Ocorrência de tuberculose bovina no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil.

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: BEZERRA NETO, Pirajá Saraiva.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Tuberculose bovina; Mycobacterium bovis; Rio Grande do Norte; Abatedouros; Epidemiologia; Bovinocultura; Saúde animal; Bovine tuberculosis; Zootecnia.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4106

Esta dissertação é comporta por dois capítulos. No capítulo I objetivou-se determinar a ocorrência de tuberculose por Mycobacterium bovis em bovinos abatidos em dois abatedouros públicos da mesorregião Central Potiguar, estado do Rio Grande do Norte, Brasil. No período compreendido entre novembro de 2017 a agosto de 2018, 11,616 carcaças passaram por inspeção de rotina, onde foram observadas lesões sugestivas de tuberculose em um animal (0.009%). Amostras de tecidos localizadas no pulmão, coração e baço foram submetidas a cultivo bacteriológico e diagnóstico molecular. O omento foi utilizado para exame histopatológico e coloração de Ziehl-Neelsen. As lesões foram cultivadas por 90 dias em meio Stonebrink, porém não houve crescimento. Quando usada a nested-PCR, as amostras de pulmão, coração e baço foram positivas. O exame histopatológico do omento mostrou a presença de múltiplos granulomas de centro necrótico e áreas de mineralização e quando submetido à coloração de Ziehl-Neelsen, detectou-se a presença de bacilos álcool-ácido resistentes. O cultivo microbiológico, apesar de ser considerado padrão ouro, pode apresentar resultados falsos negativos, além de ser uma técnica demorada, dificultando sua utilização para vigilância em abatedouros. A presença de animal positivo no estudo representa um sério problema no que diz respeito à saúde pública, principalmente para criadores, magarefes, técnicos e para o consumidor final. A nested-PCR e a histopatologia apresentam resultados rápidos e eficazes para o diagnóstico da enfermidade. Portanto, um dos sistemas essenciais aplicados ao controle da tuberculose bovina é a vigilância epidemiológica dos animais nos abatedouros. O objetivo do capítulo II foi determinar a frequência de animais positivos para a tuberculose bovina no estado do Rio Grande do Norte. Os dados foram fornecidos pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN) e são oriundos de suas Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV’S) coletados dos relatórios mensais emitidos por médicos veterinários habilitados para atuação no âmbito do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), compreendendo o período de junho de 2012 a junho de 2018. Para o diagnóstico foi utilizada, como prova de triagem, o teste cervical simples e como prova confirmatória o teste cervical comparativo. No total, foram testados 16.889 bovinos, dos quais 44 animais (0,26%) apresentaram resultado positivo. Não foi observada diferença significativa (P < 0,05) na frequência de positividade entre fêmeas (0,25%) e machos (1,16%). Frente a este resultado e considerando a importância da bovinocultura local para a economia, é importante a condução de medidas que incluam a conscientização dos produtores, controle sanitário na aquisição e venda de matrizes, fiscalização nas barreiras sanitárias e levantamentos periódicos da situação epidemiológica desta doença, principalmente nas unidades com maior frequência de animais positivos, com o objetivo de evitar, ou pelo menos minimizar, a disseminação do agente.