Interferência do forro para melhoria da qualidade acústica em templo evangélico: estudo de caso

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Oliveira, Jôssandra Rodrigues de
• Orientador(a): Oiticica, Maria Lúcia Gondim da Rosa
• Banca de defesa: Araújo, Bianca Carla Dantas de , Cavalcante, Morgana Maria Pitta Duarte , Toledo, Alexandre Márcio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Qualidade acústica; Simulação (Acústica); Edifícios religiosos - Forro; Acoustic quality; Temples; Lining; Acoustic Simulations
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2499

O conforto acústico de um templo agrega valor ao conjunto arquitetônico, o local do culto é a união justa e o equilíbrio perfeito entre o espiritual e o material, como bem enfatiza Nicolas (2001). Os templos evangélicos caracterizam-se como espaços múltiplos, ou seja, espaços onde é executada tanto a palavra falada, quanto a música. Atuações distintas, que apresentam requisitos com exigências acústicas diferentes, entretanto, com graus de importância semelhantes. Em muitos casos, os templos já são concebidos com baixa inteligibilidade, além de apresentar alta intensidade sonora. O forro é uma das maiores áreas para ser tratada acusticamente dentro de uma edificação, podendo influenciar positiva ou negativamente na acústica da edificação. É necessário atentar para correta distribuição do som para a plateia, escolhendo a geometria e tipo de material adequado para o forro, em cada situação. Esta dissertação de mestrado trabalho tem como objetivo avaliar a interferência do forro como elemento para melhoria da qualidade acústica de um templo evangélico localizado no município de São Miguel dos Campos – AL. A metodologia abordou quatro situações, o templo sem forro, com forro paralelo ao piso – reto; com forro multifacetado; e com forro curvo. Houve uma preocupação em manter o mesmo volume da edificação nas três situações, para que fossem viáveis as comparações dos resultados. Para cada tipo de forro definiu-se dois tipos de material, um reflexivo e o outro absorvedor, em onze tipos de especificações. Através do software EASE 4.3 foi possível obter os resultados dos seguintes parâmetros: Tempo de Reverberação (TR), Tempo de Decaimento Inicial (EDT), Índice de Clareza da fala (C50), Índice de clareza para música (C80), Definição (D50) e Índice de Transmissão da Fala (STI). Utilizou-se para avaliação as bandas de oitava. Foram realizados dois tipos de análises, a primeira se refere à análise de acordo com a ISO 3328-1 e a outra de acordo com o Sistema de Reforço Sonoro (SRS). Considerando a situação individual (por forro) e a situação comparativa (entre forros). De acordo com os resultados encontrados pode-se constatar que com a diminuição da área da superfície reflexiva nos forros, os resultados tenderam a se aproximar do que é recomendado para o templo, em todos os parâmetros. Ou seja, os Forros 100% reflexivo apresentaram piores resultados, enquanto os Forros 0% reflexivo, os melhores. Em se tratando da localização dos forros percebe-se que nas simulações de acordo com a ISO 3382-1, a medida que o forro se deslocou para o final do templo os resultados tenderam a se aproximar, e em alguns casos alcançar os valores recomendados nos parâmetros C50, C80 e D50. Para os parâmetros EDT e STI, a localização central de forro reflexivo apresentou os melhores resultados. Comparando-se as formas, houveram variações sutis nos valores dos parâmetros. De acordo com os resultados encontrados pode-se constatar que a interferência do forro na qualidade acústica do templo é positiva desde que este seja composto pelo material adequado, localização correta e quantidade necessária para atendimento aos parâmetros acústicos do templo.