Schopenhauer : a metáfora da vontade como coisa-em-si

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Jorge Luís Palicer do Prado
Orientador(a): Aguinaldo Antonio Cavalheiro Pavão .
Banca de defesa: Eduardo Brandão, José Fernandes Weber
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000189367
Resumo: A presente dissertação pretende reconstruir a argumentação de Schopenhauer para compreender o estabelecimento de sua principal proposta filosófica, a saber, a Vontade, toto genere distinta das representações, considerada como coisa-em-si. Esta maneira de se considerar a Vontade constitui o pensamento a partir da qual flui o sentido de toda a filosofia de Schopenhauer, vindo a se tornar, por conseguinte, alvo de severas críticas por parte de filósofos e intérpretes. Defendemos que a controversa tese schopenhaueriana pode ser ainda repensada ao se esclarecer o seu conteúdo semântico, os recursos e procedimentos argumentativos envolvidos nela. Neste sentido, destacaremos três etapas fundamentais no seu trajeto teórico, são elas: a) o conhecimento da vontade na experiência interna como fundamento das ações do corpo; b) a extensão desta vontade, fruto da reflexão analógica continuada, aos diversos fenômenos do mundo estabelecendo-a, desse modo, como a realidade mais íntima de toda a natureza; c) o procedimento de denominação metafórica chamado por Schopenhauer de denominatio a potiori, através do qual a noção de coisa-em-si toma de empréstimo o nome de algo conhecido para assim permanecer no discurso filosófico de modo significativo. Defendemos aqui que as três etapas destacadas precisam ser consideradas na ordem e no conjunto para uma apreciação completa do assunto. Destacaremos ainda o papel e o estatuto da metáfora e da analogia como os principais recursos utilizados na consecução do projeto do filósofo, sem os quais a compreensão da sua obra subsiste desfigurada. Defendemos que entre os principais resultados da analogia e da denominação metafórica podemos destacar: a) a analogia, enquanto ferramenta de pensamento e explicação, favoreceu uma ampliação do contexto de aplicação significativa da do conceito de vontade aos diversos fenômenos do mundo; b) a metáfora forneceu um estribo semântico, em apoio à compreensão, para a presença da expressão coisa-em-si no discurso filosófico e realizou uma requerida conectividade de sentido entre a coisa-em-si e a representação na obra de Schopenhauer.
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Defendemos que a controversa tese schopenhaueriana pode ser ainda repensada ao se esclarecer o seu conteúdo semântico, os recursos e procedimentos argumentativos envolvidos nela. Neste sentido, destacaremos três etapas fundamentais no seu trajeto teórico, são elas: a) o conhecimento da vontade na experiência interna como fundamento das ações do corpo; b) a extensão desta vontade, fruto da reflexão analógica continuada, aos diversos fenômenos do mundo estabelecendo-a, desse modo, como a realidade mais íntima de toda a natureza; c) o procedimento de denominação metafórica chamado por Schopenhauer de denominatio a potiori, através do qual a noção de coisa-em-si toma de empréstimo o nome de algo conhecido para assim permanecer no discurso filosófico de modo significativo. Defendemos aqui que as três etapas destacadas precisam ser consideradas na ordem e no conjunto para uma apreciação completa do assunto. Destacaremos ainda o papel e o estatuto da metáfora e da analogia como os principais recursos utilizados na consecução do projeto do filósofo, sem os quais a compreensão da sua obra subsiste desfigurada. Defendemos que entre os principais resultados da analogia e da denominação metafórica podemos destacar: a) a analogia, enquanto ferramenta de pensamento e explicação, favoreceu uma ampliação do contexto de aplicação significativa da do conceito de vontade aos diversos fenômenos do mundo; b) a metáfora forneceu um estribo semântico, em apoio à compreensão, para a presença da expressão coisa-em-si no discurso filosófico e realizou uma requerida conectividade de sentido entre a coisa-em-si e a representação na obra de Schopenhauer.This dissertation aims to reconstruct the arguments of Schopenhauer to understand the establishment of his main philosophical proposal, namely, the Will, toto genere distinct representations, considered as a thing-in-itself. This way of considering the Will is thinking from which flows the sense of the whole philosophy of Schopenhauer, been becoming therefore severely criticized by philosophers and interpreters. This dissertation suggest that the controversial thesis Schopenhauer can still be rethought to clarify the semantic content, features and argumentative procedures involved in it. In this sense, we highlight three key steps in your path theory, they are: the knowledge of the will in the internal experience as the basis of the actions of the body, b) the extent of this will result from continued reflection analog, the various phenomena of the world by establishing a thus, as the innermost reality of all nature, c) the procedure metaphorical denomination called by Schopenhauer denominatio a potiori, through which the notion of thing-in-itself borrows the name of something well known to stay in philosophical discourse significantly. We argue here that the three steps outlined need to be considered in order and set for a full appreciation of the subject. We will highlight further the role and status of metaphor and analogy as the main resources used in achieving the project of the philosopher, without which the understanding of his work remains disfigured. We argue that among the main results of analogy and metaphorical denomination stand out: a) the analogy as a tool of thought and explanation, favored an extension of the context of meaningful application of the concept of the will to the various phenomena of the world, b) the metaphor provided a bracket semantics, to support the understanding, for the presence of expression thing-in-itself in philosophical discourse and held a sense of connectivity required between the thing-in-itself and representation in the work of Schopenhauer.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000189367porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:06:01Zoai:uel.br:vtls000189367Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2014-05-20T13:28:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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