Parque estadual serra de caldas novas (pescan): ecoturismo, compreensões de meio ambiente e práticas ambientais dos visitantes

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Silva, Andrei Severino Ferreira da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás; UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais; Brasil; UEG; Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC
• Palavras-chave em Português: Unidade de conservação; Educação ambiental; Ecoturismo e práticas ambientais; Proteção ambiental; Visitação pública; Conservation unity and; Environmental education; Ecotourism and environmental practices; Environmental protection; Public visitation; CIENCIAS BIOLOGICAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/291

As Unidades de Conservação (UC) têm se apresentado como instrumentos capazes de promover a proteção ambiental e possibilitar o contato de visitantes com o meio natural protegido, despertando neles o interesse pelas questões ambientais. O presente estudo teve como proposta investigar o uso público do Parque Estadual Serra de Caldas Novas (PESCaN), localizado nos municípios goianos de Caldas Novas e Rio Quente, com o objetivo geral de: “compreender o ecoturismo no PESCaN e conhecer e analisar as compreensões de meio ambiente e de Educação Ambiental (EA) que os visitantes da UC possuem e as ações ambientais que os mesmos praticam”. Os objetivos específicos incluíram: i. Conhecer e analisar os objetivos que levam os visitantes do PESCaN a buscá-lo em seu tempo livre; ii. Interpretar o grau de importância e de conhecimento das questões relacionadas ao meio ambiente dos visitantes; iii. Analisar as compreensões da temática da EA dos visitantes; iv. Investigar e analisar as ações em prol do meio ambiente praticadas pelos visitantes, conforme discurso deles; v. Investigar se as compreensões de meio ambiente dos visitantes se alteram depois de percorrido o passeio; e vi. Analisar de que forma as atividades ecoturísticas veem sendo desenvolvidas no PESCaN. A metodologia estruturou-se em torno de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A primeira, com base na fundamentação teórica de autores como: Wearing e Neil (2001); Costa (2002); Kinker (2002); Takahashi e Milano (2002); Barros (2003); Pires (2004); Jacobi et al (2004); Magalhães (2005); Dutra et al (2008); Ramos e Oliveira (2008); Freitas (2009); Medeiros e Araújo (2011); Soibert e Oliveira (2011); Simonetti e Nascimento (2012); Muhle (2012); entre outros, que discutem assuntos relacionados à temática ambiental, ao turismo e ecoturismo, à utilização e conservação de áreas protegidas e ao estudo das compreensões e características dos visitantes. A segunda, com base na investigação conduzida por meio da aplicação de questionário aos visitantes, à entrada e à saída do PESCaN, como forma de analisar suas características socioeconômicas, as compreensões de meio ambiente, as práticas ambientais realizadas por eles, e se o parque altera essas compreensões depois de percorrido o passeio. Foram entrevistados 273 visitantes e os resultados apontaram índices satisfatórios para o PESCaN e para o trato com as questões ambientais: mais da metade dos pesquisados buscam a unidade para realizar pesquisas científicas, atividades escolares ou visitas técnicas; cerca de um terço vão ao parque para conhecer a unidade, seus atrativos e o Cerrado goiano; quase 70% possuem o costume de visitar outras UC. O meio ambiente é considerado como um sistema de integração e interação entre o homem e a natureza por quase 85% dos visitantes, resultado que se manteve à entrada e à saída no parque; pouco mais de 90% realizam ações em prol do meio ambiente, principalmente as relacionadas com reciclagem/coleta seletiva, economia de água e projetos de conscientização ambiental. O interesse por realizar algum programa de EA após a visita ao parque foi manifestada por 90% dos visitantes, principalmente de algum programa relacionado com a conservação do meio ambiente ou com a conscientização de estudantes e/ou sociedade. A unidade foi avaliada com nota de 9,0 a 10,0 por quase 63% dos entrevistados; a quase totalidade visitaria o parque novamente e indicaria a visita a amigos e parentes. A existência de Conselho Consultivo atuante e a definição de Zona de Amortecimento são pontos favoráveis para a gestão da UC. A falta de regulamentação do Plano de Manejo, a baixa utilização da estrutura do parque e o pouco envolvimento dos funcionários com as atividades realizadas são apontados como pontos desfavoráveis.