide them access to remedial classes. We find that assigning low achievers to a remedial exam increases the subsequent performance among those promoted to the next grade. They attain higher marks on cognitive and noncognitive assessments measured in the year after remediation. Female students drive these findings. Heterogeneous results indicate that the effects from sitting for a remedial exam are driven by a wake-up call to increase effort, rather than from acquisition of new skills for the remedial exam.engMental healthHuman capitalGrading discriminationParental job lossPovertyNoncognitive skillsRemedial educationClassroom behaviorPenrose hypothesisDeinstitutionalizationSaúde mentalDesinstitucionalizaçãoHipótese de PenrosePerda de emprego parentalCapital humanoPobrezaDiscriminação de notasComportamento em sala de aulaHabilidades não cognitivasRecuperação escolarEconomiaPolítica de saúde mental - BrasilPsicologia infantilTestes e medidas educacionaisRendimento escolar - AvaliaçãoEducação - BrasilEmpirical essays on human capitalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas 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Fontes, Luiz Felipe |
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Fontes, Luiz Felipe |
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Ajzenman, Nicolás Menezes Filho, Naercio Soares, Rodrigo Linchand, Guilherme |
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Fontes, Luiz Felipe |
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Ferman, Bruno |
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Ferman, Bruno |
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Mental health Human capital Grading discrimination Parental job loss Poverty Noncognitive skills Remedial education Classroom behavior Penrose hypothesis Deinstitutionalization |
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Mental health Human capital Grading discrimination Parental job loss Poverty Noncognitive skills Remedial education Classroom behavior Penrose hypothesis Deinstitutionalization Saúde mental Desinstitucionalização Hipótese de Penrose Perda de emprego parental Capital humano Pobreza Discriminação de notas Comportamento em sala de aula Habilidades não cognitivas Recuperação escolar Economia Política de saúde mental - Brasil Psicologia infantil Testes e medidas educacionais Rendimento escolar - Avaliação Educação - Brasil |
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Política de saúde mental - Brasil Psicologia infantil Testes e medidas educacionais Rendimento escolar - Avaliação Educação - Brasil |
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Esta tese consiste em quatro ensaios. O primeiro capítulo estuda a Reforma Psiquiátrica brasileira de 2002, a qual reorganizou toda a prestação de cuidados públicos de saúde mental ao construir uma rede de serviços comunitários centrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O nosso desenho de estudo explora a implantação escalonada dos CAPS nos municípios brasileiros em um diferenças-em-diferenças. Encontramos que os CAPS aumentaram a produção ambulatorial de cuidados em saúde mental e foram eficazes na redução de internações hospitalares devido a doenças mentais e comportamentais. Estas reduções foram mais pronunciadas nas admissões de longa duração e entre pacientes com esquizofrenia. Verificamos que a redução de gastos públicos com saúde mental diretamente ocasionada pela queda de internações psiquiátricas não compensou totalmente o custo da reforma. Além disso, não encontramos quaisquer efeitos da política sobre variáveis de mortalidade relacionadas a saúde mental. Por fim, encontramos um aumento persistente nas taxas de homicídios após a reforma, potencialmente causado pelos efeitos incapacitantes que hospitalizações de longa duração têm sobre doentes mentais graves com propensão ao crime violento. O segundo capítulo estuda os efeitos de choques econômicos adversos sobre a saúde mental de crianças. Para tanto, utilizamos dados do Estudo Brasileiro de Coorte de Alto Risco para Transtornos Psiquiátricos na Infância, que fornece, ao longo de um período de 10 anos, um conjunto sem precedentes de dados sobre psicopatologia, eventos marcantes de vida, histórico médico familiar, comportamento parental e pontuações poligênicas para distúrbios mentais. A nossa estratégia empírica explora eventos de perda de emprego dos pais ao longo do tempo em um desenho de pesquisa de diferenças-em-diferenças. Documentamos que a perda do emprego parental tem efeitos negativos fortes e persistentes sobre renda e patrimônio familiar. Em seguida, mostramos que a perda de emprego parental piora significativamente a saúde mental das crianças e que este resultado é robusto a diferentes especificações, testes de placebo e diferentes formas de mensurar saúde mental. Com relação a mecanismos potenciais, documentamos efeitos significativos sobre a exposição das crianças a abusos e negligências. Estes efeitos dissipam-se no longo prazo, tal como os efeitos sobre a saúde mental. Nossos resultados principais não são heterogêneos de acordo com as pontuações poligênicas para doença mental, sugerindo que os efeitos de um choque econômico negativo sobre a saúde mental das crianças podem ser desencadeados por fatores ambientais em maior medida. O terceiro capítulo testa se os professores avaliam de forma desigual os alunos com base no seu comportamento na sala de aula e não na sua competência escolar. Nosso estudo utiliza dados únicos de estudantes brasileiros do ensino médio e fundamental. A nossa estratégia empírica é baseada no contraste de notas atribuídas por professores e computadores em exames de proficiência que cobrem o mesmo material. Encontramos que os professores aumentam as notas dos alunos com melhor comportamento, e deduzem pontos daqueles com pior comportamento. Encontramos também outra fase do processo de avaliação escolar em que os professores impõem padrões diferentes para os estudantes com base no seu comportamento na sala de aula. Condicionais às notas no final do ano, professores decidem se aprovam ou não alunos com nota abaixo da pontuação de aprovação com base em seu comportamento. Nossas simulações sugerem que este padrão de correção pode alterar significativamente a proporção de alunos reprovados no ano. De maneira geral, nossos achados indicam que, ainda que as aptidões comportamentais sejam inputs importantes na função de produção educacional, também afetam a aquisição de credenciais educacionais por conta de tratamento mais benéfico por parte dos professores. O quarto capítulo avalia os efeitos de colocar alunos em recuperação sobre o desempenho escolar subsequente daqueles aprovados de ano, com base em dados únicos de escolas do Rio de Janeiro. Exploramos a nota de corte que determina promoção ou recuperação em um desenho de pesquisa de regressão descontinua. No nosso cenário, a recuperação escolar consiste apenas na realização de um exame abrangente, o qual não tem consequências institucionais sérias para os estudantes aprovados e nem lhes dá acesso a aulas de remediação. Constatamos que colocar alunos para realizar uma prova de recuperação aumenta o desempenho subsequente entre os promovidos para o próximo ano. Tais alunos atingem notas mais elevadas em avaliações cognitivas e não cognitivas medidas no ano posterior a recuperação. Estes resultados são puxados por estudantes do sexo feminino. Por fim, resultados adicionais indicam que os efeitos da recuperação são impulsionados por um wake-up call para aumentar esforço escolar e não pela aquisição de novas competências para realizar o exame. |
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2022 |
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