O amor por Søren Kierkegaard: uma análise da relação entre o amor crístico e a prática do cristianismo em “As Obras do Amor”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tavarnez, Sorel Celeste
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17028
http://lattes.cnpq.br/0507869404987250
Resumo: A filosofia de Søren Kierkegaard (1813-1855) é marcada pela interiorização dos conceitos de fé e espiritualidade, pelo enfoque na subjetividade do indivíduo e pela compreensão, tanto de si mesmo, quanto do mundo com o qual ele se relaciona. O filósofo e teólogo dinamarquês, além de inaugurar a escola filosófica existencialista, foi também um grande estudioso do cristianismo, produzindo uma vasta literatura sobre o tema, porém com uma abordagem focada no progresso individual do ser cristão e em sua prática de amor ao próximo. O autor analisa o cristianismo através do indivíduo que busca compreender os ensinamentos cristãos para ele próprio se tornar um cristão, ao colocar em prática seus aprendizados na doutrina. Segundo o filósofo, a prática do cristianismo se inicia somente a partir da aplicação de sua lei máxima: “amar ao próximo como a si mesmo”. Por conseguinte, a obra do autor escolhida para análise foi o livro As Obras do Amor – algumas considerações cristãs em forma de discursos (1847), uma vez que o filósofo elenca o amor como o maior alicerce do cristianismo, o ponto de partida e o ponto de chegada de toda obra cristã. O presente estudo consiste em uma pesquisa teórica, tendo como instrumento de análise o método hermenêutico, cujo objetivo é analisar as definições de amor descritas por Kierkegaard e relacioná-las à prática cristã proposta pelo filósofo, a fim de compreender-se o papel da prática do amor como cerne do processo formativo do indivíduo cristão. Segundo o autor de As Obras do Amor, o amor é o elemento fundamental do cristianismo, visto que o cristianismo autêntico foi fundado no amor e sem ele não poderia existir. Sendo assim, para Kierkegaard, a prática do cristianismo se resume na prática do amor ao próximo, pois o amor possui uma característica exclusiva, sendo a única qualidade que não é dada por ela mesma: o amor não existe por si só, mas existe tão somente para o outro. Dessa forma, assim como o amor é inseparável do cristianismo, Kierkegaard também define o amor como um elemento inseparável da própria condição humana, pois, para o filósofo, o indivíduo encontra sentido à sua existência justamente quando está amando.
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Segundo o filósofo, a prática do cristianismo se inicia somente a partir da aplicação de sua lei máxima: “amar ao próximo como a si mesmo”. Por conseguinte, a obra do autor escolhida para análise foi o livro As Obras do Amor – algumas considerações cristãs em forma de discursos (1847), uma vez que o filósofo elenca o amor como o maior alicerce do cristianismo, o ponto de partida e o ponto de chegada de toda obra cristã. O presente estudo consiste em uma pesquisa teórica, tendo como instrumento de análise o método hermenêutico, cujo objetivo é analisar as definições de amor descritas por Kierkegaard e relacioná-las à prática cristã proposta pelo filósofo, a fim de compreender-se o papel da prática do amor como cerne do processo formativo do indivíduo cristão. Segundo o autor de As Obras do Amor, o amor é o elemento fundamental do cristianismo, visto que o cristianismo autêntico foi fundado no amor e sem ele não poderia existir. Sendo assim, para Kierkegaard, a prática do cristianismo se resume na prática do amor ao próximo, pois o amor possui uma característica exclusiva, sendo a única qualidade que não é dada por ela mesma: o amor não existe por si só, mas existe tão somente para o outro. Dessa forma, assim como o amor é inseparável do cristianismo, Kierkegaard também define o amor como um elemento inseparável da própria condição humana, pois, para o filósofo, o indivíduo encontra sentido à sua existência justamente quando está amando.The philosophy of Søren Kierkegaard (1813-1855) is characterized by the internalization of the concepts of faith and spirituality, as well as by the emphasis on the subjectivity of the individual and the understanding of oneself and the world with which one relates. The danish philosopher and theologian, in addition to pioneering the existentialist philosophical school, was also a great scholar of christianity, producing extensive literature on the subject, but with an approach focused on the individual's personal progress as a christian and their practice of love for others. The author analyzes christianity through the individual who seeks to understand christian teachings in order to become a christian themselves, by putting into practice what they have learned in doctrine. According to the philosopher, the practice of christianity begins only through the application of its ultimate law: “love your neighbor as yourself”. Therefore, the author's chosen work for analysis is the book Works of Love – Some Christian Reflections in the Form of Discourses (1847), as the philosopher lists love as the greatest foundation of christianity, the starting point and the destination of all christian works. The present study consists of a theoretical research, employing the hermeneutic method as its analytical instrument. aiming to analyze Kierkegaard's definitions of love and relate them to the christian practice proposed by the philosopher, in order to understand the role of love as the core of the formative process of the christian individual. According to the author of Works of Love, love is the fundamental element of christianity, as authentic christianity was founded on love and could not exist without it. Therefore, for Kierkegaard, the practice of christianity is summed up in the practice of love for others, as love possesses a unique characteristic – it is the only quality that is not given by itself: love does not exist in and of itself, but exists solely for the other. Thus, just as love is inseparable from christianity, Kierkegaard also defines love as an inseparable element of the human condition itself because, for the philosopher, individuals find meaning in their existence precisely when they are loving.Não recebi financiamentoPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Barros, Douglas FerreiraPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Tavarnez, Sorel Celeste2023-09-12T14:52:18Z2023-09-12T14:52:18Z2023-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17028http://lattes.cnpq.br/0507869404987250porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2023-09-12T14:52:18Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/17028Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2023-09-12T14:52:18Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false
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