Gramsci e o debate em torno da filosofia da práxis
| Ano de defesa: | 2013 |
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Resumo: | A presente dissertação margeia em torno da discussão sobre a maneira pela qual Gramsci debate com os autores de seu tempo, principalmente com Nicolai Bukhárin, defensor, segundo Gramsci, de um marxismo vulgar, devido sua compreensão mecanicista (economicista), fatalista, pelo uso do positivismo na filosofia da práxis, marxismo, (materialismo vulgar) e Benedetto Croce, a partir de sua ideia revisionista da filosofia da práxis (neo-idealismo: historicismo idealista, conforme Gramsci), como sendo apenas uma metodologia de interpretação como outra qualquer, tendo, assim, no marxismo, nada de extraordinário em relação a outras filosofias. Utilizamos para o desenvolvimento desse trabalho a leitura dos Cadernos do cárcere nas suas versões italiana e brasileira; os principais textos dos autores com os quais Gramsci trava o debate, dando destaque para dois, a saber: com Bukhárin, o Tratado de materialismo histórico; com Croce, o Materialismo storico ed economia marxistica. Ademais, utilizamos também os principais comentadores sobre a obra do italiano da Sardenha, os que o defendem e os que o criticam. Em suma, mostramos que Gramsci busca inadiavelmente recolocar o marxismo no território da história concreta, isto é, pela via do materialismo histórico, operado pela dialética, mostrando, assim, sua originalidade, autonomia em relação a outros quadros filosóficos e desse modo asseverando que somente pelo território da filosofia da práxis, as massas, as classes “subalternas”, os operários, poderiam tomar consciência crítica sobre as suas respectivas situações e, assim teriam a possibilidade de forjar uma nova sociedade, um novo mundo, sempre novo, sob o viés de um humanismo e de um historicismo absoluto. Aí, portanto, está centrada a ideia que Gramsci tem da filosofia da práxis enquanto marxismo e do que ela é capaz enquanto suscitadora de uma nova cultura. |
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Gramsci e o debate em torno da filosofia da práxis. 2013. 115 f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2013.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8584www.teses.ufc.brPhilosophy of praxisHistorical materialismGramsci, Antonio, 1891-1937 - Crítica e interpretaçãoPráxis (Filosofia)ComunismoHumanismoGramsci e o debate em torno da filosofia da práxisGramsci and the debate on the philosophy of praxisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA presente dissertação margeia em torno da discussão sobre a maneira pela qual Gramsci debate com os autores de seu tempo, principalmente com Nicolai Bukhárin, defensor, segundo Gramsci, de um marxismo vulgar, devido sua compreensão mecanicista (economicista), fatalista, pelo uso do positivismo na filosofia da práxis, marxismo, (materialismo vulgar) e Benedetto Croce, a partir de sua ideia revisionista da filosofia da práxis (neo-idealismo: historicismo idealista, conforme Gramsci), como sendo apenas uma metodologia de interpretação como outra qualquer, tendo, assim, no marxismo, nada de extraordinário em relação a outras filosofias. Utilizamos para o desenvolvimento desse trabalho a leitura dos Cadernos do cárcere nas suas versões italiana e brasileira; os principais textos dos autores com os quais Gramsci trava o debate, dando destaque para dois, a saber: com Bukhárin, o Tratado de materialismo histórico; com Croce, o Materialismo storico ed economia marxistica. Ademais, utilizamos também os principais comentadores sobre a obra do italiano da Sardenha, os que o defendem e os que o criticam. Em suma, mostramos que Gramsci busca inadiavelmente recolocar o marxismo no território da história concreta, isto é, pela via do materialismo histórico, operado pela dialética, mostrando, assim, sua originalidade, autonomia em relação a outros quadros filosóficos e desse modo asseverando que somente pelo território da filosofia da práxis, as massas, as classes “subalternas”, os operários, poderiam tomar consciência crítica sobre as suas respectivas situações e, assim teriam a possibilidade de forjar uma nova sociedade, um novo mundo, sempre novo, sob o viés de um humanismo e de um historicismo absoluto. 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