A construção do leitor no jornal impresso:estratégias de construção da recepção dos gêneros artigo opinativo e reportagem nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Spannenberg, Ana Cristina Menegotto
Orientador(a): Gomes, Itania Maria Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11287
Resumo: A intenção desta dissertação de mestrado é identificar as estratégias de construção da relação texto/leitor, usando como pressuposto teórico a idéia de que todo texto prevê sua recepção, construindo em si a imagem do seu leitor presumido, apresentada por diversas correntes teóricas, decorrentes de diferentes perspectivas (cf. CHARTIER, 1996; ECO, 1986; HARTLEY, 1982; ISER, 1996, 1999; JAUSS, 1994; MORLEY, 1999; VERON, 1985), e relacionar tais estratégias com as coerções de cada gênero jornalístico. Para a realização da pesquisa foram coletadas e analisadas 20 edições dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo entre os meses de junho a dezembro de 2002, das quais foram selecionadas 28 reportagens e 31 artigos opinativos. Para isso, foram utilizadas as definições que José Marques de Melo (1994) e Luiz Beltrão (1976, 1980) fazem desses dois gêneros. Entre os resultados encontrados, destacamos a utilização das estratégias de dramatização da notícia, humanização do relato e didatização da informação, para os textos do gênero reportagem, e de composição gráfica e organização textual opinativa, para os artigos. Além dessas estratégias, foi possível também perceber a forma como os textos procuram estabelecer o percurso de leitura do receptor. Entre as reportagens isso ocorre através de duas possibilidades de leitura – a leitura integral e a leitura de atenção parcial – e nos artigos, através do posicionamento do leitor – como aprendiz, interlocutor e confidente. Esses resultados pretendem retomar a discussão da recepção como um processo, cujas marcas do leitor previsto pela produção podem ser percebidas no produto, o que torna fundamental uma análise que leve em consideração também essa presença do receptor como estratégia construída.
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