Violência contra a criança no estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
Orientador(a): Araújo, Roberto Paulo Correia de
Banca de defesa: Costa, Maria da Conceição Oliveira, Jones, Daysi Maria de Alcântara, Paim, Jairnilson Silva, Zimmermann, Rogério Dubosselard, Cavalcanti, Alessandro Leite
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19669
Resumo: Introdução. A violência sempre fez parte da experiência humana e seu impacto pode ser verificado de várias formas. Quando as vítimas são crianças, existe uma especial preocupação mundial, justificada não somente pela incontestável fragilidade desse grupo como também pelo potencial humano que ele representa. No Brasil, os esforços em prol de ações para combater essa forma de violência dependem do fiel cumprimento da legislação pelas instituições jurídicas, sociais e policiais, bem como pelos profissionais do setor saúde que prestam assistência às vítimas. Todavia as estatísticas existentes expõem apenas uma parte da realidade, em decorrência dos sub-registros observados nas principais fontes oficiais de informação. Objetivo. Analisar as informações sobre a violência praticada contra crianças, disponíveis nos bancos de sistemas públicos de informação dos setores da saúde e segurança. Metodologia. Estudo descritivo da série histórica de registros da violência praticada contra crianças na faixa etária de 0 a 11 anos, residentes no Estado da Bahia, ocorridos entre 2008 e 2014, a partir dos dados coletados em quatro sistemas públicos de informação: SIM, SIH/SUS, SINAN e SGE. Os dados sobre a violência praticada contra a criança arquivados em cada sistema foram analisados isoladamente e posteriormente comparados, considerando-se as variáveis referentes à caracterização da vítima e do agressor, tipologia e local de ocorrência da violência, encaminhamento do caso pelos profissionais de saúde, além da qualidade dos dados disponibilizados. Na análise dos resultados, foi utilizada a planilha eletrônica Excel 2007 para a montagem dos bancos e o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences, SPSS v. 20, para os cálculos das frequências absolutas, relativas e taxas. Para os dados do SINAN, foi calculado também o Risco Relativo. Resultados e discussão. Foram analisados 208 registros de óbitos de crianças por violência no SIM, a maioria do sexo masculino (124 –59,6%), com idades entre 5 e 9 anos (68 – 32,7%), raça ou cor parda, vítimas de violência física (172 – 82,7%), sendo a residência da vítima o local predominante. Os 5.962 registros de internações no SIH/SUS revelaram que a maioria das crianças eram do sexo masculino (3.793 – 63,6%), com idades entre 5 e 9 anos (2.225 – 37,3%), vitimadas por um tipo de violência não especificado (3.743 – 62,8%). Já nos 3.981 casos notificados no SINAN, a maior parte eram de crianças do sexo feminino (2.207 – 55,4%), com idades entre 5 e 9 anos (1.582 –39,7%), vitimadas pela violência física (1.921 – 57,1%). Esse sistema também identificou que, na maioria dos casos, o autor era um indivíduo do sexo masculino e conhecido da criança. Quanto aos encaminhamentos realizados, as unidades especializadas e os conselhos tutelares foram os destinos predominantes. A análise dos 16.466 registros do SGE levantou que 7.836 crianças (47,6%) sofreram violência física. Conclusão. Os achados desta pesquisa apontaram que os quatro sistemas permitem caracterizar a violência praticada contra a criança de 0 a 11 anos, residente no Estado da Bahia. Contudo, um aspecto comum observado se refere às falhas identificadas na qualidade dos dados, comprometendo o acompanhamento, controle e tomada de decisões pelas autoridades dos setores saúde e segurança pública.
id UFBA-2_27597180defd15b119d69e33643c695d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/19669
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str
spelling Barreto, Christianne Sheilla Leal AlmeidaAraújo, Roberto Paulo Correia deJones, Daysi Maria de AlcântaraCosta, Maria da Conceição OliveiraJones, Daysi Maria de AlcântaraPaim, Jairnilson SilvaZimmermann, Rogério DubosselardCavalcanti, Alessandro Leite2016-07-11T12:02:06Z2016-07-11T12:02:06Z2016-07-112015-12-03http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19669Introdução. A violência sempre fez parte da experiência humana e seu impacto pode ser verificado de várias formas. Quando as vítimas são crianças, existe uma especial preocupação mundial, justificada não somente pela incontestável fragilidade desse grupo como também pelo potencial humano que ele representa. No Brasil, os esforços em prol de ações para combater essa forma de violência dependem do fiel cumprimento da legislação pelas instituições jurídicas, sociais e policiais, bem como pelos profissionais do setor saúde que prestam assistência às vítimas. Todavia as estatísticas existentes expõem apenas uma parte da realidade, em decorrência dos sub-registros observados nas principais fontes oficiais de informação. Objetivo. Analisar as informações sobre a violência praticada contra crianças, disponíveis nos bancos de sistemas públicos de informação dos setores da saúde e segurança. Metodologia. Estudo descritivo da série histórica de registros da violência praticada contra crianças na faixa etária de 0 a 11 anos, residentes no Estado da Bahia, ocorridos entre 2008 e 2014, a partir dos dados coletados em quatro sistemas públicos de informação: SIM, SIH/SUS, SINAN e SGE. Os dados sobre a violência praticada contra a criança arquivados em cada sistema foram analisados isoladamente e posteriormente comparados, considerando-se as variáveis referentes à caracterização da vítima e do agressor, tipologia e local de ocorrência da violência, encaminhamento do caso pelos profissionais de saúde, além da qualidade dos dados disponibilizados. Na análise dos resultados, foi utilizada a planilha eletrônica Excel 2007 para a montagem dos bancos e o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences, SPSS v. 20, para os cálculos das frequências absolutas, relativas e taxas. Para os dados do SINAN, foi calculado também o Risco Relativo. Resultados e discussão. Foram analisados 208 registros de óbitos de crianças por violência no SIM, a maioria do sexo masculino (124 –59,6%), com idades entre 5 e 9 anos (68 – 32,7%), raça ou cor parda, vítimas de violência física (172 – 82,7%), sendo a residência da vítima o local predominante. Os 5.962 registros de internações no SIH/SUS revelaram que a maioria das crianças eram do sexo masculino (3.793 – 63,6%), com idades entre 5 e 9 anos (2.225 – 37,3%), vitimadas por um tipo de violência não especificado (3.743 – 62,8%). Já nos 3.981 casos notificados no SINAN, a maior parte eram de crianças do sexo feminino (2.207 – 55,4%), com idades entre 5 e 9 anos (1.582 –39,7%), vitimadas pela violência física (1.921 – 57,1%). Esse sistema também identificou que, na maioria dos casos, o autor era um indivíduo do sexo masculino e conhecido da criança. Quanto aos encaminhamentos realizados, as unidades especializadas e os conselhos tutelares foram os destinos predominantes. A análise dos 16.466 registros do SGE levantou que 7.836 crianças (47,6%) sofreram violência física. Conclusão. Os achados desta pesquisa apontaram que os quatro sistemas permitem caracterizar a violência praticada contra a criança de 0 a 11 anos, residente no Estado da Bahia. Contudo, um aspecto comum observado se refere às falhas identificadas na qualidade dos dados, comprometendo o acompanhamento, controle e tomada de decisões pelas autoridades dos setores saúde e segurança pública.Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-07-11T12:02:06Z No. of bitstreams: 1 Christianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf: 6609974 bytes, checksum: 1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96 (MD5)Made available in DSpace on 2016-07-11T12:02:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Christianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf: 6609974 bytes, checksum: 1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96 (MD5)Introduction. Violence has always been part of human experience and its impact can be seen in several ways. When the victim is a child there is a special global concern, justified not only for the undeniable weakness of this group as well as the human potential it represents. In Brazil, working in support of actions to combat this form of violence depend on the full compliance of the law by legal, social and police institutions aswell as by professionals in the health sector providing assistance to victims. However, existing statistics expose only a part of reality, due to the subrecords observed in the main official sources of information. Objective.To analyze information on violence against children, available at database of public information systems of health and safety sectors. Methodology.Descriptive study of the time series records of violence against children aged 0-11 years living in the state of Bahia, which occurred between 2008 and 2014, from data collected in four public information systems: SIM, SIH/SUS, SINAN and SGE. Data on violence against children filed in each system were analyzed separately and then compared, considering the variables related to the characterization of the victim and the aggressor, type and place of occurrence of violence, referral of the case by health professionals, apart from the quality of available data. In the analysis of the results the Excel 2007 spreadsheet was used for the assembly ofdatabase and the statistical software Statistical Package for Social Sciences -SPSS v. 20 for the calculation of absolute and relative frequencies, and fees. As for SINAN data, Relative Risk tests wasalso calculated. Results and discussion. Two hundred and eight records of child deaths due to violence were analyzed in the SIM, most of them male (124/59.6%), aged between 5 and 9 years (68/32.7%), mixed race color, victims of physical violence (172/82.7%), andthe residence of the victim was the predominant site. The 5962 records of hospitalizations in SIH/SUS revealed that most children were male (3,793/63.6%), aged between 5 and 9 years (2225/37.3%), victims of an unspecified kind of violence (3,743/62.8%). As for the 3981 cases reported in SINAN, most were female children (2207/55.4%), aged between 5 and 9 years (1582/39.7%), victimized by physical violence (1921/57.1%). This system also found that in most cases the perpetrator was a male individual known by the child. As for referrals made, specialized units and community councils were the predominant destinations. Analysis of 16 466 SGE records showed that 7,836 children (47.6%) suffered physical violence. Conclusion. The findings of this research showed that the four systems allow characterize the violence against children 0-11 years old, resident in the State of Bahia. However, one common aspect observed refers to the flaws identified in data quality, compromising the monitoring, control and decision-making by the authorities of health and public safetysectors.Saúde públicaViolência infantilPolíticas públicasSegurança públicaSistemas de informaçãoViolência contra a criança no estado da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de Ciências da SaúdeProcessos Interativos dos Órgãos e SistemasICSbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALChristianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdfChristianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdfapplication/pdf6609974https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/1/Christianne%20Sheilla%20Leal%20Almeida%20Barreto.pdf1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTChristianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf.txtChristianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf.txtExtracted texttext/plain576869https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/3/Christianne%20Sheilla%20Leal%20Almeida%20Barreto.pdf.txt614ecc2c4db1b1cca03362c3f3974549MD53ri/196692022-01-01 08:35:11.781oai:repositorio.ufba.br:ri/19669VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-01-01T11:35:11Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Violência contra a criança no estado da Bahia
title Violência contra a criança no estado da Bahia
spellingShingle Violência contra a criança no estado da Bahia
Barreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
Saúde pública
Violência infantil
Políticas públicas
Segurança pública
Sistemas de informação
title_short Violência contra a criança no estado da Bahia
title_full Violência contra a criança no estado da Bahia
title_fullStr Violência contra a criança no estado da Bahia
title_full_unstemmed Violência contra a criança no estado da Bahia
title_sort Violência contra a criança no estado da Bahia
author Barreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
author_facet Barreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Araújo, Roberto Paulo Correia de
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Jones, Daysi Maria de Alcântara
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Costa, Maria da Conceição Oliveira
Jones, Daysi Maria de Alcântara
Paim, Jairnilson Silva
Zimmermann, Rogério Dubosselard
Cavalcanti, Alessandro Leite
contributor_str_mv Araújo, Roberto Paulo Correia de
Jones, Daysi Maria de Alcântara
Costa, Maria da Conceição Oliveira
Jones, Daysi Maria de Alcântara
Paim, Jairnilson Silva
Zimmermann, Rogério Dubosselard
Cavalcanti, Alessandro Leite
dc.subject.por.fl_str_mv Saúde pública
Violência infantil
Políticas públicas
Segurança pública
Sistemas de informação
topic Saúde pública
Violência infantil
Políticas públicas
Segurança pública
Sistemas de informação
description Introdução. A violência sempre fez parte da experiência humana e seu impacto pode ser verificado de várias formas. Quando as vítimas são crianças, existe uma especial preocupação mundial, justificada não somente pela incontestável fragilidade desse grupo como também pelo potencial humano que ele representa. No Brasil, os esforços em prol de ações para combater essa forma de violência dependem do fiel cumprimento da legislação pelas instituições jurídicas, sociais e policiais, bem como pelos profissionais do setor saúde que prestam assistência às vítimas. Todavia as estatísticas existentes expõem apenas uma parte da realidade, em decorrência dos sub-registros observados nas principais fontes oficiais de informação. Objetivo. Analisar as informações sobre a violência praticada contra crianças, disponíveis nos bancos de sistemas públicos de informação dos setores da saúde e segurança. Metodologia. Estudo descritivo da série histórica de registros da violência praticada contra crianças na faixa etária de 0 a 11 anos, residentes no Estado da Bahia, ocorridos entre 2008 e 2014, a partir dos dados coletados em quatro sistemas públicos de informação: SIM, SIH/SUS, SINAN e SGE. Os dados sobre a violência praticada contra a criança arquivados em cada sistema foram analisados isoladamente e posteriormente comparados, considerando-se as variáveis referentes à caracterização da vítima e do agressor, tipologia e local de ocorrência da violência, encaminhamento do caso pelos profissionais de saúde, além da qualidade dos dados disponibilizados. Na análise dos resultados, foi utilizada a planilha eletrônica Excel 2007 para a montagem dos bancos e o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences, SPSS v. 20, para os cálculos das frequências absolutas, relativas e taxas. Para os dados do SINAN, foi calculado também o Risco Relativo. Resultados e discussão. Foram analisados 208 registros de óbitos de crianças por violência no SIM, a maioria do sexo masculino (124 –59,6%), com idades entre 5 e 9 anos (68 – 32,7%), raça ou cor parda, vítimas de violência física (172 – 82,7%), sendo a residência da vítima o local predominante. Os 5.962 registros de internações no SIH/SUS revelaram que a maioria das crianças eram do sexo masculino (3.793 – 63,6%), com idades entre 5 e 9 anos (2.225 – 37,3%), vitimadas por um tipo de violência não especificado (3.743 – 62,8%). Já nos 3.981 casos notificados no SINAN, a maior parte eram de crianças do sexo feminino (2.207 – 55,4%), com idades entre 5 e 9 anos (1.582 –39,7%), vitimadas pela violência física (1.921 – 57,1%). Esse sistema também identificou que, na maioria dos casos, o autor era um indivíduo do sexo masculino e conhecido da criança. Quanto aos encaminhamentos realizados, as unidades especializadas e os conselhos tutelares foram os destinos predominantes. A análise dos 16.466 registros do SGE levantou que 7.836 crianças (47,6%) sofreram violência física. Conclusão. Os achados desta pesquisa apontaram que os quatro sistemas permitem caracterizar a violência praticada contra a criança de 0 a 11 anos, residente no Estado da Bahia. Contudo, um aspecto comum observado se refere às falhas identificadas na qualidade dos dados, comprometendo o acompanhamento, controle e tomada de decisões pelas autoridades dos setores saúde e segurança pública.
publishDate 2015
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2015-12-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-07-11T12:02:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-07-11T12:02:06Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-07-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19669
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19669
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências da Saúde
dc.publisher.program.fl_str_mv Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
dc.publisher.initials.fl_str_mv ICS
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências da Saúde
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/1/Christianne%20Sheilla%20Leal%20Almeida%20Barreto.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19669/3/Christianne%20Sheilla%20Leal%20Almeida%20Barreto.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
614ecc2c4db1b1cca03362c3f3974549
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798059249354407936