Relação de gênero e poder: uma discussão acerca da invisibilidade feminina na Assembleia de Deus Ministério de Perus

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Oliveira, Antonio de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Metodista de Sao Paulo; Ciencias da Religiao:Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Religiao; Brasil; IMS; Ciencias da Religiao
• Palavras-chave em Português: Gênero; Poder; Liderança; Assembleia de Deus Ministério de Perus.; Gender; Power; Leadership; Assembly of God Ministry of Perus.; CIENCIAS HUMANAS
• Link de acesso: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2292

Desde o início do Movimento Pentecostal, as mulheres sempre tiveram atuação dinâmica e substancial para a consolidação desse fenômeno religioso. No entanto, com sua institucionalização, o Movimento Pentecostal, passou a segregar e invisibilizar as mulheres, limitando sua atuação a funções eclesiais subalternas. Elas foram preteridas ao esquecimento. Apesar disso, a dominação masculina não impossibilitou que elas continuassem atuando no Movimento Pentecostal, por meio de várias ações e atividades, mas sempre sob a submissão masculina. Com base nessas constatações, neste trabalho procura-se reunir dados de fontes documentais, bibliográficas e interlocuções para propor uma matriz qualitativa de crenças e posicionamentos acerca do lugar da mulher na liderança e tomada de decisões na Assembleia de Deus Ministério de Perus. As diferentes crenças buscam se legitimar mostrando sua relação com as narrativas bíblicas que constituem fonte de autoridade para a construção dos argumentos em uma sociedade patriarcal. Nesse sentido, busca-se compreender como as mulheres constroem seus discursos relacionados à questão de gênero e poder na instituição religiosa. Ressaltam-se os espaços de liderança em que se aceita a atuação das mulheres e aqueles em que se apresentam divergências e diferentes opiniões. Observou-se que os costumes eclesiais, as experiências pessoais e a formação disciplinar dos sujeitos dão espaço para as variantes encontradas. A estratégia metodológica adotada para este trabalho é qualitativa. Para colhermos as informações que deram subsídio para nossa pesquisa, optamos pelo método da história oral temática e da micro-história. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com cinco mulheres, todas cristãs da Assembleia de Deus Ministério de Perus.(AU)