Efeito das mudanças hidroclimáticas no planejamento energético das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Tucuruí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Apolinário, Ana Beatriz Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MODELOS CLIMÁTICOS
USINAS HIDRELÉTRICAS - BRASIL
MUDANÇA CLIMÁTICA
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - BRASIL
CLIMATE MODELS
CLIMATE CHANGE
HYDROELETRIC
ENERGY DEVELOPMENT
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENERGIA - UFABC
Link de acesso: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122997
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Federico Bernardino Morante Trigoso
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spelling Efeito das mudanças hidroclimáticas no planejamento energético das usinas hidrelétricas de Belo Monte e TucuruíMODELOS CLIMÁTICOSUSINAS HIDRELÉTRICAS - BRASILMUDANÇA CLIMÁTICAGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - BRASILCLIMATE MODELSCLIMATE CHANGEHYDROELETRICENERGY DEVELOPMENTPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENERGIA - UFABCOrientador: Prof. Dr. Federico Bernardino Morante TrigosoCoorientadora: Profa. Dra. Maria Cleofé Valverde BrambilaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Energia, Santo André, 2022.No Brasil, 47% de toda a energia produzida tem origem em recursos renováveis,sendo em sua maioria proveniente de hidroeletricidade. Belo Monte e Tucuruí se destacam como as maiores usinas inteiramente brasileiras, com uma alta participação na capacidade elétrica instalada do país. Os recursos hidrelétricos, por serem renováveis, têm uma alta dependência da precipitação e vazão, sofrendo grandes impactos pelas mudanças climáticas existentes e também pelas previstas. Sendo assim, o objetivo do trabalho é analisar a influência que as mudanças hidroclimáticas terão sobre o planejamento energético das usinas de Belo Monte e Tucuruí. Para as análises propostas foram utilizados dados fluviométricos, pluviométricos e de temperatura. Os modelos climáticos usados foram os Eta-MIROC5 e Eta-HadGEM2, para as projeções (2006-2099) nos cenários RCP 4.5 e 8.5. O modelo hidrológico usado foi o SMAP na escala mensal. Para o cálculo energético e econômico usou-se das especificações técnicas da usina para as possíveis gerações. Os resultados das análises demonstram que as regiões em estudo apresentam características climáticas muito bem definidas, com períodos de estiagem e chuva, já determinados, além disso a vazão demonstrou uma sazonalidade muito próxima das chuvas. Em relação a chuva e vazão da região os modelos demonstram uma redução dos mesmos em ambas as regiões até o final do século XXI, com reduções de vazão mediana em Belo Monte passando de 3284 para 2289 m3/s e em Tucuruí de 6992 para 4468 m3/s até 2070 em um cenário otimista de RCP 4.5 no modelo Eta-MIROC5, já no modelo Eta-HadGEM2-ES esses valores saem das mesmas medianas para 1215 e 756 m3/s em Belo Monte nos RCPs 4.5 e 8.5 e em Tucuruí para 1427 e 736 m3/s nos mesmo cenários respectivamente . Em termos energéticos ambas as usinas sofrerão com as mudanças climáticas, com grandes reduções em suas gerações elétrica, com destaque para Belo Monte que será mais afetada, ponto esse justificado pelo fato da mesma ser a fio d¿água e depender muito da afluência natural para a sua geração. Outro ponto observado é que a queda da geração elétrica nessas usinas, sendo compensada pelo acionamento das termoelétricas em alguns momentos, aumentará a emissão de CO2 pelo país, gerando à dificuldade de cumprimento das metas ambientais propostas nas reuniões mundiais, tais como o Cop26. O aumento no acionamento de termoelétricas poderá além de todos os problemas ambientais inerentes à forma de geração energética, também a elevação do custo elétrico que será repassado aos consumidores finais.In Brazil, 47% of all energy produced comes from renewable resources, mostly from hydroelectricity. Belo Monte and Tucuruí stand out as the largest entirely Brazilian plants, with a high share of the country¿s installed electrical capacity. Hydroelectric resources, being renewable, have a high dependence on precipitation and flow, suffering major impacts from existing and predicted climate changes. Therefore, the objective of this work is to analyze the influence that hydroclimatic changes will have on the energy planning of the Belo Monte and Tucuruí plants. For the proposed analyses, fluviometric, pluviometric and temperature data were used. The climate models used were the Eta-MIROC5 and Eta-HadGEM2, for the projections (2006-2099) in the RCP 4.5 and 8.5 scenarios. The hydrological model used was the SMAP on a monthly scale. For the energy and economic calculation, the technical specifications of the plant were used for the possible generations. The results of the analyzes show that the regions under study have very well defined climatic characteristics, with periods of drought and rain, already determined, in addition, the flow showed a seasonality very close to the rains. In relation to rainfall and flow in the region, the models show a reduction in both regions until the end of the 21st century, with reductions in median flow in Belo Monte from 3284 to 2289 m3/s and in Tucuruí de 6992 to 4468 m3/s until 2070 in an optimistic scenario of RCP 4.5 in the Eta-MIROC5 model, in the Eta-HadGEM2-ES model these values leave the same medians for 1215 and 756 m3/s in Belo Monte in RCPs 4.5 and 8.5 and in Tucuruí for 1427 and 736 m3/s in the same scenarios respectively. In terms of energy, both plants will suffer from climate change, with large reductions in their electricity generation, with emphasis on Belo Monte, which will be most affected, a point justified by the fact that it is a run-of-river and depends a lot on the natural affluence for your generation. Another point observed is that the drop in electricity generation at these plants, being compensated by the activation of thermoelectric plants at times, will increase the emission of CO2 by the country, making it difficult to meet the environmental goals proposed at world meetings, such as Cop26 . The increase in the activation of thermoelectric plants may, in addition to all the environmental problems inherent to the form of energy generation, also increase the electric cost that will be passed on to final consumers.Trigoso, Federico Bernardino MoranteBrambila, María Cleofé ValverdeTrujillo, Joel David MeloSilva, Wanderson LuizApolinário, Ana Beatriz Silva2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf154 f. : il.http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122997http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122997&midiaext=80175http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=122997&midiaext=80174Cover: http://biblioteca.ufabc.edu.br/php/capa.php?obra=122997porreponame:Repositório Institucional da UFABCinstname:Universidade Federal do ABC (UFABC)instacron:UFABCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-08T15:14:59Zoai:BDTD:122997Repositório InstitucionalPUBhttp://www.biblioteca.ufabc.edu.br/oai/oai.phpopendoar:2022-08-08T15:14:59Repositório Institucional da UFABC - Universidade Federal do ABC (UFABC)false
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