Adventismo e educação no Brasil: a apropriação da produção educacional de Ellen G. White (1827-1915)

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Souza, Vanessa Sabrina de
• Orientador(a): Skalinski Junior, Oriomar
• Banca de defesa: Costa, Célio Juvenal , Martiniak, Vera Lúcia
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• Departamento: Departamento de Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: História da Educação; Ellen G. White; Educação Adventista; Brasil; History of Education; Adventist Education; Brazil
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3872

O objetivo desta dissertação é analisar a produção educacional de Ellen G. White (1827-1915), escritora e líder religiosa fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) nos Estados Unidos, com vistas a discutir a apropriação de suas ideias pelas escolas adventistas brasileiras. Buscou-se identificar as proposições elaboradas por ela, examinando-se seus princípios educacionais, apreendendo-se os objetivos, o currículo, o perfil do educador e a proposta formativa para o aluno. A pesquisa justifica-se a partir da demanda pela discussão das complexas relações existentes entre a religião, a religiosidade e a educação e, no caso em particular, também pelo interesse em avaliar a construção da expressiva rede de ensino edificada pela denominação. Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico e documental situada no âmbito da História da Educação, na qual destacadamente empregaram-se ferramentas conceituais tomadas da sociologia de Pierre Bourdieu. As produções educacionais de White utilizadas como fonte foram: os livros Conselhos sobre Educação (1889/1968); Fundamentos da Educação Cristã (1872/1974); Educação (1903/1977); Conselhos a Pais, Professores e Estudantes (1913/1975a); Orientação da criança (1900/1954); e o artigo A devida educação, o qual integra o livro Testemunhos para a igreja. v.3 (1872/2009). Esses são os principais textos da autora sobre Educação e nos oferecem informações que possibilitam discutir os elementos de sua produção escrita que impactaram a organização e as práticas da Educação Adventista em nosso país. Os conceitos de capital social, capital cultural e capital simbólico, bem como o de campo religioso e de campo educacional, deram sustentação à análise empreendida acerca da dinâmica pela qual Ellen White, no seio de sua igreja, logrou construir prestígio e status. De modo a obter tratamento diferenciado e, efetivamente, ser entendida como uma profetisa escolhida por Deus, visto que, notadamente, a partir de suas alegadas visões, legitimou seu discurso. Como resultados da investigação, verificou-se que Ellen G. White foi uma intelectual que operou, especialmente, na fronteira do campo religioso com o educacional, formulando ideias que tiveram um amplo alcance. Ao propor e sistematizar conhecimentos, promoveu avanços na Educação Adventista, atuando como um alicerce educativo, por meio da apresentação de fundamentos filosóficos e da proposição de práticas. Ao empregar variados meios de ação, Ellen White atuou efetivamente como uma intelectual, tendo trazido importantes ideias para a área educacional, as quais direcionaram a formação de uma Pedagogia Adventista, cuja apropriação ocorreu também pelas escolas adventistas no Brasil.