Influência de práticas agrícolas na composição química e qualidade sanitária : fumonisina em milho

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Wagner Ezequiel Risso
• Orientador(a): Elisa Yoko Hirooka .
• Banca de defesa: Elisabete Yurie Sataque Ono, Eduardo Vicente, Edson Luiz Zangrando Figueira, Diva de Souza Andrade
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos.
• País: BR
• Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000187344

Práticas agrícolas de manejo e tratos culturais em milho, associadas ao sistema de plantio e fertilização, constitui controle fitossanitário visando melhorar a qualidade de grão e redução da contaminação por micotoxinas, além de associar à sustentabilidade e conservação do solo. Visando avaliar o efeito de três práticas agrícolas em grão de milho produzido perante composição química e qualidade sanitária, com ênfase à fumonisinas, procedeu-se: (i) fertilização com cinco doses de lixiviado de aterro sanitário (composição química, metais, contagem fúngica, fumonisinas e produtividade); (ii) densidade de plantas sob cinco doses de N em cobertura (análise físico-química, contagem fúngica e fumonisinas); (iii) inoculação de sementes com Azospirillum brasilense acoplado ao cultivo sob doses de N em cobertura nas regiões Norte e Centro-Sul do Estado do Paraná (teor de proteínas, contagem fúngica e fumonisinas). Aplicação de doses crescentes de lixiviado (0; 32,7; 65,4; 98,1 e 130,8 m3 ha-1) aumentou a produtividade e os teores de proteínas, cinzas e lipídios nos grãos. Maior concentração de fumonisina total (FB1 + FB2) foi detectada no controle sem adubação e nos tratamentos com lixiviado, no qual apresentaram maior frequência de amostras contaminadas com níveis superiores ao limite máximo tolerado pela ANVISA-MS (5,0 &#61676;g g-1). A fertilização com lixiviado não afetou o teor de cálcio, magnésio, sódio, potássio, zinco, cobre, níquel e chumbo do grão, exceto manganês, cuja concentração aumentou com aplicação de lixiviado. (p > 0,05). Contudo, observou-se tendência de aumento na concentração de chumbo no ano 2009/2010 e sódio em 2011/2012 com incremento nas doses de lixiviado. O manejo orientado para densidade de plantas (60, 75, 90 e 105 mil plantas ha-1) e doses de N em cobertura (0, 60, 120, 180 e 240 kg ha-1) não afetou contaminação fúngica em grãos de milho. Fumonisinas foram detectadas em milho com média de 1,50 &#956;g g-1 (2009/2010) e 1,72 &#956;g g-1 (2010/2011). A tendência no aumento de contaminação por fumonisinas ocorreu incrementando a densidade de plantas, obtendo-se maior frequência de amostras com nível superior ao limite máximo permitido. Embora as respostas variassem conforme ano de avaliação, teores de proteínas e cinzas aumentaram incrementando doses de N e diminuíram pelo aumento na densidade de plantas. O teor de amido em grão aumentou com incremento de densidade de plantas e diminuiu pelo incremento na fertilização nitrogenada. Em experimentos conduzidos nas regiões Norte e Centro-Sul do Estado do Paraná, a inoculação de sementes com Azospirillum brasilense (com e sem) e doses de N (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1 na Região Norte e 0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 na Centro-Sul) não afetou a contaminação de milho por fungos (p > 0,05). Nas duas regiões, o teor de proteínas em grãos aumentou com incremento nas doses de N e a inoculação com A. brasilense não produziu efeito significativo para esta variável. Na Região Norte, fumonisinas foram detectadas em 90% das amostras em 2010/2011 (média de 0,62 &#61676;g g-1) e 97,5% em 2011/2012 (média de 4,34 &#61676;g g-1). Na Região Centro-Sul, fumonisinas foram detectadas em 45% das amostras em 2010/2011 (média de 0,14 &#61676;g g-1) e 100% em 2011/2012 (média de 2,67 &#61676;g g-1), no qual amostras oriundas de tratamentos com inoculante apresentaram redução (43%) nos níveis de fumonisinas (p < 0,05), em comparação aos tratamentos sem inoculante, indicando fator favorável perante condução sequencial de prática agrícola com inoculante.