A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/5121 |
Resumo: | Cada vez mais, as emissoras de televisão apostam na transmissão de informações por meio dos diálogos entre jornalistas e convidados: programas de entrevistas, de debates e telejornais, que modificaram a tradicional função dos apresentadores de ler as notícias, para transmiti-las através de uma conversa. A presente tese propõe-se a compreender os lugares, papéis e configurações da conversação nos programas jornalísticos televisivos que a utilizam como principal estratégia na relação com a audiência. Este estudo ancora-se nas formulações dos Estudos Culturais ingleses e latino-americanos como instrumento teórico-metodológico para pensar: primeiro, na conversação como estratégia de construção dos programas individualmente, o que foi feito por meio do conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Em segundo lugar, na relação entre o uso da conversação e estruturas mais amplas que norteiam os modos de leitura e escritura. Para isso, foi utilizado o conceito de gênero televisivo (e suas variantes, os subgêneros), concebido como uma estratégia de comunicabilidade histórica e socialmente formada. Por fim, foi necessário considerar que os recentes papéis da conversação no telejornalismo devem ser compreendidos a partir de uma dimensão processual, o que foi feito através do conceito de estrutura de sentimento, conceito dá conta dos movimentos de construção de um modelo dominante de telejornalismo e das possíveis alternativas que o tencionam. Para as análises foram selecionadas dez edições de seis programas da televisão brasileira: Observatório da Imprensa (TV Brasil), Roda Viva (TV Cultura), Jornal das Dez (Globo News), Bom Dia Brasil (Rede Globo), Sem Censura (TV Brasil) e Marília Gabriela Entrevista (GNT), gravados durante um período variado de 2006 a 2009. Por meio das análises, foi possível constatar pelo menos duas dimensões mais evidentes sobre a conversação no telejornalismo. Primeiro, o emprego da conversação como estratégia para que o jornalismo efetue seu papel na democracia promovendo uma arena de discussão de temas de interesse público. Associadas a esta dimensão, é recorrente o uso de expressões como “discussão” e “debate”, que ratificam um lugar discursivo de aprofundamento das informações, participação e busca pela verdade. Em segundo lugar, a conversação é apresentada à audiência como a forma verbal por meio da qual o jornalismo televisivo se aproxima do campo do entretenimento, possibilitando novas formas de recepção de seus produtos, baseadas na informação aliada à diversão e ao prazer. Nesse caso, a conversação provoca um efeito de espontaneidade, uma vez que a conversação em cena busca assemelhar-se às conversas casuais da vida cotidiana. A conclusão aponta três modelos em que a conversação se mostra mais evidente no telejornalismo - a conversa informativa, argumentativa e testemunhal – e o modo como essas práticas conversacionais empregadas pelos mediadores provocam transformações no telejornalismo: a retomada da matriz opinativa; a valorização dos testemunhos pessoais como prova de veracidade das informações; e uma inclinação do telejornalismo a uma temática voltada para o cotidiano. |
id |
UFBA-2_b1153422d7ed746b0bc4f697af42a879 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/5121 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
Mauricio, FernandaMauricio, Fernanda2012-01-11T14:39:27Z2012-01-11T14:39:27Z2012-01-11http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/5121Cada vez mais, as emissoras de televisão apostam na transmissão de informações por meio dos diálogos entre jornalistas e convidados: programas de entrevistas, de debates e telejornais, que modificaram a tradicional função dos apresentadores de ler as notícias, para transmiti-las através de uma conversa. A presente tese propõe-se a compreender os lugares, papéis e configurações da conversação nos programas jornalísticos televisivos que a utilizam como principal estratégia na relação com a audiência. Este estudo ancora-se nas formulações dos Estudos Culturais ingleses e latino-americanos como instrumento teórico-metodológico para pensar: primeiro, na conversação como estratégia de construção dos programas individualmente, o que foi feito por meio do conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Em segundo lugar, na relação entre o uso da conversação e estruturas mais amplas que norteiam os modos de leitura e escritura. Para isso, foi utilizado o conceito de gênero televisivo (e suas variantes, os subgêneros), concebido como uma estratégia de comunicabilidade histórica e socialmente formada. Por fim, foi necessário considerar que os recentes papéis da conversação no telejornalismo devem ser compreendidos a partir de uma dimensão processual, o que foi feito através do conceito de estrutura de sentimento, conceito dá conta dos movimentos de construção de um modelo dominante de telejornalismo e das possíveis alternativas que o tencionam. Para as análises foram selecionadas dez edições de seis programas da televisão brasileira: Observatório da Imprensa (TV Brasil), Roda Viva (TV Cultura), Jornal das Dez (Globo News), Bom Dia Brasil (Rede Globo), Sem Censura (TV Brasil) e Marília Gabriela Entrevista (GNT), gravados durante um período variado de 2006 a 2009. Por meio das análises, foi possível constatar pelo menos duas dimensões mais evidentes sobre a conversação no telejornalismo. Primeiro, o emprego da conversação como estratégia para que o jornalismo efetue seu papel na democracia promovendo uma arena de discussão de temas de interesse público. Associadas a esta dimensão, é recorrente o uso de expressões como “discussão” e “debate”, que ratificam um lugar discursivo de aprofundamento das informações, participação e busca pela verdade. Em segundo lugar, a conversação é apresentada à audiência como a forma verbal por meio da qual o jornalismo televisivo se aproxima do campo do entretenimento, possibilitando novas formas de recepção de seus produtos, baseadas na informação aliada à diversão e ao prazer. Nesse caso, a conversação provoca um efeito de espontaneidade, uma vez que a conversação em cena busca assemelhar-se às conversas casuais da vida cotidiana. A conclusão aponta três modelos em que a conversação se mostra mais evidente no telejornalismo - a conversa informativa, argumentativa e testemunhal – e o modo como essas práticas conversacionais empregadas pelos mediadores provocam transformações no telejornalismo: a retomada da matriz opinativa; a valorização dos testemunhos pessoais como prova de veracidade das informações; e uma inclinação do telejornalismo a uma temática voltada para o cotidiano.Submitted by Pós-Com Pós-Com (pos-com@ufba.br) on 2012-01-11T14:39:27Z No. of bitstreams: 2 SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf: 1904906 bytes, checksum: 79088c617eabf7ada8f3448b4783b6de (MD5) SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf: 494903 bytes, checksum: 7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540f (MD5)Made available in DSpace on 2012-01-11T14:39:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf: 1904906 bytes, checksum: 79088c617eabf7ada8f3448b4783b6de (MD5) SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf: 494903 bytes, checksum: 7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540f (MD5)telejornalismoconversaçãoestudos culturaisdemocraciaentretenimentoA conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALSILVA-Fernanda.-Parte-I.pdfSILVA-Fernanda.-Parte-I.pdfPrimeira parte da tese de doutorado “A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos”, de Fernanda Mauricio da Silvaapplication/pdf494903https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/1/SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540fMD51SILVA-Fernanda.-ParteII.pdfSILVA-Fernanda.-ParteII.pdfSegunda parte da tese de doutorado “A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos”, de Fernanda Mauricio da Silvaapplication/pdf1904906https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/2/SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf79088c617eabf7ada8f3448b4783b6deMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/3/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD53TEXTSILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf.txtSILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf.txtExtracted texttext/plain136604https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/4/SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf.txt214a6ebdbb4be3fcd67b3f21e187c9b5MD54SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf.txtSILVA-Fernanda.-ParteII.pdf.txtExtracted texttext/plain236845https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/5/SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf.txtfc93693290d838fe92cc4337a25ea99fMD55ri/51212022-07-05 14:03:15.737oai:repositorio.ufba.br:ri/5121VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:15Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
title |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
spellingShingle |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos Mauricio, Fernanda telejornalismo conversação estudos culturais democracia entretenimento |
title_short |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
title_full |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
title_fullStr |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
title_full_unstemmed |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
title_sort |
A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos |
author |
Mauricio, Fernanda |
author_facet |
Mauricio, Fernanda |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mauricio, Fernanda Mauricio, Fernanda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
telejornalismo conversação estudos culturais democracia entretenimento |
topic |
telejornalismo conversação estudos culturais democracia entretenimento |
description |
Cada vez mais, as emissoras de televisão apostam na transmissão de informações por meio dos diálogos entre jornalistas e convidados: programas de entrevistas, de debates e telejornais, que modificaram a tradicional função dos apresentadores de ler as notícias, para transmiti-las através de uma conversa. A presente tese propõe-se a compreender os lugares, papéis e configurações da conversação nos programas jornalísticos televisivos que a utilizam como principal estratégia na relação com a audiência. Este estudo ancora-se nas formulações dos Estudos Culturais ingleses e latino-americanos como instrumento teórico-metodológico para pensar: primeiro, na conversação como estratégia de construção dos programas individualmente, o que foi feito por meio do conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Em segundo lugar, na relação entre o uso da conversação e estruturas mais amplas que norteiam os modos de leitura e escritura. Para isso, foi utilizado o conceito de gênero televisivo (e suas variantes, os subgêneros), concebido como uma estratégia de comunicabilidade histórica e socialmente formada. Por fim, foi necessário considerar que os recentes papéis da conversação no telejornalismo devem ser compreendidos a partir de uma dimensão processual, o que foi feito através do conceito de estrutura de sentimento, conceito dá conta dos movimentos de construção de um modelo dominante de telejornalismo e das possíveis alternativas que o tencionam. Para as análises foram selecionadas dez edições de seis programas da televisão brasileira: Observatório da Imprensa (TV Brasil), Roda Viva (TV Cultura), Jornal das Dez (Globo News), Bom Dia Brasil (Rede Globo), Sem Censura (TV Brasil) e Marília Gabriela Entrevista (GNT), gravados durante um período variado de 2006 a 2009. Por meio das análises, foi possível constatar pelo menos duas dimensões mais evidentes sobre a conversação no telejornalismo. Primeiro, o emprego da conversação como estratégia para que o jornalismo efetue seu papel na democracia promovendo uma arena de discussão de temas de interesse público. Associadas a esta dimensão, é recorrente o uso de expressões como “discussão” e “debate”, que ratificam um lugar discursivo de aprofundamento das informações, participação e busca pela verdade. Em segundo lugar, a conversação é apresentada à audiência como a forma verbal por meio da qual o jornalismo televisivo se aproxima do campo do entretenimento, possibilitando novas formas de recepção de seus produtos, baseadas na informação aliada à diversão e ao prazer. Nesse caso, a conversação provoca um efeito de espontaneidade, uma vez que a conversação em cena busca assemelhar-se às conversas casuais da vida cotidiana. A conclusão aponta três modelos em que a conversação se mostra mais evidente no telejornalismo - a conversa informativa, argumentativa e testemunhal – e o modo como essas práticas conversacionais empregadas pelos mediadores provocam transformações no telejornalismo: a retomada da matriz opinativa; a valorização dos testemunhos pessoais como prova de veracidade das informações; e uma inclinação do telejornalismo a uma temática voltada para o cotidiano. |
publishDate |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-01-11T14:39:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2012-01-11T14:39:27Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-01-11 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/5121 |
url |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/5121 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/1/SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/2/SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/3/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/4/SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/5121/5/SILVA-Fernanda.-ParteII.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540f 79088c617eabf7ada8f3448b4783b6de 1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9 214a6ebdbb4be3fcd67b3f21e187c9b5 fc93693290d838fe92cc4337a25ea99f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793970516819705856 |