Idosos com lesão por pressão notificada : análise da assistência de enfermagem a partir dos registros hospitalares

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Isis de Castro Valdrighi
• Orientador(a): Mara Solange Gomes Dellaroza .
• Banca de defesa: Eleine Aparecida Penha Martins, Sonia Silva Marcon
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
• País: BR
• Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000224592

A lesão por pressão é uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, geralmente em uma proeminência óssea, e que resulta da pressão, ou, da pressão em combinação com cisalhamento e uma lesão crônica, evitável e considerada indicador sensível da assistência prestada. O objetivo desta pesquisa foi: avaliar a assistência de enfermagem prestada à pessoa idosa com lesão por pressão notificada em hospital terciário da rede SUS. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo. Variáveis analisadas: características sociodemográficas, tempo de internação, desfecho da internação, comorbidades, medicações em uso no domicilio, notificação e características da lesão por pressão e as medidas assistenciais para a prevenção e tratamento. A população foram todos os idosos notificados com lesão por pressão e internados no ano de 2017. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2018, por meio de consulta a 172 prontuários e localizados a partir das fichas de notificação das lesões por pressão. Para o processamento e análise de dados foi estruturado um banco de dados em planilha no Excel 2010®. As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do software Statistical Package for Social Sciences ? SPSS® (versão 20.0). Os idosos acometidos possuíam as seguintes características: faixa etária entre 70 e 79 anos (45,3%), cor branca (89%), tempo de internação até 29 dias (68,6%), uma a duas comorbidades (75,5%), faziam uso domiciliar de três a quatro medicações (57,9%). Largura e comprimento da lesão variaram até 20 cm e registrados em 41,3% e 40,7% na ficha de notificação respectivamente. Considerando os registros do escore de Braden do dia da internação, a maior pontuação nessa ferramenta não se associou com a classificação ou quantidade das lesões por pressão. Mudança de decúbito e alivio de proeminências ósseas não foi prescrito em 82,7% e 62,6% respectivamente para pacientes sem mobilidade no dia da notificação. Houve preenchimento do estágio da lesão em média de 37,7% ao longo dos dias estudados. Dos 70 idosos que tiveram desfecho com lesão, 22 tiveram registros em prontuário do estágio da lesão. Verificou-se que ocorreram falhas importantes na assistência e que a qualidade dos registros dificultou as análises do impacto da lesão nos desfechos da internação. Espera-se que os resultados sensibilizem tanto a gestão como os profissionais envolvidos no processo do cuidar, para a efetivação das ações que promovam o aprimoramento da assistência prestada visando a adequada prevenção, avaliação sistemática e o tratamento efetivo das lesões por pressão em idosos.