Investigação de Possíveis Impactos Ecológicos do Petróleo sobre Comunidades Biológicas Estuarinas na Baía de Todos Os Santos e no Sul da Bahia: Osa como uma Ferramenta Norteadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moreira, Ícaro Thiago Andrade
Orientador(a): Oliveira, Olívia Maria Cordeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
OSA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21526
Resumo: Estudos recentes têm mostrado que a interação natural entre gotículas de óleo e sedimentos em suspensão é um processo que resulta na formação de micro agregados estáveis que se dispersam na coluna d’água. Esta estrutura, referida como agregado óleo-material particulado em suspensão (OSAs), promove a dispersão do óleo, determina o destino do óleo na coluna d’água e pode acelerar a biodegradação. Neste estudo foi avaliado os possíveis impactos ecológicos do derramamento de petróleo em ecossistemas de manguezal (domínios pelágico e bentônico) de diferentes áreas (Baía de Todos os Santos e Sul da Bahia). Antes de iniciar o experimento foram feitas amostragens de sedimentos nas áreas de interesse para caracterização geoquímica de metais e hidrocarbonetos de petróleo. Os experimentos para formação do OSA foram desenvolvidos em escala piloto a partir de um protocolo estabelecido. Os resultados para os hidrocarbonetos do petróleo (HTPs e HPAs) mostraram que o rio São Paulo apresenta uma alta contaminação por petróleo, enquanto que nos estuários do sul da Bahia, os sedimentos superficiais foram moderadamente contaminados e a maioria das amostras têm uma baixa probabilidade de poluição e toxicidade, exceto para as fozes dos rios Una e Pardo que apresentaram média a alta probabilidade. Em relação à biodisponibilidade de metais avaliados (Ba, Cd, Cu, Cr, Fe, Ni, Pb, V, Zn) nos sedimentos, as concentrações de Cd foram acima dos valores ERL, no entanto, as concentrações não excederam os valores de ERM. A contaminação dos sedimentos foi atribuída a processos antrópicos e naturais. No que se refere ao protocolo para a formação do OSA foi observada a dispersão de 11 a 39% (nas salinidades 10 e 30, respectivamente) do óleo para os sedimentos de fundo e de 1 a 8% (nas salinidades 10 e 30, respectivamente) para a coluna d’água. A maior toxicidade do óleo para os organismos bentônicos e pelágicos (plâncton e nécton) foi observado nas fozes dos estuários do sul da Bahia com o aumento da salinidade e da matéria orgânica, enquanto que para o rio São Paulo foi observado no setor central do estuário em função da concentração de matéria orgânica nesta área. Os dados mostraram que o estudo da formação do OSA em escala piloto pode ser uma boa ferramenta norteadora no gerenciamento de áreas contaminadas por petróleo e também na prevenção para os possíveis impactos ecológicos do derramamento de óleo em zonas estuarinas de manguezal.
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spelling Moreira, Ícaro Thiago AndradeMoreira, Ícaro Thiago AndradeOliveira, Olívia Maria Cordeiro de2017-02-20T12:30:39Z2017-02-20T12:30:39Z2017-02-202014-01http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21526Estudos recentes têm mostrado que a interação natural entre gotículas de óleo e sedimentos em suspensão é um processo que resulta na formação de micro agregados estáveis que se dispersam na coluna d’água. Esta estrutura, referida como agregado óleo-material particulado em suspensão (OSAs), promove a dispersão do óleo, determina o destino do óleo na coluna d’água e pode acelerar a biodegradação. Neste estudo foi avaliado os possíveis impactos ecológicos do derramamento de petróleo em ecossistemas de manguezal (domínios pelágico e bentônico) de diferentes áreas (Baía de Todos os Santos e Sul da Bahia). Antes de iniciar o experimento foram feitas amostragens de sedimentos nas áreas de interesse para caracterização geoquímica de metais e hidrocarbonetos de petróleo. Os experimentos para formação do OSA foram desenvolvidos em escala piloto a partir de um protocolo estabelecido. Os resultados para os hidrocarbonetos do petróleo (HTPs e HPAs) mostraram que o rio São Paulo apresenta uma alta contaminação por petróleo, enquanto que nos estuários do sul da Bahia, os sedimentos superficiais foram moderadamente contaminados e a maioria das amostras têm uma baixa probabilidade de poluição e toxicidade, exceto para as fozes dos rios Una e Pardo que apresentaram média a alta probabilidade. Em relação à biodisponibilidade de metais avaliados (Ba, Cd, Cu, Cr, Fe, Ni, Pb, V, Zn) nos sedimentos, as concentrações de Cd foram acima dos valores ERL, no entanto, as concentrações não excederam os valores de ERM. A contaminação dos sedimentos foi atribuída a processos antrópicos e naturais. No que se refere ao protocolo para a formação do OSA foi observada a dispersão de 11 a 39% (nas salinidades 10 e 30, respectivamente) do óleo para os sedimentos de fundo e de 1 a 8% (nas salinidades 10 e 30, respectivamente) para a coluna d’água. A maior toxicidade do óleo para os organismos bentônicos e pelágicos (plâncton e nécton) foi observado nas fozes dos estuários do sul da Bahia com o aumento da salinidade e da matéria orgânica, enquanto que para o rio São Paulo foi observado no setor central do estuário em função da concentração de matéria orgânica nesta área. Os dados mostraram que o estudo da formação do OSA em escala piloto pode ser uma boa ferramenta norteadora no gerenciamento de áreas contaminadas por petróleo e também na prevenção para os possíveis impactos ecológicos do derramamento de óleo em zonas estuarinas de manguezal.ABSTRACT - Recent studies have shown that natural interaction between oil droplets and suspended sediment is a natural process that results in the formation of stable micro- aggregates that are dispersed in the water column. This structure, referred to as oil - aggregate particulate material in suspension (Suspended Particulate Material Oil - Aggregates or OSAs), promotes the dispersion of oil determines the fate of oil in the water column and can accelerate biodegradation. In this study was evaluated the possible ecological impacts of oil spills in mangrove ecosystems (benthic and pelagic) in different areas (Todos os Santos bay and South of Bahia). Before starting, the experiment samples of sediment were collected in the area of interest for geochemical characterization of sediments. The experiments for the formation of the OSA pilot scale were developed from a protocol developed in partnership with Environment Canada. The results for petroleum hydrocarbons (PAHs and TPHs) showed that São Paulo estuary has a high contamination by oil, while the estuaries of southern Bahia, based on analyzes using the SQGs, surface sediments were moderately and most contaminated samples have a low probability of pollution toxicity, except for the mouths of the rivers Una and Pardo. These areas have a medium to high probability of pollution toxicity. In relation to the bioavailability of metal sediments, Cd concentrations were above the ERL values, however, concentrations do not exceed the values of ERM. Contamination of sediments was attributed to anthropogenic and natural processes. With respect to the protocol for the formation of the dispersion of OSA 11-39% (salinity 10:30, respectively) of the oil to the bottom sediments and 1-8% for water column was observed. The greater toxicity of the oil to benthic and pelagic (nektonic and planktonic) organisms was observed in the mouths of estuaries in southern Bahia with increasing salinity and organic matter while the river São Paulo was observed in the central sector of the estuary due to the concentration of organic matter in this area. The data showed that the study of the formation of the OSA pilot scale could be a good guiding tool in the management of petroleum-contaminated areas, also to prevent potential ecological impacts of oil spills in estuarine mangrove areas.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-20T12:30:39Z No. of bitstreams: 1 Tese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdf: 2295965 bytes, checksum: ad46436c9a73dcbbe9bdd2d0930d96ba (MD5)Made available in DSpace on 2017-02-20T12:30:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdf: 2295965 bytes, checksum: ad46436c9a73dcbbe9bdd2d0930d96ba (MD5)Geologia Ambiental, Hidrogeologia e Recursos HídricosPetróleoManguezalBaía de Todos os Santosrio UnaOSAImpactos ecológicos do petróleoOrganismos bentônicos e pelágicosInvestigação de Possíveis Impactos Ecológicos do Petróleo sobre Comunidades Biológicas Estuarinas na Baía de Todos Os Santos e no Sul da Bahia: Osa como uma Ferramenta Norteadorainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de GeociênciasGeologiaPGGEOLOGIABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdfTese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdfapplication/pdf2295965https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21526/1/Tese%20%20-%20Icaro%20Thiago%20Andrade%20Moreira.pdfad46436c9a73dcbbe9bdd2d0930d96baMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21526/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTTese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdf.txtTese - Icaro Thiago Andrade Moreira.pdf.txtExtracted texttext/plain311185https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21526/3/Tese%20%20-%20Icaro%20Thiago%20Andrade%20Moreira.pdf.txt52aad848508f2a0e3b5383fcbede273fMD53ri/215262022-07-05 14:03:44.849oai:repositorio.ufba.br:ri/21526VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:44Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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