Cadeias de tensão: repertórios disciplinares de facções e do sistema em unidades de internação alagoanas

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Carvalho, Ada Rizia Barbosa de
• Orientador(a): Rodrigues, Fernando de Jesus
• Banca de defesa: Telles, Vera da Silva , Feltran, Gabriel de Santis , Bittencourt , João Batista
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Sistema socioeducativo-Facções-Alagoas; Repertórios disciplinares; Socio-educational system; Disciplinary repertoires; Gangs; State
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7796

Este trabalho se debruça sobre os tensionamentos entre repertórios disciplinares em unidades de internação alagoanas, mobilizados tanto nas dinâmicas institucionais, por parte de funcionários, quanto nas enunciações, performances e sensos de pertencimento de adolescentes internados aos símbolos expressos pelas siglas PCC e CV. Trata-se do resultado de uma pesquisa de orientação etnográfica. Para tanto, lança-se mão de diálogos estabelecidos com adolescentes e funcionários no sistema socioeducativo alagoano, visando abarcar ambas as perspectivas e diferenciá-las. Além disso, também são analisados documentos – prontuários institucionais – produzidos por funcionários em um período entre 2004 a 2016. Entende-se, por meio de uma perspectiva figuracional, de inspiração eliasiana, que as interações entre adolescentes e funcionários – que se interligam por meio das mais variadas posições nas unidades de internação e por seus entrelaçamentos com os mundos das periferias urbanas – tornam possível compreender as dinâmicas de constrangimentos e pressões, de agências e tomadas de posição, que se evidenciam tanto em repertórios disciplinares quanto em enfrentamentos contra estes. Argumenta-se que suas posições e ações só podem ser compreendidas nas interdependências, nas pressões mútuas de uns sobre outros. No sistema, os repertórios institucionais e das facções são inseparáveis, se reproduzem e retroalimentam.