A conciliação família e teletrabalho na pandemia da Covid-19: (re)pensando vivências de mulheres educadoras infantis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Andrade, Cristiano de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Metodista de Sao Paulo
Psicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da Saude
Brasil
IMS
Psicologia da Saude
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2254
Resumo: O mundo encontra-se em uma crise pandêmica de intensidade e escalas não vistas desde o século passado. Tanto os riscos relacionados à infecção quanto a necessidade de distanciamento social impactaram a vida de todos e, particularmente, das famílias onde se encontram mães de crianças pequenas. Uma vez que as mulheres tiveram suas rotinas alteradas pela necessidade de afastamento da rede de apoio profissional e pessoal, mas que ainda assim necessitam continuar conciliando família e carreira. Tendo como problema de pesquisa, família e atividade profissional se apresentam a mulheres teletrabalhadoras na educação infantil de forma conflituosa ou como processos e vivências que podem ser conciliadas? O objetivo deste estudo foi analisar as implicações que o exercício do teletrabalho em contexto de educação infantil, gera na subjetividade das mulheres em conciliação com os cuidados inerentes a família. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo, com recorte transversal. A amostra foi composta por 30 mulheres/mães de filhos com idade entre 02 e 17 anos e 11 meses, que desenvolviam atividades como teletrabalhadoras na área de educação infantil no tempo de pandemia da Covid-19. Sendo elas trabalhadoras assalariadas, concursadas da prefeitura municipal de Poços de Caldas/MG, onde também residem. Para tanto, o instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada para identificar as vivências subjetivas nas rotinas familiares e de trabalho das participantes. Este foi enviado por e-mail antes mesmo de ser aplicado, pois desejou-se que estas acompanhassem o que a elas pretendia-se questionar. Todas as entrevistas foram feitas de modo remoto, pois o período da coleta de dados foi na fase em que os números de contágio da Covid-19, estavam elevados. Desta forma, pensando em proteger as participantes, bem como o pesquisador, todas aceitaram conversar através do aplicativo Microsoft Teams. Como resultados, identificou-se que o teletrabalho no contexto de educação infantil, embora tenha sido necessário para cumprir o distanciamento social proposto como medida de contenção do vírus. Para estas mulheres, atuou como um complicador em suas rotinas. Uma vez que fez ampliar ainda mais suas atribuições, levando-as a experimentarem elevados níveis de cobranças, que resultou em sofrimento psíquico em suas jornadas. Compreendendo que o vínculo com a família foi mantido, porém as relações de modo geral com esta foram comprometidas, já que a falta de tempo operou como um fator limitante das experiências pessoais. Espera-se que os achados contribuam para que profissionais da saúde desenvolvam estratégias de intervenção para a prevenção de sofrimento mental, promoção de saúde e identificação de fatores de proteção e de risco psicológico e social nesta população.(AU)
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Tendo como problema de pesquisa, família e atividade profissional se apresentam a mulheres teletrabalhadoras na educação infantil de forma conflituosa ou como processos e vivências que podem ser conciliadas? O objetivo deste estudo foi analisar as implicações que o exercício do teletrabalho em contexto de educação infantil, gera na subjetividade das mulheres em conciliação com os cuidados inerentes a família. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo, com recorte transversal. A amostra foi composta por 30 mulheres/mães de filhos com idade entre 02 e 17 anos e 11 meses, que desenvolviam atividades como teletrabalhadoras na área de educação infantil no tempo de pandemia da Covid-19. Sendo elas trabalhadoras assalariadas, concursadas da prefeitura municipal de Poços de Caldas/MG, onde também residem. Para tanto, o instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada para identificar as vivências subjetivas nas rotinas familiares e de trabalho das participantes. Este foi enviado por e-mail antes mesmo de ser aplicado, pois desejou-se que estas acompanhassem o que a elas pretendia-se questionar. Todas as entrevistas foram feitas de modo remoto, pois o período da coleta de dados foi na fase em que os números de contágio da Covid-19, estavam elevados. Desta forma, pensando em proteger as participantes, bem como o pesquisador, todas aceitaram conversar através do aplicativo Microsoft Teams. Como resultados, identificou-se que o teletrabalho no contexto de educação infantil, embora tenha sido necessário para cumprir o distanciamento social proposto como medida de contenção do vírus. Para estas mulheres, atuou como um complicador em suas rotinas. Uma vez que fez ampliar ainda mais suas atribuições, levando-as a experimentarem elevados níveis de cobranças, que resultou em sofrimento psíquico em suas jornadas. Compreendendo que o vínculo com a família foi mantido, porém as relações de modo geral com esta foram comprometidas, já que a falta de tempo operou como um fator limitante das experiências pessoais. Espera-se que os achados contribuam para que profissionais da saúde desenvolvam estratégias de intervenção para a prevenção de sofrimento mental, promoção de saúde e identificação de fatores de proteção e de risco psicológico e social nesta população.(AU)The world finds itself in a pandemic crisis of intensity and scales not seen since the last century. Both the risks related to the infection and the need for social distancing have impacted the lives of all and, particularly, of the families where mothers of young children are found. Since women have had their routines altered by the need to move away from the professional and personal support network, but they still need to continue reconciling family and career. Having as a problem of research, family and professional activity present themselves to teleworkers women in early childhood education in a conflicting way or as processes and experiences that can be reconciled? The aim of this study was to analyze the implications that the exercise of telework in the context of early childhood education, generates in the subjectivity of women in conciliation with the care inherent to the family. This is a qualitative, descriptive research with cross-sectional approach. The sample consisted of 30 women/mothers of children aged between 02 and 17 years and 11 months, who developed activities as teleworkers in the area of early childhood education in the pandemic time of Covid-19. They are employed workers, concursadas of the city of Poços de Caldas / MG, where they also reside. For this, the instrument used was the semi-structured interview to identify the subjective experiences in the participants' family and work routines. This was sent by e-mail before it was even applied, because it was desired that they would accompany what they intended to question. All interviews were conducted remotely, because the period of data collection was at the stage in which covid-19 contagion numbers were high. Thus, thinking about protecting the participants, as well as the researcher, all agreed to chat through the Microsoft Teams application. As results, it was identified that telework in the context of early childhood education, although it was necessary to fulfill the social distancing proposed as a measure of containment of the virus. For these women, it acted as a complicator in their routines. Since it made their attributions even more, leading them to experience high levels of collections, which resulted in psychic suffering in their journeys. Understanding that the bond with the family was maintained, but the relationships in general with it were compromised, since the lack of time operated as a limiting factor of personal experiences. It is expected that the findings will contribute to health professionals developing intervention strategies for the prevention of mental suffering, health promotion and identification of protective factors and psychological and social risk factors in this population.(AU)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeGomes, Miria BenincasaAvoglia, Hilda Rosa CapelãoCoelho, Patrícia Margarida FariasTrópia, Patrícia VieiraMacedo, Cibele Mariano Vaz deAndrade, Cristiano de Jesus2023-02-02T19:23:56Z2022-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfAndrade, Cristiano de Jesus. A conciliação família e teletrabalho na pandemia da Covid-19: (re)pensando vivências de mulheres educadoras infantis. 2022. 312 folhas. Tese( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, São Bernardo do Campo, 2022.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2254porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2023-02-02T19:23:56Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/2254Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2023-02-02T19:23:56Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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