Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
|
Departamento: |
Escola de Enfermagem
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084 |
Resumo: | Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva. |
id |
UFBA-2_c9811a48a457e999867fd843d50a1b46 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/38084 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
2023-10-18T13:23:25Z2023-10-18T13:23:25Z2022-06-28SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva.Introduction: Obstetric violence affects many women and people with uterus, in unrestricted ways. Although it has already been proven that black women are the ones who experience this phenomenon the most around the world. Given the above, the theme is relevant in the context of reflection on health practices in the obstetric scenario in Brazil, and how it is guided. Since it intends to deepen the knowledge about the occurrence of the phenomenon of obstetric violence, according to the perception of those who live. Seeking to contribute in this way, to the construction of more respectful, qualified care practices, and that provide satisfaction for women and people with uterus. Objectives: This study sought to: understand women's perceptions of the phenomenon of obstetric violence in childbirth care and the interface with race and gender. Method: This is an exploratory, descriptive research with a qualitative approach. The study was carried out in the Municipality of Salvador in the State of Bahia. The scenario of occurrence was a Public Maternity of the direct administration of the State, which provides obstetric services of low risk. Data collection took place from November 2021 to February 2022. Twenty-five women participated in this study. As a data collection instrument, a semi-structured and structured interview script was used, where the interview combined open and closed questions. The participants' speeches were recorded, after signing the Informed Consent Term, and transcribed. To structure the analysis of the speeches, the Content Analysis proposed by Bardin was used. The concept of social markers and the epistemology of intersectionality were used to guide the analysis of the information. The participants in this research were between 16 and 24 years old, all participants declared themselves to be of black race/color, most of them carry out unpaid activities and had completed high school. Results: Thematic units emerged, which were grouped into four categories, where it was possible to understand the phenomenon of obstetric violence from the perception presented by the interviewees. Women attributed obstetric violence to a series of conditions considered degrading, humiliating, disrespectful and abusive. Associating its occurrence with gender and social class, most women in this study were not able to relate the interaction between obstetric violence and racism. The women pointed out the conflicting feeling in the perception of being raped by other women. There is also the perception of obstetric violence in the context of the precarious conditions present in the health systems. Conclusion: I reaffirm the need for greater efforts by States, managers, professionals and society to advance in the fight against obstetric violence. So that all women and people with a uterus can receive high-quality, respectful, evidence-based, comprehensive and equitable care, which strengthens policies to combat racism and guarantees autonomy in decisions about the reproductive process. In order to provide individual and pleasurable experiences throughout your obstetric trajectory from the lens of reproductive justice.Submitted by Programa de Pós- Graduação de Enfermagem (pro.pgenf@gmail.com) on 2023-10-18T12:41:49Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5)Approved for entry into archive by Marly Santos (marly@ufba.br) on 2023-10-18T13:23:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-18T13:23:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5) Previous issue date: 2022-06-28Coordenação do Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)UFBABrasilEscola de EnfermagemObstetric ViolenceRacism in healthGender-Based ViolenceChildbirth careCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMViolência obstétricaRacismo em saúdeViolência de gêneroAssistência ao partoEssa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétricaThis pain has color: an intersectional analysis of the phenomenon of obstetric violenceMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionCouto, Telmara Menezeshttps://orcid.org/0000-0001-6836-8563http://lattes.cnpq.br/7311820718433943Góes, Emanuelle Freitashttps://orcid.org/0000-0001-9288-6723http://lattes.cnpq.br/7884228259408443Couto, Telmara Menezeshttps://orcid.org/0000-0001-6836-8563http://lattes.cnpq.br/7311820718433943Santos, Amalia Nascimento do Sacramentohttps://orcid.org/0000-0003-4536-867Xttp://lattes.cnpq.br/2667585687425344Almeida, Lilian Conceição Guimarães dehttps://orcid.org/0000-0001-6940-9187http://lattes.cnpq.br/3667873478174449Rivemales, Maria da Conceição Costahttps://orcid.org/0000-0001-7773-4772http://lattes.cnpq.br/5493326633335632https://orcid.org/0000-0001-6264-7115http://lattes.cnpq.br/3195157852448844Santana, Ariane Teixeira dereponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf.txtDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf.txtExtracted texttext/plain210294https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf.txt2688f79bb1a5bf6a21bd44575cb7aeceMD53ORIGINALDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdfDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdfapplication/pdf1352452https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf59e3d4cf85a892b436042cc82a333932MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52ri/380842023-10-21 02:04:55.898oai:repositorio.ufba.br:ri/38084TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-10-21T05:04:55Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
This pain has color: an intersectional analysis of the phenomenon of obstetric violence |
title |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
spellingShingle |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica Santana, Ariane Teixeira de CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM Violência obstétrica Racismo em saúde Violência de gênero Assistência ao parto Obstetric Violence Racism in health Gender-Based Violence Childbirth care |
title_short |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
title_full |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
title_fullStr |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
title_full_unstemmed |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
title_sort |
Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica |
author |
Santana, Ariane Teixeira de |
author_facet |
Santana, Ariane Teixeira de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Couto, Telmara Menezes |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-6836-8563 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7311820718433943 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Góes, Emanuelle Freitas |
dc.contributor.advisor-co1ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-9288-6723 |
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7884228259408443 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Couto, Telmara Menezes |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-6836-8563 |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7311820718433943 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Santos, Amalia Nascimento do Sacramento |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0003-4536-867X |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
ttp://lattes.cnpq.br/2667585687425344 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Almeida, Lilian Conceição Guimarães de |
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-6940-9187 |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3667873478174449 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Rivemales, Maria da Conceição Costa |
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-7773-4772 |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5493326633335632 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0001-6264-7115 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3195157852448844 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santana, Ariane Teixeira de |
contributor_str_mv |
Couto, Telmara Menezes Góes, Emanuelle Freitas Couto, Telmara Menezes Santos, Amalia Nascimento do Sacramento Almeida, Lilian Conceição Guimarães de Rivemales, Maria da Conceição Costa |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
topic |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM Violência obstétrica Racismo em saúde Violência de gênero Assistência ao parto Obstetric Violence Racism in health Gender-Based Violence Childbirth care |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Violência obstétrica Racismo em saúde Violência de gênero Assistência ao parto |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Obstetric Violence Racism in health Gender-Based Violence Childbirth care |
description |
Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-06-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-10-18T13:23:25Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-10-18T13:23:25Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Mestrado Acadêmico info:eu-repo/semantics/masterThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084 |
identifier_str_mv |
SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022. |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Escola de Enfermagem |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2688f79bb1a5bf6a21bd44575cb7aece 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459901089873920 |