Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23330 |
Resumo: | No século XVIII, vivia a sociedade portuguesa sob a influência de um ethos nobiliárquico que valorizava a prestação de serviços à Coroa. Nesse contexto, essa mesma sociedade renovava seus critérios de classificação hierárquica, cujas definições passavam a ser responsabilidade da própria monarquia. Coube à Coroa definir o acesso aos diversos graus de nobreza e ao mesmo tempo desempenhar uma espécie de ―monopólio régio das classificações sociais‖. Tanto no reino quanto na Bahia colonial, se fizeram presentes, nesse período, instrumentos de ascensão social, tais como: remuneração de serviços, distribuição e redistribuição de honras e mercês e concessões de hábitos de ordens religiosas e militares. Diante desse quadro, e inspirados no ethos nobiliárquico reinol, membros da camada superior da sociedade baiana do século XVIII buscaram qualificar-se socialmente, ao fazerem uso dos diversos instrumentos de nobilitação presentes na dimensão reinol e reproduzidos em território colonial. Buscando analisar de maneira mais profunda as estratégias de ascensão social das elites baianas, esta pesquisa investigou a trajetória de uma família de considerável poder político, econômico e social da Bahia colonial, no caso a família Pires de Carvalho e Albuquerque. Ao examinar as iniciativas estratégicas dos Pires de Carvalho e Albuquerque na busca por honras e mercês, além das ações de reprodução social colocada em prática pela família, foi possível perceber o quanto o ethos nobiliárquico presente no reino foi refletido nas ações dos sujeitos que formavam as camadas superiores da sociedade colonial baiana. Diante da identificação e análise da documentação referente às relações entre indivíduos da colônia e da metrópole, ficou evidenciado o quanto de parâmetros societários típicos do Antigo Regime se fizeram presentes na organização hierárquica da sociedade colonial. |
id |
UFBA-2_aed181dd2823671d389e8f1690a093ed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/23330 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
Borges, Eduardo José SantosAraújo, Dilton Oliveira deMascarenhas, Maria José RapassiBicalho, Maria Fernanda BaptistaSousa, Avanete PereiraMedicci, Ana Paula2017-06-27T23:44:57Z2017-06-27T23:44:57Z2017-06-272015http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23330No século XVIII, vivia a sociedade portuguesa sob a influência de um ethos nobiliárquico que valorizava a prestação de serviços à Coroa. Nesse contexto, essa mesma sociedade renovava seus critérios de classificação hierárquica, cujas definições passavam a ser responsabilidade da própria monarquia. Coube à Coroa definir o acesso aos diversos graus de nobreza e ao mesmo tempo desempenhar uma espécie de ―monopólio régio das classificações sociais‖. Tanto no reino quanto na Bahia colonial, se fizeram presentes, nesse período, instrumentos de ascensão social, tais como: remuneração de serviços, distribuição e redistribuição de honras e mercês e concessões de hábitos de ordens religiosas e militares. Diante desse quadro, e inspirados no ethos nobiliárquico reinol, membros da camada superior da sociedade baiana do século XVIII buscaram qualificar-se socialmente, ao fazerem uso dos diversos instrumentos de nobilitação presentes na dimensão reinol e reproduzidos em território colonial. Buscando analisar de maneira mais profunda as estratégias de ascensão social das elites baianas, esta pesquisa investigou a trajetória de uma família de considerável poder político, econômico e social da Bahia colonial, no caso a família Pires de Carvalho e Albuquerque. Ao examinar as iniciativas estratégicas dos Pires de Carvalho e Albuquerque na busca por honras e mercês, além das ações de reprodução social colocada em prática pela família, foi possível perceber o quanto o ethos nobiliárquico presente no reino foi refletido nas ações dos sujeitos que formavam as camadas superiores da sociedade colonial baiana. Diante da identificação e análise da documentação referente às relações entre indivíduos da colônia e da metrópole, ficou evidenciado o quanto de parâmetros societários típicos do Antigo Regime se fizeram presentes na organização hierárquica da sociedade colonial.Submitted by PPGH null (poshisto@ufba.br) on 2017-06-20T13:02:09Z No. of bitstreams: 1 TESE EDUARDO BORGES.pdf: 2503213 bytes, checksum: b1370e696fd963d7e9e95ac3ac9b5a93 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-06-27T23:44:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE EDUARDO BORGES.pdf: 2503213 bytes, checksum: b1370e696fd963d7e9e95ac3ac9b5a93 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-27T23:44:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE EDUARDO BORGES.pdf: 2503213 bytes, checksum: b1370e696fd963d7e9e95ac3ac9b5a93 (MD5)PAC UNEBHistória SocialBahiaséculo XVIIImercêsmobilidade socialnobrezaViver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIIIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTESE EDUARDO BORGES.pdfTESE EDUARDO BORGES.pdfapplication/pdf2503213https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/1/TESE%20EDUARDO%20BORGES.pdfb1370e696fd963d7e9e95ac3ac9b5a93MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTTESE EDUARDO BORGES.pdf.txtTESE EDUARDO BORGES.pdf.txtExtracted texttext/plain769159https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/3/TESE%20EDUARDO%20BORGES.pdf.txt56676ad7a4ef6ae97ef8fcbee9568654MD53ri/233302022-02-21 00:22:19.985oai:repositorio.ufba.br:ri/23330VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T03:22:19Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
title |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
spellingShingle |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII Borges, Eduardo José Santos História Social Bahia século XVIII mercês mobilidade social nobreza |
title_short |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
title_full |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
title_fullStr |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
title_full_unstemmed |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
title_sort |
Viver sob as leis da nobreza: a casa dos Pires de Carvalho e Albuquerque e as estratégias de ascensão social na Bahia do século XVIII |
author |
Borges, Eduardo José Santos |
author_facet |
Borges, Eduardo José Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Borges, Eduardo José Santos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Araújo, Dilton Oliveira de |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Mascarenhas, Maria José Rapassi Bicalho, Maria Fernanda Baptista Sousa, Avanete Pereira Medicci, Ana Paula |
contributor_str_mv |
Araújo, Dilton Oliveira de Mascarenhas, Maria José Rapassi Bicalho, Maria Fernanda Baptista Sousa, Avanete Pereira Medicci, Ana Paula |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
História Social |
topic |
História Social Bahia século XVIII mercês mobilidade social nobreza |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bahia século XVIII mercês mobilidade social nobreza |
description |
No século XVIII, vivia a sociedade portuguesa sob a influência de um ethos nobiliárquico que valorizava a prestação de serviços à Coroa. Nesse contexto, essa mesma sociedade renovava seus critérios de classificação hierárquica, cujas definições passavam a ser responsabilidade da própria monarquia. Coube à Coroa definir o acesso aos diversos graus de nobreza e ao mesmo tempo desempenhar uma espécie de ―monopólio régio das classificações sociais‖. Tanto no reino quanto na Bahia colonial, se fizeram presentes, nesse período, instrumentos de ascensão social, tais como: remuneração de serviços, distribuição e redistribuição de honras e mercês e concessões de hábitos de ordens religiosas e militares. Diante desse quadro, e inspirados no ethos nobiliárquico reinol, membros da camada superior da sociedade baiana do século XVIII buscaram qualificar-se socialmente, ao fazerem uso dos diversos instrumentos de nobilitação presentes na dimensão reinol e reproduzidos em território colonial. Buscando analisar de maneira mais profunda as estratégias de ascensão social das elites baianas, esta pesquisa investigou a trajetória de uma família de considerável poder político, econômico e social da Bahia colonial, no caso a família Pires de Carvalho e Albuquerque. Ao examinar as iniciativas estratégicas dos Pires de Carvalho e Albuquerque na busca por honras e mercês, além das ações de reprodução social colocada em prática pela família, foi possível perceber o quanto o ethos nobiliárquico presente no reino foi refletido nas ações dos sujeitos que formavam as camadas superiores da sociedade colonial baiana. Diante da identificação e análise da documentação referente às relações entre indivíduos da colônia e da metrópole, ficou evidenciado o quanto de parâmetros societários típicos do Antigo Regime se fizeram presentes na organização hierárquica da sociedade colonial. |
publishDate |
2015 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2015 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-06-27T23:44:57Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-06-27T23:44:57Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-06-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23330 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23330 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/1/TESE%20EDUARDO%20BORGES.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23330/3/TESE%20EDUARDO%20BORGES.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b1370e696fd963d7e9e95ac3ac9b5a93 ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0 56676ad7a4ef6ae97ef8fcbee9568654 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801502989818527744 |