Agricultura familiar e agrotóxicos: desenvolvimento, transformações capitalistas e percepções de agricultores no interior do Ceará
Ano de defesa: | 2021 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
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Link de acesso: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59730 |
Resumo: | Family farming is a strategic category in the contemporary economic, social and environmental composition. Its scope is perceived worldwide, with around 500 million family farms that integrate the economy (IBGE, 2019). Economic, social and environmental transformations have given new meaning to this work, in the proportion that it has expanded dialogues and some similarities with agribusiness devices. Pesticides are a mediator between some trends in large-scale agriculture, with family farming. Faced with this device, a series of conflicts and clashes, in the socio-environmental axis (RIGOTTO, 2013, 2015, 2018), presents pesticides as a reality of risk to health. This investigation aims to understand how family farming has been reframed from the dynamics of agricultural work, with the use of pesticides, focusing on the perceptions of farmers / family members. The analytical field of this investigation is the rural community of Garapa I and the 24 de Abril settlement, which belong to the municipality of Acarape, located in the Massif de Baturité, located 61.8 km from Fortaleza in Ceará. We seek to enter the universe of farmers / family members as interlocutors of research, focusing our investigative look on their way of understanding / experiencing and building their work dynamics given the capitalist transformations. Specifically, we delineate the senses and meanings that pesticides assume in this work dynamic of the research agents. In this sense, our epistemological and theoretical-methodological positioning starts from praxis (MARX, 2011; FREIRE, 1987) together with the comprehensive analysis of social reality (WEBER, 1998). We moved the category of praxis to understand the work and the context of capitalist transformations within the scope of Brazilian family farming, its history and modernization, in the face of agribusiness (WANDERLEY, 2001; MAZOYER; ROUDART, 2010; MENDONÇA 2002; ABRAMOVAY, 1997). In this direction, we highlight the conflicts and socio-environmental implications of the use of pesticides in Brazil, and the possibility of transformation through agroecology (ALEXANDRE, 2009; CARNEIRO; et. Al. 2015; ABREU, 2016; LOPES, 2018). The approach allowed us to conclude that the senses and meanings that lead farmers to use pesticides are based on the daily needs emerging in the practice of working in the field. The farmers' work, coupled with their expectation of fruits due to the effort employed in the activity, are determining factors for the decision to use pesticides, in view of the ease of acquisition of the substances and the immediacy contained in the process of preparation and use in the fields. However, the principles of agroecology are fruitful and present possible paths in the construction of a socially conscious agriculture. |
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Agricultura familiar e agrotóxicos: desenvolvimento, transformações capitalistas e percepções de agricultores no interior do CearáAgricultura familiarEcologia agrícolaProdutos químicos agrícolasCapitalismoFamily farming is a strategic category in the contemporary economic, social and environmental composition. Its scope is perceived worldwide, with around 500 million family farms that integrate the economy (IBGE, 2019). Economic, social and environmental transformations have given new meaning to this work, in the proportion that it has expanded dialogues and some similarities with agribusiness devices. Pesticides are a mediator between some trends in large-scale agriculture, with family farming. Faced with this device, a series of conflicts and clashes, in the socio-environmental axis (RIGOTTO, 2013, 2015, 2018), presents pesticides as a reality of risk to health. This investigation aims to understand how family farming has been reframed from the dynamics of agricultural work, with the use of pesticides, focusing on the perceptions of farmers / family members. The analytical field of this investigation is the rural community of Garapa I and the 24 de Abril settlement, which belong to the municipality of Acarape, located in the Massif de Baturité, located 61.8 km from Fortaleza in Ceará. We seek to enter the universe of farmers / family members as interlocutors of research, focusing our investigative look on their way of understanding / experiencing and building their work dynamics given the capitalist transformations. Specifically, we delineate the senses and meanings that pesticides assume in this work dynamic of the research agents. In this sense, our epistemological and theoretical-methodological positioning starts from praxis (MARX, 2011; FREIRE, 1987) together with the comprehensive analysis of social reality (WEBER, 1998). We moved the category of praxis to understand the work and the context of capitalist transformations within the scope of Brazilian family farming, its history and modernization, in the face of agribusiness (WANDERLEY, 2001; MAZOYER; ROUDART, 2010; MENDONÇA 2002; ABRAMOVAY, 1997). In this direction, we highlight the conflicts and socio-environmental implications of the use of pesticides in Brazil, and the possibility of transformation through agroecology (ALEXANDRE, 2009; CARNEIRO; et. Al. 2015; ABREU, 2016; LOPES, 2018). The approach allowed us to conclude that the senses and meanings that lead farmers to use pesticides are based on the daily needs emerging in the practice of working in the field. The farmers' work, coupled with their expectation of fruits due to the effort employed in the activity, are determining factors for the decision to use pesticides, in view of the ease of acquisition of the substances and the immediacy contained in the process of preparation and use in the fields. However, the principles of agroecology are fruitful and present possible paths in the construction of a socially conscious agriculture.A agricultura familiar é uma categoria estratégica na composição econômica, social e ambiental contemporânea. Sua abrangência é percebida em todo o mundo, com cerca de 500 milhões de estabelecimentos agrícolas familiares que integram a economia (IBGE, 2019). As transformações econômicas, sociais e ambientais têm ressignificado esse trabalho, na proporção em que tem ampliado diálogos e algumas similaridades com dispositivos do agronegócio. O agrotóxico, constitui um mediador entre algumas tendências da agricultura em grande escala, com a agricultura familiar. Diante desse dispositivo, uma série de conflitos e embates, no eixo socioambiental (RIGOTTO, 2013, 2015, 2018), apresenta o agrotóxico como uma realidade de risco para a saúde. Esta investigação tem por objetivo compreender como a agricultura familiar tem sido ressignificada a partir das dinâmicas do trabalho agrícola, com a utilização dos agrotóxicos, enfocando aspercepções de agricultores/as familiares. O campo analítico dessa investigaçãoé a comunidade rural de Garapa I e o assentamento 24 de abril, que pertencem ao município de Acarape, situado no Maciço de Baturité, localizado á 61,8 km de Fortaleza no Ceará. Buscamos adentrar no universo dos agricultores/as familiares como interlocutores da pesquisa, incidindo nosso olhar investigativo na sua maneira de compreenderem/vivenciarem e construírem a sua dinâmicade trabalho dada as transformações capitalistas. Especificamente delineamos os sentidos e significados que os agrotóxicos assumem nessa dinâmica de trabalho dos/as agentes da pesquisa. Nesse sentido, nosso posicionamento epistemológico e teórico-metodológico parte da práxis (MARX, 2011; FREIRE, 1987) junto com a análise compreensiva da realidade social (WEBER, 1998). Movimentamos a categoria da práxis para entender o trabalho e o contexto de transformações capitalistas no âmbito da agricultura familiar brasileira, sua história e modernização, diante do agronegócio (WANDERLEY, 2001; MAZOYER; ROUDART, 2010; MENDONÇA 2002; ABRAMOVAY, 1997). Neste direcionamento, destacamos os conflitos e implicações socioambientais do uso de agrotóxicos no Brasil, e a possibilidade de transformação pela agroecologia (ALEXANDRE, 2009; CARNEIRO; et. al. 2015; ABREU, 2016; LOPES, 2018). A abordagem nos permitiu concluir que os sentidos e significados que levam osagricultores ao uso de agrotóxicos, baseiam-se nas necessidades cotidianas emergentes na prática de trabalho no campo. O trabalho dos agricultores somado a sua expectativa de frutos pelo esforço empregado na atividade, são fatores determinantes para a decisão de usar agrotóxicos, tendo em vista a facilidade de aquisição das substâncias e o imediatismo contido no processo de preparo e utilização nos roçados. No entanto, os princípios da agroecologia mostram-se fecundos e apresentam caminhos possíveis na construção de uma agricultura socialmente consciente.Carvalho, Alba Maria Pinho deVieira, Mykaelly Morais2021-07-26T15:20:22Z2021-07-26T15:20:22Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVIEIRA, Mykaelly Morais. Agricultura familiar e agrotóxicos: desenvolvimento, transformações capitalistas e percepções de agricultores no interior do Ceará. 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