Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Kupski, Larine
Orientador(a): Furlong, Eliana Badiale
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Acp
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/6366
Resumo: A ocratoxina A (OTA), micotoxina encontrada em diferentes níveis e em diversas matrizes, apresenta efeitos carcinogênicos, nefrotóxicos e teratogênicos. O desenvolvimento de métodos capazes de diminuir esta contaminação a níveis permitidos pela legislação é incentivado e os processos biológicos utilizados envolvem o uso de enzimas e/ou microrganismos para degradação da OTA e são preferenciais pela especificidade, bem como pelas condições brandas para a detoxificação. O objetivo do trabalho foi estudar a ação de carboxipeptidase A nos níveis e na toxicidade de OTA, visando aplicar a técnica para detoxificar farinhas de trigo. Primeiramente foi estimado o risco de exposição à ocratoxina A pelo consumo de farinhas de trigo. Para isso foram estabelecidas condições de determinação de OTA em farinhas de trigo, empregando técnicas de estatística multivariada para definir os principais interferentes na extração de OTA pelo método de QuEChERS e detecção em CLAE-FL. O método validado permitiu a avaliação da ocorrência natural em 20 amostras de farinha de trigo, estando estas contaminadas na faixa de 0,22 a 0,85 µg.kg-1 , apresentando um valor de ingestão diária de 0,08 ngOTA.dia-1 .kgmassacorpórea -1 e uma disponibilidade de 94,4%. Em seguida foi realizada a padronização da extração de carboxipeptidase A em biomassa de Rhizopus oryzae que consistiu em agitação ultrassônica durante 30 minutos numa potencia fixa de 150 W e 40 kHz e a triagem de agentes biológicos para degradação de OTA. Para o estudo da degradação in vitro de OTA, método de extração e detecção de OTA e OTα em CLAEFL foi validado e o processo de degradação foi realizado com Rhizopus oryzae e Trichoderma reesei, obtendo-se uma redução máxima de 63,5% e 57,7%, respectivamente. A degradação apresentou uma correlação alta (R>0,9) e significativa (p<0,05) com a produção de Otα, indicando que ocorreu a produção de enzimas capazes de hidrolisar a micotoxina, por exemplo, a carboxipeptidase A. O estudo da toxicidade de OTA e seu metabólito OTα foi realizado em neutrófilos humanos, onde foi observado a ausência de efeito tóxico de OTα. Também foi determinado o mecanismo de toxicidade de OTA pelo aumento de Ca2+ intracelular pela liberação a partir das reservas internas. Esta liberação, subsequentemente, provoca uma cascata de eventos, nomeadamente: a produção de espécies reativas, depleção de ATP, perda de ΔΨm, levando à morte por necrose. Para reduzir o risco de exposição à micotoxina pela ingestão de matéria prima contaminada, carboxipeptidase A extraída de diferentes fontes foi aplicada na hidrólise de OTA em farinha de trigo para posterior determinação do conteúdo residual de OTA e OTα, empregando método validado. O estudo mostrou uma redução de OTA entre 16,8 e 78,5% e produção de OTα entre 2 a 8,2 ng.g-1 . As carboxipeptidases mais promissoras para degradação foram as provenientes de Rhizopus e Trichoderma e a carboxipeptidase comercial. Ficou demonstrado que se pode recomendar a aplicação de enzimas proteolíticas, tipo carboxipeptidase, para reduzir o risco de exposição à micotoxina quando utilizada matéria prima contaminada, por exemplo, farinha de trigo para diferentes processos. A transformação de OTA para OTα e seus efeitos na redução da toxicidade da micotoxina corroboram com esta afirmação.
id FURG_99b8c0f2d10802717f8ea9e48dc14134
oai_identifier_str oai:repositorio.furg.br:1/6366
network_acronym_str FURG
network_name_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
repository_id_str
spelling Kupski, LarineFurlong, Eliana Badiale2016-08-18T19:49:24Z2016-08-18T19:49:24Z2015Kupski, Larine. Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade. 2015. 184 f. Tese ( Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos) - Escola de Química e Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2015.http://repositorio.furg.br/handle/1/6366A ocratoxina A (OTA), micotoxina encontrada em diferentes níveis e em diversas matrizes, apresenta efeitos carcinogênicos, nefrotóxicos e teratogênicos. O desenvolvimento de métodos capazes de diminuir esta contaminação a níveis permitidos pela legislação é incentivado e os processos biológicos utilizados envolvem o uso de enzimas e/ou microrganismos para degradação da OTA e são preferenciais pela especificidade, bem como pelas condições brandas para a detoxificação. O objetivo do trabalho foi estudar a ação de carboxipeptidase A nos níveis e na toxicidade de OTA, visando aplicar a técnica para detoxificar farinhas de trigo. Primeiramente foi estimado o risco de exposição à ocratoxina A pelo consumo de farinhas de trigo. Para isso foram estabelecidas condições de determinação de OTA em farinhas de trigo, empregando técnicas de estatística multivariada para definir os principais interferentes na extração de OTA pelo método de QuEChERS e detecção em CLAE-FL. O método validado permitiu a avaliação da ocorrência natural em 20 amostras de farinha de trigo, estando estas contaminadas na faixa de 0,22 a 0,85 µg.kg-1 , apresentando um valor de ingestão diária de 0,08 ngOTA.dia-1 .kgmassacorpórea -1 e uma disponibilidade de 94,4%. Em seguida foi realizada a padronização da extração de carboxipeptidase A em biomassa de Rhizopus oryzae que consistiu em agitação ultrassônica durante 30 minutos numa potencia fixa de 150 W e 40 kHz e a triagem de agentes biológicos para degradação de OTA. Para o estudo da degradação in vitro de OTA, método de extração e detecção de OTA e OTα em CLAEFL foi validado e o processo de degradação foi realizado com Rhizopus oryzae e Trichoderma reesei, obtendo-se uma redução máxima de 63,5% e 57,7%, respectivamente. A degradação apresentou uma correlação alta (R>0,9) e significativa (p<0,05) com a produção de Otα, indicando que ocorreu a produção de enzimas capazes de hidrolisar a micotoxina, por exemplo, a carboxipeptidase A. O estudo da toxicidade de OTA e seu metabólito OTα foi realizado em neutrófilos humanos, onde foi observado a ausência de efeito tóxico de OTα. Também foi determinado o mecanismo de toxicidade de OTA pelo aumento de Ca2+ intracelular pela liberação a partir das reservas internas. Esta liberação, subsequentemente, provoca uma cascata de eventos, nomeadamente: a produção de espécies reativas, depleção de ATP, perda de ΔΨm, levando à morte por necrose. Para reduzir o risco de exposição à micotoxina pela ingestão de matéria prima contaminada, carboxipeptidase A extraída de diferentes fontes foi aplicada na hidrólise de OTA em farinha de trigo para posterior determinação do conteúdo residual de OTA e OTα, empregando método validado. O estudo mostrou uma redução de OTA entre 16,8 e 78,5% e produção de OTα entre 2 a 8,2 ng.g-1 . As carboxipeptidases mais promissoras para degradação foram as provenientes de Rhizopus e Trichoderma e a carboxipeptidase comercial. Ficou demonstrado que se pode recomendar a aplicação de enzimas proteolíticas, tipo carboxipeptidase, para reduzir o risco de exposição à micotoxina quando utilizada matéria prima contaminada, por exemplo, farinha de trigo para diferentes processos. A transformação de OTA para OTα e seus efeitos na redução da toxicidade da micotoxina corroboram com esta afirmação.Ochratoxin A (OTA), a mycotoxin found in different levels in various matrices, has carcinogenic, nephrotoxic and teratogenic effects. The development of methods to reduce this contamination levels to the one allowed by the legislation is encouraged and biological methods which involve the use of enzymes and/or micro-organisms for OTA degradation are preferred due its specificity as well as the mild conditions for detoxification. The objective was to study the action of carboxypeptidase on OTA levels and toxicity in order to apply the technique to detoxify wheat flours. First we estimated the risk of exposure to ochratoxin A by the consumption of wheat flours. For that conditions to determinate OTA in wheat flours were established, using multivariate statistical techniques to define the main interfering in the extraction of OTA by the QuEChERS method and detection in HPLC-FL. The validated method allowed the evaluation of the naturally occurring on 20 wheat flour samples, these being contaminated in the range of 0.22 to 0.85 µg.kg-1 , with a daily intake of 0.08 ngOTA.day-1 .kgbodyweight -1 and a digestibility of 94.4%. Then standardization of carboxypeptidase A extraction on Rhizopus oryzae biomass was carried out, which consisted of ultrasonic agitation for 30 minutes at 150 W and 40 kHz and the screening of biological agents to OTA degradation were assessed. To study the in vitro degradation of OTA a method for extraction and detection of OTA and OTα in HPLC-FL was validated and the degradation process was performed with Rhizopus oryzae and Trichoderma reesei, encountering a reduction of 63.5% and 57.7%, respectively. The degradation showed a high (R> 0.9) and significant (p <0.05) correlation with Otα production, indicating that a enzyme capable of hydrolyzing the mycotoxin was produced, for example, carboxypeptidase A. The study of OTA and is metabolite OTα toxicity was performed on human neutrophils, where it was observed the absence of OTα toxic effect. It was also determined OTA toxicity mechanism by the increase in the intracellular Ca2+ release from internal stores. This release subsequently triggers a cascade of events, namely: production of reactive species, ATP depletion, ΔΨm loss, leading to death by necrosis. To reduce the risk of exposure to mycotoxin by eating contaminated ray materials, carboxypeptidase A extracted from different sources was applied to the hydrolysis of OTA on wheat flour for subsequent determination of the residual content of OTA and OTα employing validated method. The study showed an OTA decrease between 16.8% and 78.5 and OTα production from 2 to 8.2 ng.g-1 . The most promising carboxypeptidases for degradation were obtained from Rhizopus and Trichoderma, and the commercial carboxypeptidase. It was shown that it may be recommend the use of proteolytic enzymes, type carboxypeptidase, to reduce the risk of exposure to mycotoxin when contaminated raw material is used, for example, wheat flour for different processes. The transformation of OTA to OTα and its effect in reducing the mycotoxin toxicity corroborate with this statement.Este trabalho teve como objetivo estabelecer uma abordagem inovadora para avaliar os efeitos da composição de cereais na extração de ocratoxina A por análise multivariada e aplicar o método validado para estimativa de risco de exposição à ocratoxina A pelo consumo de farinhas de trigo. A análise de componentes principais (ACP) foi aplicada para comprovar o efeito de componentes majoritários da matriz na recuperação de ocratoxina A pelo método QuEChERS em CCD e CLAE e para validar o método para determinação de ocratoxina A em farinhas por CLAE. As matrizes utilizadas, farelo de arroz, de trigo e farinha de trigo foram caracterizadas físico-quimicamente. A recuperação de OTA nessas matrizes foi altamente influenciada (R=0,99) pelo conteúdo de açúcares presente nas matrizes, tendo como menor interferente o conteúdo lipídico (R=0,29). A partir desses resultados, o método QuEChERS foi padronizado para extração de OTA utilizando ACN 1%:água (7:3) como solvente extrator e como sais, sulfato de magnésio seco e cloreto de sódio. Os valores de recuperação variaram de 97,6 a 105%. O método validado permitiu a avaliação da ocorrência natural de 20 amostras de farinha de trigo, estando estas contaminadas na faixa de 0,22 a 0,85 µg.kg-1 , apresentando um valor de ingestão diária de 0,08 ngOTA.dia-1 .kgmassacorpórea -1 e uma disponibilização de 94,4%.Micotoxinas são produzidas por fungos filamentosos em diferentes etapas da cadeia produtiva de alimentos, destacando-se a ocratoxina A (OTA) por seus efeitos nefrotóxicos, carcinogênicos e teratogênicos. O desenvolvimento de métodos capazes de diminuir esta contaminação a níveis permitidos pela legislação são incentivados e os processos biológicos, envolvendo o uso de enzimas e microrganismos para degradação da OTA são preferenciais pela especificidade e condições brandas de detoxificação. Neste trabalho, foram estabelecidas condições de extração de carboxipeptidase A a partir de biomassa fermentada por Rhizopus oryzae para empregá-la na degradação de OTA, tendo a pancreatina como controle. O método padronizado para extração enzimática consistiu em agitação ultrassônica durante 30 minutos numa potencia fixa de 150 W e 40 kHz. O extrato enzimático do microrganismo degradou 19,4% sendo 49% superior quando comparado com a pancreatina. Ficou demonstrada a vantagem da utilização de enzimas microbianas para processos de degradação de micotoxinas.porHidrolise enzimáticaDetoxificaçãoCarboxipeptidase a.Ocratoxina α.Enzymatic hydrolysisDetoxificationCarboxypeptidase a.Ochratoxin α.AcpOcratoxinaQuEChERSFarinha de trigoValidaçãoRisco de exposiçãoRhizopus oryzaeHidrólise enzimáticaPancreatinaDegradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidadeOchratoxin a degradation: process and toxicity studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALtese larine 18.12.pdftese larine 18.12.pdfapplication/pdf2627868https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6366/1/tese%20larine%20%2018.12.pdfce8a83ca95de0adb291486d5ff015fe8MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6366/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/63662016-08-18 16:49:24.141open accessoai:repositorio.furg.br:1/6366Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2016-08-18T19:49:24Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Ochratoxin a degradation: process and toxicity study
title Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
spellingShingle Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
Kupski, Larine
Hidrolise enzimática
Detoxificação
Carboxipeptidase a.
Ocratoxina α.
Enzymatic hydrolysis
Detoxification
Carboxypeptidase a.
Ochratoxin α.
Acp
Ocratoxina
QuEChERS
Farinha de trigo
Validação
Risco de exposição
Rhizopus oryzae
Hidrólise enzimática
Pancreatina
title_short Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
title_full Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
title_fullStr Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
title_full_unstemmed Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
title_sort Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade
author Kupski, Larine
author_facet Kupski, Larine
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Kupski, Larine
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Furlong, Eliana Badiale
contributor_str_mv Furlong, Eliana Badiale
dc.subject.por.fl_str_mv Hidrolise enzimática
Detoxificação
Carboxipeptidase a.
Ocratoxina α.
Enzymatic hydrolysis
Detoxification
Carboxypeptidase a.
Ochratoxin α.
Acp
Ocratoxina
QuEChERS
Farinha de trigo
Validação
Risco de exposição
Rhizopus oryzae
Hidrólise enzimática
Pancreatina
topic Hidrolise enzimática
Detoxificação
Carboxipeptidase a.
Ocratoxina α.
Enzymatic hydrolysis
Detoxification
Carboxypeptidase a.
Ochratoxin α.
Acp
Ocratoxina
QuEChERS
Farinha de trigo
Validação
Risco de exposição
Rhizopus oryzae
Hidrólise enzimática
Pancreatina
description A ocratoxina A (OTA), micotoxina encontrada em diferentes níveis e em diversas matrizes, apresenta efeitos carcinogênicos, nefrotóxicos e teratogênicos. O desenvolvimento de métodos capazes de diminuir esta contaminação a níveis permitidos pela legislação é incentivado e os processos biológicos utilizados envolvem o uso de enzimas e/ou microrganismos para degradação da OTA e são preferenciais pela especificidade, bem como pelas condições brandas para a detoxificação. O objetivo do trabalho foi estudar a ação de carboxipeptidase A nos níveis e na toxicidade de OTA, visando aplicar a técnica para detoxificar farinhas de trigo. Primeiramente foi estimado o risco de exposição à ocratoxina A pelo consumo de farinhas de trigo. Para isso foram estabelecidas condições de determinação de OTA em farinhas de trigo, empregando técnicas de estatística multivariada para definir os principais interferentes na extração de OTA pelo método de QuEChERS e detecção em CLAE-FL. O método validado permitiu a avaliação da ocorrência natural em 20 amostras de farinha de trigo, estando estas contaminadas na faixa de 0,22 a 0,85 µg.kg-1 , apresentando um valor de ingestão diária de 0,08 ngOTA.dia-1 .kgmassacorpórea -1 e uma disponibilidade de 94,4%. Em seguida foi realizada a padronização da extração de carboxipeptidase A em biomassa de Rhizopus oryzae que consistiu em agitação ultrassônica durante 30 minutos numa potencia fixa de 150 W e 40 kHz e a triagem de agentes biológicos para degradação de OTA. Para o estudo da degradação in vitro de OTA, método de extração e detecção de OTA e OTα em CLAEFL foi validado e o processo de degradação foi realizado com Rhizopus oryzae e Trichoderma reesei, obtendo-se uma redução máxima de 63,5% e 57,7%, respectivamente. A degradação apresentou uma correlação alta (R>0,9) e significativa (p<0,05) com a produção de Otα, indicando que ocorreu a produção de enzimas capazes de hidrolisar a micotoxina, por exemplo, a carboxipeptidase A. O estudo da toxicidade de OTA e seu metabólito OTα foi realizado em neutrófilos humanos, onde foi observado a ausência de efeito tóxico de OTα. Também foi determinado o mecanismo de toxicidade de OTA pelo aumento de Ca2+ intracelular pela liberação a partir das reservas internas. Esta liberação, subsequentemente, provoca uma cascata de eventos, nomeadamente: a produção de espécies reativas, depleção de ATP, perda de ΔΨm, levando à morte por necrose. Para reduzir o risco de exposição à micotoxina pela ingestão de matéria prima contaminada, carboxipeptidase A extraída de diferentes fontes foi aplicada na hidrólise de OTA em farinha de trigo para posterior determinação do conteúdo residual de OTA e OTα, empregando método validado. O estudo mostrou uma redução de OTA entre 16,8 e 78,5% e produção de OTα entre 2 a 8,2 ng.g-1 . As carboxipeptidases mais promissoras para degradação foram as provenientes de Rhizopus e Trichoderma e a carboxipeptidase comercial. Ficou demonstrado que se pode recomendar a aplicação de enzimas proteolíticas, tipo carboxipeptidase, para reduzir o risco de exposição à micotoxina quando utilizada matéria prima contaminada, por exemplo, farinha de trigo para diferentes processos. A transformação de OTA para OTα e seus efeitos na redução da toxicidade da micotoxina corroboram com esta afirmação.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-08-18T19:49:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-08-18T19:49:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Kupski, Larine. Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade. 2015. 184 f. Tese ( Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos) - Escola de Química e Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.furg.br/handle/1/6366
identifier_str_mv Kupski, Larine. Degradação de Ocratoxina a: estudo de processo e toxicidade. 2015. 184 f. Tese ( Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos) - Escola de Química e Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2015.
url http://repositorio.furg.br/handle/1/6366
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron:FURG
instname_str Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron_str FURG
institution FURG
reponame_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
collection Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6366/1/tese%20larine%20%2018.12.pdf
https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6366/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ce8a83ca95de0adb291486d5ff015fe8
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798314464037044224