O sujeito discursivo da propaganda governamental de serviço: contradições do discurso e efeitos de sentido

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Ferreira, Maria Luiza Maciel
• Orientador(a): Amaral, Maria Virgínia Borges
• Banca de defesa: Rangel, Heder Cleber de Castro , Silva, Sóstenes Ericson Vicente da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Propagandas; Análise do discurso; Drogas ilícitas; Projeto Acolhe Alagoas; Discourse analyze; Drugs; Advertising
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2771

Esta dissertação analisa, por meio da Análise do Discurso da linha francesa, as condições de produção do discurso da propaganda governamental de serviço e como atua na materialização de práticas discursivas contraditórias, produzindo sentidos que simulam “acolhimento” e “adoção”. Busca assim, entender a produção de sentido como uma prática histórica e ideológica, constitutiva na formação discursiva. O corpus desta pesquisa foi construído a partir da propaganda governamental de serviço divulgada pela Secretaria de Estado da Promoção da Paz (SEPAZ/AL), como uma das ações do Projeto “Acolhe Alagoas” na qual foi lançada a campanha “Acolha seu filho antes que as drogas o adotem” e apresentada em adesivos e panfletos, iniciada em março de 2014, circulou em todo o estado de Alagoas até junho de 2014. Na Análise do Discurso, os sentidos e os sujeitos se constituem ao mesmo tempo em um processo que acontece na e pela linguagem. Desse modo, podemos entender por meio da análise o funcionamento discursivo, os mecanismos das determinações sociais nos processos de significação e as formações discursivas e as formações ideológicas que sustentam os dizeres. Para realizarmos as análises, utilizamos um percurso teórico embasado em autores como Pêcheux (2006, 2009, 2010), Orlandi (1996, 2000, 2002, 2005), Amaral (2016), Silva (2011, 2015), entre outros. O discurso governamental utiliza da propaganda para simular mudanças de princípios e valores morais, pois o modo de produção capitalista reivindica modos de viver em uma sociedade de consumo, identificado com a ideologia do capital, sustentada pela formação discursiva do Estado, que prioriza e valoriza o lucro colocando o problema das drogas como sendo responsabilidade da família.