Avaliação do impacto dos biomarcadores diretos de fibrose hepática antes e após o tratamento da hepatite C

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Mundim, Ana Elisa de Figueiredo Miranda
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
• Palavras-chave em Português: Hepatite C; Hepacivirus; Fígado; Doenças; Agentes antivirais; Biomarcadores; Ciências da Saúde
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4785

A infecção pelo vírus da Hepatite C (HCV) é uma das várias etiologias de lesão hepática. Estima-se que, mundialmente, 71 milhões de pessoas tenham infecção crônica pelo vírus. Um número significativo desses infectados crônicos desenvolverão cirrose e alguns desenvolverão carcinoma hepatocelular (CHC). Atualmente, para a avaliação do estadiamento da doença são utilizados: os índices APRI e FIB4; a elastografia hepática, recomendada antes do tratamento; e a biópsia, que apesar de apresentar algumas desvantagens e complicações para o paciente, que continua sendo o método padrão ouro. Por isso surgiram estudos em torno da capacidade que os marcadores diretos têm de auxiliarem na avaliação da fibrose hepática pós-tratamento, já que se tratam de componentes envolvidos diretamente no equilíbrio da matriz extracelular e associados à degradação e deposição de colágeno. Nesse contexto, o objetivo do nosso trabalho foi avaliar oito marcadores sorológicos diretos em pacientes infectados com o HCV pré e pós-tratamento, comparando-os com o grau de fibrose classificado pelos métodos APRI e FIB4 e associando-os com os dados relacionados às características virais. Para isso, foram coletados os dados dos prontuários e amostra biológica de 24 pacientes, antes e após o tratamento com DAAs. Os resultados mostraram que houve diminuição dos valores APRI e FIB4, indicando melhora da fibrose após o tratamento, enquanto houve aumento significativo do COLIV, TIMP1 e 2 e diminuição significativa das MMP1 e 2, sugerindo piora no grau de fibrose após o tratamento. Concluímos, com isso, que após o tratamento com os DAAs os pacientes devem ser acompanhados para avaliar um possível impacto negativo do seu uso sobre o sistema imunológico e de um processo depressor temporário decorrente da eliminação abrupta do vírus do organismo. Mais estudos devem ser realizados, com um número maior de pacientes, inclusão de fatores de risco associados a agravos hepáticos e acompanhamento a longo prazo para verificação destes parâmetros após um período maior de RVS. De todo modo, os resultados deste estudo representaram um avanço por oferecerem diferentes dados pré e pós-tratamento relacionados com os biomarcadores diretos