Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Kamila Pereira Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2199
Resumo: Fluidos de corte são utilizados na indústria metal mecânica em processos de usinagem para diminuir o atrito e o desgaste no sistema peça/ferramenta de corte. A maior parte dos fluidos de corte utiliza óleo mineral como base, o que pode causar a contaminação do solo e da água em casos de vazamentos. Por serem provenientes de fontes renováveis, serem biodegradáveis, bioestáveis e, em geral não tóxicos, os óleos vegetais têm sido avaliados como substitutos aos óleos minerais. O Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma espécie perene do sertão brasileiro, de fácil cultivo e fácil adaptação às condições edafoclimáticas (modificações no clima e solo), portanto tem sido avaliado para diferentes aplicações. Neste trabalho, óleo de Pinhão-manso foi avaliado como base para fluidos de corte, testando sua capacidade lubrificante, sua estabilidade oxidativa e seu desempenho em uma formulação biodegradável e bioestável ("verde") de fluido de corte emulsionável. Os óleos de pinhão-manso avaliados apresentaram aproximadamente 80% de ácidos graxos insaturados e índices de acidez relativamente altos, fatores que comprometem a estabilidade oxidativa. Análises térmicas indicaram que o óleo bruto pode ser estabilizado pela adição de aditivos antioxidantes a base de orégano e alecrim, os quais, apesar de não impedirem o início da oxidação, inibem o mecanismo de propagação criando uma nova etapa de energia de ativação mais alta. O fluido de corte "verde" proposto apresentou composição estável e não induziu a corrosão, porém estabilizadores de pH devem ser adicionados para evitar a proliferação de microorganismos. Ensaios tribológicos mostraram que tanto o óleo bruto quanto o fluido de corte emulsionável induziram baixo desgaste associado a reduzidos coeficientes de atrito, especialmente em substratos de alumínio. Estes resultados apontam para a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental na usinagem de ligas de alumínio na indústria aeronáutica.
id ITA_706865bc7130e77938954e452c8a20c7
oai_identifier_str oai:agregador.ibict.br.BDTD_ITA:oai:ita.br:2199
network_acronym_str ITA
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
spelling Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantesLubrificantesÓleos vegetaisÓleos lubrificantesUsinagemFluidos de corteEngenharia mecânicaFluidos de corte são utilizados na indústria metal mecânica em processos de usinagem para diminuir o atrito e o desgaste no sistema peça/ferramenta de corte. A maior parte dos fluidos de corte utiliza óleo mineral como base, o que pode causar a contaminação do solo e da água em casos de vazamentos. Por serem provenientes de fontes renováveis, serem biodegradáveis, bioestáveis e, em geral não tóxicos, os óleos vegetais têm sido avaliados como substitutos aos óleos minerais. O Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma espécie perene do sertão brasileiro, de fácil cultivo e fácil adaptação às condições edafoclimáticas (modificações no clima e solo), portanto tem sido avaliado para diferentes aplicações. Neste trabalho, óleo de Pinhão-manso foi avaliado como base para fluidos de corte, testando sua capacidade lubrificante, sua estabilidade oxidativa e seu desempenho em uma formulação biodegradável e bioestável ("verde") de fluido de corte emulsionável. Os óleos de pinhão-manso avaliados apresentaram aproximadamente 80% de ácidos graxos insaturados e índices de acidez relativamente altos, fatores que comprometem a estabilidade oxidativa. Análises térmicas indicaram que o óleo bruto pode ser estabilizado pela adição de aditivos antioxidantes a base de orégano e alecrim, os quais, apesar de não impedirem o início da oxidação, inibem o mecanismo de propagação criando uma nova etapa de energia de ativação mais alta. O fluido de corte "verde" proposto apresentou composição estável e não induziu a corrosão, porém estabilizadores de pH devem ser adicionados para evitar a proliferação de microorganismos. Ensaios tribológicos mostraram que tanto o óleo bruto quanto o fluido de corte emulsionável induziram baixo desgaste associado a reduzidos coeficientes de atrito, especialmente em substratos de alumínio. Estes resultados apontam para a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental na usinagem de ligas de alumínio na indústria aeronáutica.Instituto Tecnológico de AeronáuticaElizabete Yoshie KawachiKamila Pereira Cardoso2012-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2199reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITAinstname:Instituto Tecnológico de Aeronáuticainstacron:ITAporinfo:eu-repo/semantics/openAccessapplication/pdf2019-02-02T14:04:44Zoai:agregador.ibict.br.BDTD_ITA:oai:ita.br:2199http://oai.bdtd.ibict.br/requestopendoar:null2020-05-28 19:38:30.403Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáuticatrue
dc.title.none.fl_str_mv Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
title Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
spellingShingle Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
Kamila Pereira Cardoso
Lubrificantes
Óleos vegetais
Óleos lubrificantes
Usinagem
Fluidos de corte
Engenharia mecânica
title_short Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
title_full Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
title_fullStr Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
title_full_unstemmed Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
title_sort Óleo de pinhão-manso e fluido de corte emulsionável : estabilidade oxidativa e propriedades lubrificantes
author Kamila Pereira Cardoso
author_facet Kamila Pereira Cardoso
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Elizabete Yoshie Kawachi
dc.contributor.author.fl_str_mv Kamila Pereira Cardoso
dc.subject.por.fl_str_mv Lubrificantes
Óleos vegetais
Óleos lubrificantes
Usinagem
Fluidos de corte
Engenharia mecânica
topic Lubrificantes
Óleos vegetais
Óleos lubrificantes
Usinagem
Fluidos de corte
Engenharia mecânica
dc.description.none.fl_txt_mv Fluidos de corte são utilizados na indústria metal mecânica em processos de usinagem para diminuir o atrito e o desgaste no sistema peça/ferramenta de corte. A maior parte dos fluidos de corte utiliza óleo mineral como base, o que pode causar a contaminação do solo e da água em casos de vazamentos. Por serem provenientes de fontes renováveis, serem biodegradáveis, bioestáveis e, em geral não tóxicos, os óleos vegetais têm sido avaliados como substitutos aos óleos minerais. O Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma espécie perene do sertão brasileiro, de fácil cultivo e fácil adaptação às condições edafoclimáticas (modificações no clima e solo), portanto tem sido avaliado para diferentes aplicações. Neste trabalho, óleo de Pinhão-manso foi avaliado como base para fluidos de corte, testando sua capacidade lubrificante, sua estabilidade oxidativa e seu desempenho em uma formulação biodegradável e bioestável ("verde") de fluido de corte emulsionável. Os óleos de pinhão-manso avaliados apresentaram aproximadamente 80% de ácidos graxos insaturados e índices de acidez relativamente altos, fatores que comprometem a estabilidade oxidativa. Análises térmicas indicaram que o óleo bruto pode ser estabilizado pela adição de aditivos antioxidantes a base de orégano e alecrim, os quais, apesar de não impedirem o início da oxidação, inibem o mecanismo de propagação criando uma nova etapa de energia de ativação mais alta. O fluido de corte "verde" proposto apresentou composição estável e não induziu a corrosão, porém estabilizadores de pH devem ser adicionados para evitar a proliferação de microorganismos. Ensaios tribológicos mostraram que tanto o óleo bruto quanto o fluido de corte emulsionável induziram baixo desgaste associado a reduzidos coeficientes de atrito, especialmente em substratos de alumínio. Estes resultados apontam para a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental na usinagem de ligas de alumínio na indústria aeronáutica.
description Fluidos de corte são utilizados na indústria metal mecânica em processos de usinagem para diminuir o atrito e o desgaste no sistema peça/ferramenta de corte. A maior parte dos fluidos de corte utiliza óleo mineral como base, o que pode causar a contaminação do solo e da água em casos de vazamentos. Por serem provenientes de fontes renováveis, serem biodegradáveis, bioestáveis e, em geral não tóxicos, os óleos vegetais têm sido avaliados como substitutos aos óleos minerais. O Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma espécie perene do sertão brasileiro, de fácil cultivo e fácil adaptação às condições edafoclimáticas (modificações no clima e solo), portanto tem sido avaliado para diferentes aplicações. Neste trabalho, óleo de Pinhão-manso foi avaliado como base para fluidos de corte, testando sua capacidade lubrificante, sua estabilidade oxidativa e seu desempenho em uma formulação biodegradável e bioestável ("verde") de fluido de corte emulsionável. Os óleos de pinhão-manso avaliados apresentaram aproximadamente 80% de ácidos graxos insaturados e índices de acidez relativamente altos, fatores que comprometem a estabilidade oxidativa. Análises térmicas indicaram que o óleo bruto pode ser estabilizado pela adição de aditivos antioxidantes a base de orégano e alecrim, os quais, apesar de não impedirem o início da oxidação, inibem o mecanismo de propagação criando uma nova etapa de energia de ativação mais alta. O fluido de corte "verde" proposto apresentou composição estável e não induziu a corrosão, porém estabilizadores de pH devem ser adicionados para evitar a proliferação de microorganismos. Ensaios tribológicos mostraram que tanto o óleo bruto quanto o fluido de corte emulsionável induziram baixo desgaste associado a reduzidos coeficientes de atrito, especialmente em substratos de alumínio. Estes resultados apontam para a possibilidade de redução de custos e de impacto ambiental na usinagem de ligas de alumínio na indústria aeronáutica.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-12-07
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2199
url http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2199
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Tecnológico de Aeronáutica
publisher.none.fl_str_mv Instituto Tecnológico de Aeronáutica
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
instname:Instituto Tecnológico de Aeronáutica
instacron:ITA
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
instname_str Instituto Tecnológico de Aeronáutica
instacron_str ITA
institution ITA
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica
repository.mail.fl_str_mv
subject_por_txtF_mv Lubrificantes
Óleos vegetais
Óleos lubrificantes
Usinagem
Fluidos de corte
Engenharia mecânica
_version_ 1706804998546915328