Análise sociodemográfica e clínica de pessoas vivendo com HIV em abandono da terapia antirretroviral e que evoluíram para o óbito

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Lima, Silmara Pereira de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba; Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP; Brasil; UEPB; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
• Palavras-chave em Português: Serviço ambulatorial; Vírus da Imunodeficiência Humana; Terapia antirretroviral; Human Immunodeficiency virus; Outpatient service; SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
• Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3342

O HIV e Aids representam um desafio para a saúde pública, visto que no mundo, o HIV já atingiu mais de 70 milhões de pessoas e mais de 25 milhões de pessoas mortas pela Aids. A terapia antirretroviral é fundamental para a supressão viral e menor transmissibilidade do HIV. Entretanto o abandono ao tratamento configura-se como um fator para predisposição a infecções oportunistas e óbito por Aids. Nesta perspectiva, objetivou-se analisar as características sociodemográficas e clínicas de pessoas vivendo com HIV em abandono da terapia antirretroviral e pacientes que evoluíram para o óbito em um Serviço de Assistência Especializada. Estudo documental, analítico, com abordagem quantitativa, realizado de outubro de 2017 a março de 2018, por meio de prontuários do Serviço de Assistência Especializada em Campina Grande/PB. A amostra foi de 170 prontuários de abandonos e 26 prontuários de óbitos. Realizaram-se os testes de: Qui-quadrado e Fisher, sendo associada às variáveis com o valor de p<0,05 com nível de significância de 95%. Verificou-se associação entre sexo masculino com CD4+ ≥200 células/mm³, com idade <38 (p=0,028); idade <38 e >10.000 cópias/ml carga viral no início da terapia antirretroviral (p=0,014); idade ≥38 e <50 cópias/ml carga viral na última consulta (p=0,005), escolaridade >9 anos e ≤10.000 cópias/ml carga viral no início da terapia antirretroviral (p=0,044); bem como escolaridade >9 anos e <50 cópias/ml carga viral na última consulta (p=0,004); sexo masculino e tempo de diagnóstico do HIV ≤6 anos (p=0,004), sexo masculino e tempo da terapia antirretroviral ≤48 meses (p=0,011), idade <38 e tempo da terapia antirretroviral ≤48 meses (p=0,003). Conclui - se que a importância desse estudo fundamentado na análise das características sociodemográficas e clínicas de PVHIV que abandonaram a TARV e pacientes que evoluíram para o óbito em um SAE possibilita identificar relevância nos achados, de modo que se faz necessário uma intensificação de avaliação das características sociodemográficas e clínicas de PVHIV que abandonaram a TARV, com um olhar direcionado a continuidade do tratamento para que haja melhora no quadro clínico.