Gestação de alto risco e fatores associados ao apego materno-fetal: um estudo transversal nas unidades básicas de saúde administradas pela UCPEL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gowert, Marcela Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1012
Resumo: Introdução: Simultaneamente ao avanço gestacional ocorre a transformação da mulher durante sua transição para a maternidade, período esse caracterizado pelo início das manifestações de cuidado e proteção em relação ao feto, definidos como apego materno-fetal (AMF) e importante componente para a dupla mãe-bebê. Entretanto, quando associado a um diagnóstico de gestação de alto risco, há a suscetibilidade da gestante a esse evento estressor, podendo afetar a capacidade de desenvolvimento e adaptação do comportamento vinculativo. Objetivo: Avaliar a associação entre a gestação de alto risco e o AMF em gestantes da atenção básica de saúde, bem como verificar outros fatores socioeconômicos, gestacionais, de apoio e de saúde mental associados ao AMF. Métodos: Estudo transversal, realizado com gestantes maiores de 18 anos, captadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) administradas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), no período de abril a agosto de 2023. A coleta foi desenvolvida através da aplicação do questionário geral, da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e da versão abreviada da Escala de Apego Materno-Fetal (EAMF), através de ligação telefônica ministrada pelas pesquisadoras envolvidas no estudo. Posteriormente, foi realizada uma busca ativa àquelas gestantes contatadas sem sucesso. Os dados coletados foram analisados no software International Business Machines (IBM) Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 25, através de frequências descritivas, ANOVA e Teste T para análise bivariada e regressão linear múltipla, para ajuste dos fatores de confusão, assumindo um nível de significância de 95% (p<0,05) para interpretação das associações estatisticamente significativas. Resultados: A amostra foi composta por 151 gestantes, com média de idade de 26,8 anos (DP±5,5) e majoritariamente classificadas entre as classes econômicas B/C (55,6%). Após análise ajustada, o avanço do trimestre gestacional, em específico as gestantes que estavam no terceiro trimestre, foi associado a maiores médias de AMF (β=5,8 IC95% [4,1;7,6]), bem como àquelas gestantes que recebiam apoio social (β=8,3 IC95% [2,5;14,1]). Já as menores médias de AMF foram associadas às gestantes com idade acima de 35 anos (β=-4,4 IC95% [- 8,1;-0,7]) e com presença de sintomatologia de estresse (β=-4,1 IC95% [-7,4;-0,9]). Conclusão: Os achados evidenciam que a maior idade materna, a falta de apoio social, menor idade gestacional e a presença de sintomatologia de estresse representam fatores associados a um menor AMF. A identificação preventiva desses, possibilita a promoção do AMF, contribuindo de maneira estruturante para o desenvolvimento de um vínculo favorável entre o bebê e a mãe no pré e pós-natal.
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Objetivo: Avaliar a associação entre a gestação de alto risco e o AMF em gestantes da atenção básica de saúde, bem como verificar outros fatores socioeconômicos, gestacionais, de apoio e de saúde mental associados ao AMF. Métodos: Estudo transversal, realizado com gestantes maiores de 18 anos, captadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) administradas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), no período de abril a agosto de 2023. A coleta foi desenvolvida através da aplicação do questionário geral, da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e da versão abreviada da Escala de Apego Materno-Fetal (EAMF), através de ligação telefônica ministrada pelas pesquisadoras envolvidas no estudo. Posteriormente, foi realizada uma busca ativa àquelas gestantes contatadas sem sucesso. Os dados coletados foram analisados no software International Business Machines (IBM) Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 25, através de frequências descritivas, ANOVA e Teste T para análise bivariada e regressão linear múltipla, para ajuste dos fatores de confusão, assumindo um nível de significância de 95% (p<0,05) para interpretação das associações estatisticamente significativas. Resultados: A amostra foi composta por 151 gestantes, com média de idade de 26,8 anos (DP±5,5) e majoritariamente classificadas entre as classes econômicas B/C (55,6%). Após análise ajustada, o avanço do trimestre gestacional, em específico as gestantes que estavam no terceiro trimestre, foi associado a maiores médias de AMF (β=5,8 IC95% [4,1;7,6]), bem como àquelas gestantes que recebiam apoio social (β=8,3 IC95% [2,5;14,1]). Já as menores médias de AMF foram associadas às gestantes com idade acima de 35 anos (β=-4,4 IC95% [- 8,1;-0,7]) e com presença de sintomatologia de estresse (β=-4,1 IC95% [-7,4;-0,9]). Conclusão: Os achados evidenciam que a maior idade materna, a falta de apoio social, menor idade gestacional e a presença de sintomatologia de estresse representam fatores associados a um menor AMF. A identificação preventiva desses, possibilita a promoção do AMF, contribuindo de maneira estruturante para o desenvolvimento de um vínculo favorável entre o bebê e a mãe no pré e pós-natal.Introduction: Simultaneously with gestational progress, women undergo transformation during their transition to motherhood, a period characterized by the beginning of manifestations of care and protection in relation to the fetus, defined as maternal-fetal attachment (MFA) and an important component for the mother-baby duo. However, when associated with a high-risk pregnancy diagnosis, the pregnant woman is susceptible to this stressful event, which may affect the ability to develop and adapt bonding behavior. Objective: To evaluate the association between high-risk pregnancy and AMF in pregnant women in primary health care, as well as verify other socioeconomic, gestational, support and mental health factors associated with MFA. Methods: Cross-sectional study, carried out with pregnant women over 18 years old, captured in the Basic Health Units (BHUs) administered by the Catholic University of Pelotas (UCPel), from April to August 2023. The collection was developed through the application of the general questionnaire, of the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) and the abbreviated version of the Maternal-Fetal Attachment Scale (MFAS), through a telephone call administered by the researchers involved in the study. Subsequently, an active search was carried out for those pregnant women contacted without success. The collected data were analyzed using the International Business Machines (IBM) Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 25 software, using descriptive frequencies, ANOVA and T Test for bivariate analysis and multiple linear regression, to adjust confounding factors, assuming a significance level of 95% (p<0.05) for interpretation of statistically significant associations. Results: The sample consisted of 151 pregnant women, with a mean age of 26.8 years (SD±5.5) and mostly classified between economic classes B/C (55.6%). After adjusted analysis, advancing the gestational trimester, specifically pregnant women who were in the third trimester, was associated with higher MFA means (β=5.8 95% CI [4.1;7.6]), as well as those pregnant women who received social support (β=8.3 95% CI [2.5;14.1]). The lowest MFA averages were associated with pregnant women over 35 years of age (β=-4.4 95% CI [-8.1;-0.7]) and with the presence of stress symptoms (β=-4. 1 95% CI [-7.4;-0.9]). Conclusion: The findings show that older maternal age, lack of social support, lower gestational age and the presence of stress symptoms represent factors associated with lower MFA. Preventive identification of these makes it possible to promote MFA, contributing in a structuring way to the development of a favorable bond between the baby and the mother in the pre- and post-natal period.Universidade Catolica de PelotasCentro de Ciencias da SaudeBrasilUCPelPrograma de Pos-Graduacao em Saude ComportamentoTrettim, Jéssica PuchalskiRubim, Bárbara BorgesOliveira, Luisa Jardim Corrêa deGowert, Marcela Silveira2024-02-21T13:48:48Z2023-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGowert, Marcela Silveira. Gestação de alto risco e fatores associados ao apego materno-fetal: um estudo transversal nas unidades básicas de saúde administradas pela UCPEL. 2023. 87 f. Dissertação( Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento) - Universidade Catolica de Pelotas, Pelotas.http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1012porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpelinstname:Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)instacron:UCPEL2024-02-23T04:10:09Zoai:tede.ucpel.edu.br:jspui/1012Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www2.ufpel.edu.br/tede/http://tede.ucpel.edu.br:8080/oai/requestbiblioteca@ucpel.edu.br||cristiane.chim@ucpel.tche.bropendoar:2024-02-23T04:10:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel - Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)false
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