Avaliação de um programa de atendimento ao hipertenso na saúde suplementar

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Oliveira, Karyne Gleyce Zemf
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
• Palavras-chave em Português: Hipertensão. Atenção Primaria à Saúde. Saúde Suplementar; Hypertension. Primary Health Care. Supplementary Health; Ciência da Saúde
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4616

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença com alta prevalência e baixas taxas de controle. A saúde privada por meio dos planos de saúde vem sendo estimulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar a realizar programas de promoção da saúde e prevenção de doenças, para evitar complicações cardiovasculares e reduzir custos com tratamentos de enfermidades e suas complicações. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa de atendimento ao hipertenso nos níveis pressóricos, nos exames bioquímicos e na adesão ao tratamento medicamentoso no contexto de um serviço de saúde suplementar. Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, realizado com pacientes que deram entrada no programa no período de setembro de 2016 a fevereiro 2017. A amostra de conveniência foi composta por beneficiários da Unimed Imperatriz com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, participantes do Programa de Atendimento ao Hipertenso. A avaliação inicial e final constou de: aplicação de questionário para a coleta de dados pessoais, hábitos de vida, antecedentes pessoais e familiares, verificação de peso e altura para o cálculo do índice de massa corporal, medida da pressão arterial e da circunferência abdominal e teste Morinsky-Green (aplicado somente a pacientes em tratamento medicamentoso para avaliar a adesão a este tratamento). Também foram coletados resultados de exames laboratoriais: LDL, HDL, glicemia de jejum, colesterol total e triglicerídeos. Os participantes foram avaliados para determinar o grau de complexidade de atenção à saúde e a frequência dos telemonitoramentos e das visitas domiciliares. A intervenção teve duração de seis meses e consistiu de telemonitoramentos mensais, visitas domiciliares periódicas da equipe e reuniões em grupo. Foram selecionados 36 participantes, dos quais 15 (41,7%) concluíram o programa e compuseram a amostra final. A idade média foi de 62,6±16,6 anos, 80% do sexo feminino, 80% com nível educacional de ensino médio ou mais. A média do índice de massa corporal foi de 29,1±5,2Kg/m2 e 11 (73,3%) apresentavam excesso de peso. Houve redução da PAS de 134±18,7 para 121,4±13,2 mmHg (p=0,01) e da PAD, de 78,8¿11,6 para 72,1¿7,8 mmHg (p=0,02), aumento na frequência de atividade física de 0,8 ± 0,28 para 1,7±0,4 vezes por semana (p=0,038) e a frequência de alta adesão medicamentosa aumentou de 46,7% para 93,3%. A satisfação dos participantes em relação ao programa foi de 8,7±0,52 pontos. O programa avaliado propiciou melhora dos valores de PAS e PAD, elevou a frequência de atividade física e a adesão medicamentosa