Ser menino e ser menina: construção das Identidades de gênero em contexto de Educação Infantil

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Oliveira, Ericka Marcelle Barbosa de
• Orientador(a): Haddad , Lenira
• Banca de defesa: Lima, Walter Matias , Pedrosa, Maria Isabel Patrício de Carvalho
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação infantil; Identidade de gênero; Identidade de gênero na educação; Reprodução interpretativa; Crianças – Pesquisa; Early Childhood Education; Gender Identity; Gender identity in eduction; Interpretative Reproduction; Children - Research
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3196

A presente pesquisa de mestrado foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas. O estudo investiga como o gênero, o ser menino e ser menina é vivido, significado e representado pelas crianças, quais conhecimentos, saberes e elementos sociais e culturais são atuantes nesse processo de construção do gênero e como as crianças usam o que sabem e aprendem sobre esses elementos nas interações e relações sociais que estabelecem com seus pares e com os adultos em contexto de educação infantil. Para tanto, a atenção é voltada para as crianças, trazendo-as como principais interlocutoras de investigação. O estudo, de abordagem qualitativa, apoia-se em metodologias interpretativas e foi realizado com treze crianças de 4, 5 e 6 anos de idade, cinco meninos e oito meninas de uma turma de segundo período de uma instituição pública de educação infantil da cidade de Maceió/Alagoas. Para a realização da pesquisa foram utilizados quatro procedimentos de geração de dados, com a intenção de captar diferentes perspectivas das crianças, que incluíram: oficinas de brincadeiras “livres” e de temática induzida, realizadas em um ambiente estruturado com brinquedos a partir de áreas de interesses como casinha, brinquedos, beleza e fantasias, na brinquedoteca da instituição; oficina de conversas com as crianças sobre as brincadeiras realizadas; oficina de conversas partir de filme; oficina de conversas a partir de imagens. Para as oficinas de brincadeiras e de conversas, as crianças foram distribuídas em dois grupos mistos. Já na oficina de brincadeiras com temática induzida as crianças foram organizadas em dois grupos de gênero, só meninos e só meninas. Todas as sessões das oficinas (em número de dezenove) foram registradas por meio de câmera filmadora e de diário de campo, sendo posteriormente transcritas e analisadas. Os dados gerados foram apresentados por meio de episódios extraídos das diversas sessões de oficinas relativas aos quatro procedimentos metodológicos utilizados. As análises dos episódios recortados evidenciaram que os meninos e as meninas experimentam e atribuem significados ao gênero durante o brincar, em suas falas, gestos e movimentos, ações que revelam concepções e práticas sobre o masculino e o feminino reinterpretadas de realidades vivenciadas por elas em rotinas culturais mais amplas e que produzem efeitos na forma como se posicionam enquanto meninos e meninas e constroem suas identidades de gênero nas interações estabelecidas entre pares no contexto pesquisado.