Prevalência e impacto funcional da dor musculoesquelética crônica em indivíduos com deficiência física
Ano de defesa: | 2021 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário Augusto Motta
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Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/190 |
Resumo: | A dor musculoesquelética crônica (DMC) é a mais prevalente na população mundial, atingindo todas as faixas etárias. Este sintoma promove impacto desfavorável na qualidade de vida dos indivíduos, interferindo no desempenho de tarefas da vida diária. Ainda são escassos os estudos sobre a prevalência de DMC e o quanto essas dores têm impacto na funcionalidade específica das pessoas com deficiência física. Objetivo: Investigar a prevalência de DMC e o impacto funcional da DMC em indivíduos com deficiência física. Métodos: Estudo observacional transversal com 152 indivíduos com deficiência física, que responderam a questões sociodemográficas autoaplicáveis, sobre a presença de DMC, funcionalidade específica relacionada à dor (Escala Funcional Específica do Paciente), intensidade de dor (Escala Numérica de Dor), utilização de auxílio para locomoção, prática de exercício regular e de paradesporto, além de questões autorreferidas relacionadas à deficiência física (tipo, classificação fisiológica e grau de dificuldade nas AVDs). Resultados: A prevalência de dor musculoesquelética crônica, persistente por mais de 03 meses, foi de 78,29% (n=119; IC 95%= 70,73 até 84,89). A média da funcionalidade específica (0-10, considerando 0 o pior escore), da principal tarefa funcional prejudicada pela dor crônica foi de 2,95 (DP=1,57). Caminhar foi a função mais frequentemente relatada (29,41%; n= 35; IC 95%= 21,99 até 38,58) seguida do vestir- se (10,92%; n=13; 6,78 até 18,29) e pegar peso (5,82%; n=7; IC 95%= 2,60 até 12,18) Os dois tipos de deficiência mais relatados foram hemiplegia e deformidades congênitas ou adquiridas, cada uma delas representando 21,92% (n= 32; IC 95%= 15,14 até 28,74) da amostra seguidos das amputações (n=27; 17.88%; IC 95%= 12,31 até 25,13%). A média de intensidade da dor principal relatada pelos participantes com dores crônicas musculoesqueléticas foi de 6,33 (0-10, considerando 0 o melhor escore) (DP=1,49) e a localização de dor crônica mais comum foi a região lombar (n=30; 19,73%; IC 95%= 13,91 até 27,13), seguida dos ombros (n=22; 14,47%; IC 95%= 9,49 até 21,31) e dos joelhos (n=16; 10,53% IC 95%= 6,33 até 16,79). Conclusão: A DMC é altamente prevalente em indivíduos com deficiência física e parece contribuir para a diminuição da funcionalidade específica em indivíduos com deficiência física. A localização de dor crônica mais comum foi na região lombar, seguida dos ombros e dos joelhos. Caminhar foi a função mais prejudicada, seguida do vestir-se e pegar peso. |
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Métodos: Estudo observacional transversal com 152 indivíduos com deficiência física, que responderam a questões sociodemográficas autoaplicáveis, sobre a presença de DMC, funcionalidade específica relacionada à dor (Escala Funcional Específica do Paciente), intensidade de dor (Escala Numérica de Dor), utilização de auxílio para locomoção, prática de exercício regular e de paradesporto, além de questões autorreferidas relacionadas à deficiência física (tipo, classificação fisiológica e grau de dificuldade nas AVDs). Resultados: A prevalência de dor musculoesquelética crônica, persistente por mais de 03 meses, foi de 78,29% (n=119; IC 95%= 70,73 até 84,89). A média da funcionalidade específica (0-10, considerando 0 o pior escore), da principal tarefa funcional prejudicada pela dor crônica foi de 2,95 (DP=1,57). Caminhar foi a função mais frequentemente relatada (29,41%; n= 35; IC 95%= 21,99 até 38,58) seguida do vestir- se (10,92%; n=13; 6,78 até 18,29) e pegar peso (5,82%; n=7; IC 95%= 2,60 até 12,18) Os dois tipos de deficiência mais relatados foram hemiplegia e deformidades congênitas ou adquiridas, cada uma delas representando 21,92% (n= 32; IC 95%= 15,14 até 28,74) da amostra seguidos das amputações (n=27; 17.88%; IC 95%= 12,31 até 25,13%). A média de intensidade da dor principal relatada pelos participantes com dores crônicas musculoesqueléticas foi de 6,33 (0-10, considerando 0 o melhor escore) (DP=1,49) e a localização de dor crônica mais comum foi a região lombar (n=30; 19,73%; IC 95%= 13,91 até 27,13), seguida dos ombros (n=22; 14,47%; IC 95%= 9,49 até 21,31) e dos joelhos (n=16; 10,53% IC 95%= 6,33 até 16,79). Conclusão: A DMC é altamente prevalente em indivíduos com deficiência física e parece contribuir para a diminuição da funcionalidade específica em indivíduos com deficiência física. A localização de dor crônica mais comum foi na região lombar, seguida dos ombros e dos joelhos. Caminhar foi a função mais prejudicada, seguida do vestir-se e pegar peso.Chronic musculoskeletal pain (CMD) is the most prevalent in the world population, affecting all age groups. This symptom has an unfavorable impact on the quality of life of individuals, interfering in the performance of tasks of daily living. Studies on the prevalence of CMD and how much these pains have an impact on the specific functionality of people with physical disabilities are still scarce. Objective: To investigate the prevalence of CMD and the functional impact of CMD in individuals with physical disabilities. Methods: Cross-sectional observational study with 152 individuals with physical disabilities, who answered self-applicable sociodemographic questions about the presence of CMD, specific functionality related to pain (Patient-Specific Functional Scale), pain intensity (Numerical Pain Scale), use of assistance with locomotion, regular exercise and parasports, in addition to self-reported issues related to physical disability (type, physiological classification and degree of difficulty in ADLs). Results: The prevalence of chronic musculoskeletal pain, persistent for more than 03 months, was 78.29% (n = 119; 95% CI = 70.73 to 84.89). The average of specific functionality (0-10, considering 0 as the worst score), of the main functional task impaired by chronic pain was 2.95 (SD = 1.57). Walking was the most frequently reported function (29.41%; n = 35; 95% CI = 21.99 to 38.58) followed by dressing (10.92%; n = 13; 6.78 to 18, 29) and weight gain (5.82%; n = 7; 95% CI = 2.60 to 12.18) The two most reported types of disability were hemiplegia and congenital or acquired deformities, each representing 21.92% (n = 32; 95% CI = 15.14 to 28.74) of the sample followed by amputations (n = 27; 17.88%; 95% CI = 12.31 to 25.13%). The average intensity of the main pain reported by participants with chronic musculoskeletal pain was 6.33 (0-10, considering 0 as the best score) (SD = 1.49) and the most common chronic pain location was the lower back ( n = 30; 19.73%; 95% CI = 13.91 to 27.13), followed by the shoulders (n = 22; 14.47%; 95% CI = 9.49 to 21.31) and knees (n = 16; 10.53% 95% CI = 6.33 to 16.79). Conclusion: CMD is highly prevalent in individuals with physical disabilities and seems to contribute to the decrease in specific functionality in individuals with physical disabilities. The most common chronic pain location was in the lumbar region, followed by the shoulders and knees. Walking was the most impaired function, followed by dressing and weight gain.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCentro Universitário Augusto MottaCentro Universitário Augusto MottaBrasilPrograma de Pós-graduação em Ciências da Reabilitaçãohttp://lattes.cnpq.br/3797457620072182MEZIAT FILHO, NeyMICHELS, Jacob2021-05-04T23:24:38Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://deposita.ibict.br/handle/deposita/190porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Comum do Brasil - Depositainstname:Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)instacron:IBICT2021-05-04T23:24:38Zoai:https://deposita.ibict.br:deposita/190Repositório ComumPUBhttp://deposita.ibict.br/oai/requestdeposita@ibict.bropendoar:46582021-05-04T23:24:38Repositório Comum do Brasil - Deposita - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)false |
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A dor musculoesquelética crônica (DMC) é a mais prevalente na população mundial, atingindo todas as faixas etárias. Este sintoma promove impacto desfavorável na qualidade de vida dos indivíduos, interferindo no desempenho de tarefas da vida diária. Ainda são escassos os estudos sobre a prevalência de DMC e o quanto essas dores têm impacto na funcionalidade específica das pessoas com deficiência física. Objetivo: Investigar a prevalência de DMC e o impacto funcional da DMC em indivíduos com deficiência física. Métodos: Estudo observacional transversal com 152 indivíduos com deficiência física, que responderam a questões sociodemográficas autoaplicáveis, sobre a presença de DMC, funcionalidade específica relacionada à dor (Escala Funcional Específica do Paciente), intensidade de dor (Escala Numérica de Dor), utilização de auxílio para locomoção, prática de exercício regular e de paradesporto, além de questões autorreferidas relacionadas à deficiência física (tipo, classificação fisiológica e grau de dificuldade nas AVDs). Resultados: A prevalência de dor musculoesquelética crônica, persistente por mais de 03 meses, foi de 78,29% (n=119; IC 95%= 70,73 até 84,89). A média da funcionalidade específica (0-10, considerando 0 o pior escore), da principal tarefa funcional prejudicada pela dor crônica foi de 2,95 (DP=1,57). Caminhar foi a função mais frequentemente relatada (29,41%; n= 35; IC 95%= 21,99 até 38,58) seguida do vestir- se (10,92%; n=13; 6,78 até 18,29) e pegar peso (5,82%; n=7; IC 95%= 2,60 até 12,18) Os dois tipos de deficiência mais relatados foram hemiplegia e deformidades congênitas ou adquiridas, cada uma delas representando 21,92% (n= 32; IC 95%= 15,14 até 28,74) da amostra seguidos das amputações (n=27; 17.88%; IC 95%= 12,31 até 25,13%). A média de intensidade da dor principal relatada pelos participantes com dores crônicas musculoesqueléticas foi de 6,33 (0-10, considerando 0 o melhor escore) (DP=1,49) e a localização de dor crônica mais comum foi a região lombar (n=30; 19,73%; IC 95%= 13,91 até 27,13), seguida dos ombros (n=22; 14,47%; IC 95%= 9,49 até 21,31) e dos joelhos (n=16; 10,53% IC 95%= 6,33 até 16,79). Conclusão: A DMC é altamente prevalente em indivíduos com deficiência física e parece contribuir para a diminuição da funcionalidade específica em indivíduos com deficiência física. A localização de dor crônica mais comum foi na região lombar, seguida dos ombros e dos joelhos. Caminhar foi a função mais prejudicada, seguida do vestir-se e pegar peso. |
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