Constituição de enfermeiras militantes: um estudo histórico e foucaultiano

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Almeida, Deybson Borba de
• Orientador(a): Silva, Gilberto Tadeu Reis da
• Banca de defesa: Silva, Gilberto Tadeu Reis da, Freitas, Genival Fernandes de, Queirós, Paulo Joaquim Pina, Albuquerque, Gelson Luiz, Padilha, Maria Itayra Coelho de Souza, Pereira, Álvaro, Cunha, Isabel Cristina Kowal Olm, Nascimento, Maria Ângela Alves do Nascimento do
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Escola de Enfermagem
• Programa de Pós-Graduação: em Enfermagem
• País: brasil
• Palavras-chave em Português: Enfermagem; Política; Liderança; História da Enfermagem
• Área do conhecimento CNPq: Ciências da Saúde
• Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30638

Este estudo tem como objetivo geral analisar a constituição de sujeitos militantes na Enfermagem e como objetivos específicos: examinar os saberes constitutivos de enfermeiras militantes; identificar os recursos de disciplinarização e as possibilidades de libertação de enfermeiras militantes; e verificar as tecnologias de produção de sujeitos militantes. Como questão norteadora: como se constituíram os sujeitos militantes na Enfermagem a partir da década de 80? Já como pressuposto da pesquisa, o de que a constituição de sujeitos militantes ocorre na história de vida das pessoas, no convívio com as diferenças, através de vivências com coletivos, experiências com entidades representativas e de implicação com o campo profissional escolhido, com a sociedade e com o mundo que se vive. Em especial, fora dos espaços tradicionais de formação, sendo a formação de enfermeiras elemento inibidor de atuação política. Contudo, as transformações nas políticas e práticas educativas nas perspectivas sociológica, antropológica e filosófica colaboram para constituição do sujeito militante. Em outro ponto, adota-se a base teórico filosófica de Foucault, e por isso a compreensão de que o militante político da Enfermagem se constitui a partir saberes, poderes e de tecnologias de produção, que permitem efetuar, com seus próprios meios ou com a ajuda de outros, certo número de operações em seu próprio corpo, alma, pensamentos, condutas e maneira de ser, de modo a transformá-lo. Trata-se de uma pesquisa histórica, baseada no método de história oral, com a utilização de entrevista semi-estruturada e técnica bola de neve, para escolha de parte dos sujeitos. O grupo de participantes contou, portanto, com onze enfermeiras. Foi utilizado o método da Hermenêutica Dialética com o apoio do software nvivo 10, para análise dos dados. Identificadas as seguintes categorias de análise: ARQUEOLOGIA DISCURSIVA: os saberes constitutivos de enfermeiras militantes, o panóptico na história de vida de enfermeiras militantes, as práticas de liberdade de enfermeiras pela construção de outras modalidades de objetivação da Enfermagem. E em outro bloco da análise, o das tecnologias de produção de sujeitos militantes na Enfermagem, as seguintes categorias são construídas: aspectos constitutivos de militantes na Enfermagem: a produção de sujeitos políticos, aspectos constitutivos de militantes na Enfermagem: os sistemas e signos e a cultura de si de enfermeiras militantes. O estudo comprova a tese formulada. Finalmente, ao olhar para a constituição de enfermeiras militantes sob a ótica da hermenêutica, encontra-se o consenso de que o fenômeno ocorre fora do espaço formal de ensino e sob a ótica dialética, observa-se a oposição que o convívio com discentes de diferentes contextos sociais, provoca mobilização no combate às diferenças de classe. Já em uma perspectiva da história oral e foucaultiana, identifica-se o circulo hermenêutico de formação do sujeito, que ocorre no andar da vida.