Estigma do peso na organização do cuidado às pessoas com obesidade: Análise a partir das diretrizes mundiais e de trabalhadores da atenção primária à saúde na Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cassimiro, Ananda Ivie Dias Novais lattes
Orientador(a): Martins, Poliana Cardoso
Banca de defesa: Reis, Érika Cardoso, Alves, Daniela Arruda Soares, Martins, Poliana Cardoso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS) 
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39315
Resumo: Mais de 60% dos adultos brasileiros estão acima do peso, com 25,9% vivendo com obesidade. A etiologia da obesidade é multifatorial, envolvendo aspectos genéticos, comportamentais, socioeconômicos e ambientais. Embora políticas públicas tenham sido implementadas para lidar com o problema, a estigmatização e a gordofobia persistem, impactando negativamente a saúde física e mental dos indivíduos. O cuidado efetivo requer uma abordagem integral e humanizada, considerando as diversas dimensões que influenciam o peso corporal. Objetivamos avaliar como a temática do estigma do peso é abordada nas diretrizes clínicas internacionais e nacionais para o tratamento da obesidade publicadas entre 2000 e 2022, além de compreender a percepção dos profissionais de saúde da APS sobre como o estigma do peso e a gordofobia se fazem presentes na organização do cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade na APS. O artigo 1 tratou-se de uma revisão sistemática com síntese qualitativa das recomendações de diretrizes clínicas, nacionais e internacionais, para o tratamento da obesidade publicadas entre 2000 e 2022, onde a maioria das diretrizes clínicas não enfatizam o tema do estigma do peso em suas recomendações. Apesar da pouca enfatização do tema, identifica-se avanços no discurso das diretrizes ao longo dos anos, e a temática da complexidade do cuidado e do estigma do peso começa a se fazer presente. O artigo 2 possui abordagem quali-quantitativa. As informações foram obtidas através de um curso de qualificação de profissionais de saúde em 54 municípios baianos. O estudo inclui reflexões sobre o estigma da obesidade no cotidiano de trabalho dos participantes. A pesquisa revela que muitos profissionais de saúde na APS se consideram competentes para cuidar de pessoas com sobrepeso e obesidade, mas reconhecem o potencial de suas abordagens e unidades para reforçar o estigma do peso. Há consenso de que a perda de peso é vista como o foco central do cuidado, e a aceitação pessoal do próprio corpo pode influenciar o julgamento e cuidado aos outros. A falta de estrutura física adequada nas unidades de saúde e reflexões culpabilizadoras e estigmatizantes são pontos de preocupação no cuidado oferecido. É essencial uma educação permanente em saúde que aborde não apenas aspectos biomédicos, mas também sociais e psicológicos, além de investimentos em infraestrutura inclusiva e políticas públicas que promovam a saúde de maneira holística, valorizando a diversidade corporal para tornar o cuidado mais efetivo e empático.
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É essencial uma educação permanente em saúde que aborde não apenas aspectos biomédicos, mas também sociais e psicológicos, além de investimentos em infraestrutura inclusiva e políticas públicas que promovam a saúde de maneira holística, valorizando a diversidade corporal para tornar o cuidado mais efetivo e empático.More than 60% of Brazilian adults are overweight, with 25.9% living with obesity. The etiology of obesity is multifactorial, involving genetic, behavioral, socioeconomic, and environmental factors. Although public policies have been implemented to address the issue, stigmatization and fatphobia persist, negatively impacting individuals' physical and mental health. Effective care requires a comprehensive and humanized approach, considering the various dimensions that influence body weight. Our objective is to evaluate how the issue of weight stigma is addressed in international and national clinical guidelines for obesity treatment published between 2000 and 2022, as well as to understand the perception of primary healthcare (PHC) professionals regarding how weight stigma and fatphobia are present in the organization of care for overweight and obese individuals in PHC. Article 1 consisted of a systematic review with qualitative synthesis of recommendations from national and international clinical guidelines for obesity treatment published between 2000 and 2022, where most clinical guidelines did not emphasize the issue of weight stigma in their recommendations. Despite the limited emphasis on the topic, there are indications of progress in the discourse of guidelines over the years, and the themes of care complexity and weight stigma are beginning to emerge. Article 2 employs a qualitative-quantitative approach. Information was obtained through a training course for healthcare professionals in 54 municipalities in Bahia. The study includes reflections on the stigma of obesity in the participants' daily work. The research reveals that many PHC professionals consider themselves competent to care for overweight and obese individuals but recognize the potential of their approaches and units to reinforce weight stigma. There is consensus that weight loss is seen as the central focus of care, and personal acceptance of one's own body may influence judgment and care for others. The lack of adequate physical infrastructure in health units and blaming and stigmatizing reflections are points of concern in the care provided. Continuous health education is essential, addressing not only biomedical aspects but also social and psychological ones, along with investments in inclusive infrastructure and public policies that promote holistic health, valuing body diversity to make care more effective and empathetic.porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS) UFBABrasilInstituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)ObesityWeight PrejudicePractice GuidelineCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAObesidadeEstigma de PesoDiretrizes ClínicasAtenção Primária à SaúdeProfissionais de SaúdeEstigma do peso na organização do cuidado às pessoas com obesidade: Análise a partir das diretrizes mundiais e de trabalhadores da atenção primária à saúde na Bahia.Weight stigma in the organization of care for individuals with obesity: Analysis based on global guidelines and primary healthcare workers in Bahia.Mestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionMartins, Poliana Cardoso0000-0002-6698-0289Santos, Ligia Amparo da SilvaReis, Érika CardosoAlves, Daniela Arruda SoaresMartins, Poliana Cardoso0000-0002-1315-9147https://lattes.cnpq.br/1386123633466730Cassimiro, Ananda Ivie Dias Novaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDISSERTACAO_ANANDAIVIE 230424.pdfDISSERTACAO_ANANDAIVIE 230424.pdfapplication/pdf3610841https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39315/1/DISSERTACAO_ANANDAIVIE%20230424.pdf272ee452f35338e8f7e3f81eedfdcb63MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39315/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/393152024-04-26 16:52:51.1open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39315TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-04-26T19:52:51Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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