Níveis de mercúrio em peixes na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Dayse Souza
Orientador(a): Castro, Nathália Santos Serrão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6747
Resumo: Muitos estudos foram conduzidos na Amazônia brasileira, registrando altos níveis de mercúrio (Hg) em peixes. As populações amazônicas que consomem peixes com alta frequência, podem estar expostas ao Hg de forma crônica e suscetíveis aos efeitos dessa exposição à saúde. Diante disso, neste estudo foi realizada uma revisão sistemática da literatura para fornecer melhores evidências dessa exposição na Amazônia brasileira, e a partir desses resultados foi construído uma tecnologia educacional no formato de cartilha e determinado os níveis de Hg e o risco à saúde humana no consumo do peixe “filhote” comercializados no Município de Belém, Pará. A revisão sistemática seguiu as diretrizes PRISMA e incluiu 23 artigos. Na análise final, apenas 7 espécies apresentaram altos níveis de Hg: 1) Boulengerella cuvieri, 2) Brachyplatystoma filamentosum, 3) Brachyplatystoma platynemum, 4) Calophysus macropterus, 5) Cichlasoma spectabile, 6) Hemicetopsis candiru e 7) Hoplias malabaricus. Destas, 5 foram selecionadas para a construção da cartilha educativa com linguagem clara e objetiva, guiada pela pergunta norteadora: “Quais as espécies de peixes da Amazônia Brasileira apresentam maiores níveis de mercúrio?”. Ainda com bases nesses resultados, foram coletadas 24 amostras de músculo de Brachyplatystoma filamentosum em 8 feiras/mercados de Belém e feito análises de HgT por Espectrometria de Absorção Atômica com Vapor Frio (CVAAS), que apresentaram média de 0.192±0.109 μg g-1 (0.072-0.454), assim como, correlação positiva entre o tamanho do peixe (comprimento e peso) e os níveis de HgT. As concentrações de Hg na maioria das espécies de peixes (95.13%) identificados na revisão sistemática deste estudo estavam abaixo do limite de segurança preconizado pela Organização Mundial de Saúde, assim como, as amostras de filhote coletadas em Belém, porém, nesta última análise foi realizado o cálculo do Quociente de Risco que demostrou que mesmo com valores baixos ainda existe risco à saúde e pode haver efeitos adversos pelo consumo de peixe de forma contínua. Isso demostra a necessidade do monitoramento contínuo dos peixes comercializados na Amazônia para auxiliar no desenvolvimento de melhores estratégias preventivas e ações para a questão da exposição ao Hg nessa região.
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Diante disso, neste estudo foi realizada uma revisão sistemática da literatura para fornecer melhores evidências dessa exposição na Amazônia brasileira, e a partir desses resultados foi construído uma tecnologia educacional no formato de cartilha e determinado os níveis de Hg e o risco à saúde humana no consumo do peixe “filhote” comercializados no Município de Belém, Pará. A revisão sistemática seguiu as diretrizes PRISMA e incluiu 23 artigos. Na análise final, apenas 7 espécies apresentaram altos níveis de Hg: 1) Boulengerella cuvieri, 2) Brachyplatystoma filamentosum, 3) Brachyplatystoma platynemum, 4) Calophysus macropterus, 5) Cichlasoma spectabile, 6) Hemicetopsis candiru e 7) Hoplias malabaricus. Destas, 5 foram selecionadas para a construção da cartilha educativa com linguagem clara e objetiva, guiada pela pergunta norteadora: “Quais as espécies de peixes da Amazônia Brasileira apresentam maiores níveis de mercúrio?”. Ainda com bases nesses resultados, foram coletadas 24 amostras de músculo de Brachyplatystoma filamentosum em 8 feiras/mercados de Belém e feito análises de HgT por Espectrometria de Absorção Atômica com Vapor Frio (CVAAS), que apresentaram média de 0.192±0.109 μg g-1 (0.072-0.454), assim como, correlação positiva entre o tamanho do peixe (comprimento e peso) e os níveis de HgT. As concentrações de Hg na maioria das espécies de peixes (95.13%) identificados na revisão sistemática deste estudo estavam abaixo do limite de segurança preconizado pela Organização Mundial de Saúde, assim como, as amostras de filhote coletadas em Belém, porém, nesta última análise foi realizado o cálculo do Quociente de Risco que demostrou que mesmo com valores baixos ainda existe risco à saúde e pode haver efeitos adversos pelo consumo de peixe de forma contínua. Isso demostra a necessidade do monitoramento contínuo dos peixes comercializados na Amazônia para auxiliar no desenvolvimento de melhores estratégias preventivas e ações para a questão da exposição ao Hg nessa região.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde. Ananindeua, PA, Brasil.porMS/SVS/Instituto Evandro ChagasNíveis de mercúrio em peixes na Amazônia brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-12-20Núcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoMS/SVS/Instituto Evandro ChagasMestrado AcadêmicoAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em SaúdeMercúrio / toxicidadePoluição da ÁguaPeixes / anatomia & histologiaIngestão de AlimentosRevisões Sistemáticas como AssuntoTecnologia Educacionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALNíveis de Mercúrio em peixes na Amazônia brasileira .pdfapplication/pdf22088814https://patua.iec.gov.br/bitstreams/2f1309a1-4538-4b66-bf15-9b15b364dfb8/downloada8b1c609f3a9abfaecacde731bb62b07MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82182https://patua.iec.gov.br/bitstreams/32d60048-2aee-478f-badf-d5be1eca894c/download11832eea31b16df8613079d742d61793MD52TEXTDissertação_PPGEVS 2022_Dayse Souza Marques_versão final_14abr2022.pdf.txtDissertação_PPGEVS 2022_Dayse Souza Marques_versão final_14abr2022.pdf.txtExtracted texttext/plain102810https://patua.iec.gov.br/bitstreams/256bb4f0-04bc-4975-8d2a-2076e558793c/download9750eef1f75e22eb9115598cffe6a808MD53Níveis de Mercúrio em peixes na Amazônia brasileira .pdf.txtNíveis de Mercúrio em peixes na Amazônia brasileira .pdf.txtExtracted texttext/plain102810https://patua.iec.gov.br/bitstreams/c24cfc75-b5a4-49c2-844f-88a91e6a0884/download9750eef1f75e22eb9115598cffe6a808MD56THUMBNAILDissertação_PPGEVS 2022_Dayse Souza Marques_versão final_14abr2022.pdf.jpgDissertação_PPGEVS 2022_Dayse Souza Marques_versão final_14abr2022.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2875https://patua.iec.gov.br/bitstreams/c8de9a9d-1d9e-42e8-99c8-3c48eb6419a8/download3e215445a8af6f7320fa52751d2e3425MD54Níveis de Mercúrio em peixes na Amazônia brasileira .pdf.jpgNíveis de Mercúrio em peixes na Amazônia brasileira .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2875https://patua.iec.gov.br/bitstreams/18e0ad34-2427-4230-b04b-861f66a5c9c8/download3e215445a8af6f7320fa52751d2e3425MD57iec/67472023-03-15 17:03:43.397oai:patua.iec.gov.br:iec/6747https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2023-03-15T17:03:43Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - 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