O RAP É O ARGUMENTO: CULTURA PERIFÉRICA E ATIVIDADES ARGUMENTATIVAS NO NONO ANO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE SALVADOR - BA

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Alves, Marcela Ferreira
• Orientador(a): Santos, José Henrique de Freitas
• Banca de defesa: Santos, José Henrique de Freitas, Souza, Ana Lúcia Silva, Nascimento Neto, João Evangelista do
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
• Programa de Pós-Graduação: Coleções por área do conhecimento
• Departamento: Instituto de Letras
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Língua Portuguesa; Hip Hop; Argumentação; Cultura periférica
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35914

Este memorial, intitulado O rap é o argumento: cultura periférica e atividades argumentativas no nono ano de uma escola pública de Salvador-BA, desenvolvido no PROFLETRAS-UFBA, apresenta os resultados do projeto de intervenção aplicado na escola estadual Rafael Oliveira, situada no bairro de Cajazeiras 8, no município de Salvador, cujo objetivo foi o estudo das estruturas argumentativas, por meio do rap e da cultura periférica para ampliar os usos da leitura, escrita e oralidade, mediando e fortalecendo o empoderamento com vistas à transformação social. Diante da necessidade de buscar estratégias para produção de textos orais e escritos, elegemos o universo do movimento Hip Hop, que com suas manifestações artísticas e culturais: dança (Break), arte visual (Grafite) e música (Rap), consegue proximidade com a maior parte do segmento juvenil. Interessou-nos compreender os usos que se faz do verbal e do não verbal, bem como os efeitos de sentido que podemos depreender quando, criticamente nos colocamos no mundo. Na sala de aula, buscou-se, junto aos estudantes, desenvolver um trabalho considerando a multimodalidade e um modelo dialogal de argumentação. As bases conceituais se apoiam nos estudos de Street (2007), Kleiman (2005), Souza (2011), Plantin (2008), Bortone (2008), dentre outros. A leitura dos módulos de atividades com letras de rap baiano foi uma estratégia utilizada para estimular o (re)conhecimento das estratégias de linguagem que desnudam os mecanismos de opressão a que os estudantes estão submetidos, destacando as questões etnicorraciais, de gênero e sociais. O propósito do projeto aplicado foi trabalhar de maneira contextualizada, envolvendo a escola e seus atores, vislumbrando interdisciplinaridade e interação, o que se encaminhou para a culminância de ações abertas à comunidade, validando diversas produções artísticas que trazem voz a todos. O resultado alcançado demonstrou uma desconstrução do discurso de marginalização que erige de maneira pouco positiva a identidade e subjetividade desses sujeitos.