Diversidade, abundância e sazonalidade de visitantes florais diurnos em área de caatinga e floresta ciliar no Semiárido Paraibano, Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ANSELMO, Alexandre Flávio.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13862
Resumo: Os visitantes florais são potenciais polinizadores que contribuem para a manutenção da diversidade biológica. Na região semiárida do Nordeste do Brasil, eles enfrentam um longo período seco, podendo se distribuir de forma heterogênea entre os vários ambientes. O objetivo deste trabalho consistiu em comparar a diversidade, abundância e sazonalidade de visitantes florais diurnos em área de caatinga e de floresta ciliar no semiárido paraibano. A guilda de visitantes florais foi estudada por meio de uma amostragem padronizada dos indivíduos em flores ou em voo, ao longo de seis transectos em cada fragmento, capturada por um único coletor, através de redes entomológicas. Os visitantes florais foram amostrados mensalmente no período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012, durante um dia de cada mês, das 5h30 as 16h30, com uma hora de intervalo a cada hora de amostragem, totalizando 72 horas/coletor de esforço amostral para cada área. A composição faunística dos visitantes florais foi representada por cinco grupos de animais, sendo um de aves e quatro de insetos. Um total de 1.427 e 3.293 indivíduos e 65 e 100 espécies foi registrado para área de caatinga e de floresta ciliar, respectivamente, sendo a ordem Lepidoptera a mais representativa em riqueza de espécies. A ordem Hymenoptera foi a mais abundante na caatinga, enquanto que a Lepidoptera, na floresta ciliar. As áreas estudadas apresentaram um grande número de espécies acidentais e raras de visitantes florais e duas espécies consideradas eudominantes, a Apis mellifera e Eurema elathea. Os índices de diversidade de Shannon foram estatisticamente diferentes (t= -3,589; p= <0,01). Essa diferença deve-se basicamente ao maior número de espécies, uma vez que a equitabilidade foi semelhante para as áreas estudadas. A estimativa da riqueza de espécies de visitantes florais pelo estimador Chao 1 de cada área, incluindo as espécies não amostradas, permite reconhecer que foram coletadas cerca de 65% das espécies, considerando-se as duas áreas conjuntamente. Cada amostra mensal na área próxima à floresta ciliar tendeu a apresentar mais espécies e indivíduos do que a do mesmo mês, realizada na área de caatinga. No período chuvoso, a riqueza e a abundância de visitantes florais foram maiores, sendo amostrados 95% das espécies na caatinga e 90% para a floresta ciliar, destacando-se o mês de fevereiro, com 29 e 42 espécies, respectivamente. Nas amostras do período chuvoso, foram coletadas mais espécies e indivíduos quando comparado ao período seco (Wilcoxon, p=<0,01). Para Lepidoptera e Hymenoptera, houve uma maior diversidade e abundância no período chuvoso em ambas as áreas, enquanto, para os Diptera, não foi observada uma grande diversidade no período chuvoso na caatinga, possivelmente relacionada à maior dependência desse grupo a ambientes mésicos. Em relação às borboletas, com um esforço amostral de 72 horas-rede, foram registradas 47 espécies, sendo 28 na caatinga e 42 na floresta ciliar, compreendidas em cinco famílias e 13 subfamílias. As famílias Hesperiidae e Nymphalidae foram as mais representativas em número de espécies, totalizando 57% na caatinga e 67% na floresta ciliar. Na comparação do número de indivíduos, Pieridae representou 54% e 69%, respectivamente. A similaridade de Sorensen foi de 1,76, maior do que o observado para o conjunto dos visitantes florais (0,6078). Cada amostra mensal na área próxima à floresta ciliar tendeu a apresentar maior número de espécies (n= 12, z= 2,4318, p=0,0150) e indivíduos (n=12, z=2,5103, p=0,0121). As famílias botânicas que receberam o maior número de registros foram Malvaceae, Asteraceae e Convolvulaceae (54% do total das visitas), destacando-se as espécies Sida galheirensis e Centratherum punctatum em área de caatinga; e Asteraceae e a Rubiaceae (64% do total de visitas, conjuntamente), destacando-se Richardia grandiflora e Tridax procumbens na área próxima à floresta ciliar. Portanto, a maior riqueza de espécies e abundância de visitantes florais na área próxima a floresta ciliar é interpretada como evidência do papel de refúgio para espécies que sobrevivem na região semiárida. No entanto, são necessários estudos mais detalhados para verificar o seu papel para cada espécie em particular.
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O objetivo deste trabalho consistiu em comparar a diversidade, abundância e sazonalidade de visitantes florais diurnos em área de caatinga e de floresta ciliar no semiárido paraibano. A guilda de visitantes florais foi estudada por meio de uma amostragem padronizada dos indivíduos em flores ou em voo, ao longo de seis transectos em cada fragmento, capturada por um único coletor, através de redes entomológicas. Os visitantes florais foram amostrados mensalmente no período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012, durante um dia de cada mês, das 5h30 as 16h30, com uma hora de intervalo a cada hora de amostragem, totalizando 72 horas/coletor de esforço amostral para cada área. A composição faunística dos visitantes florais foi representada por cinco grupos de animais, sendo um de aves e quatro de insetos. Um total de 1.427 e 3.293 indivíduos e 65 e 100 espécies foi registrado para área de caatinga e de floresta ciliar, respectivamente, sendo a ordem Lepidoptera a mais representativa em riqueza de espécies. A ordem Hymenoptera foi a mais abundante na caatinga, enquanto que a Lepidoptera, na floresta ciliar. As áreas estudadas apresentaram um grande número de espécies acidentais e raras de visitantes florais e duas espécies consideradas eudominantes, a Apis mellifera e Eurema elathea. Os índices de diversidade de Shannon foram estatisticamente diferentes (t= -3,589; p= <0,01). Essa diferença deve-se basicamente ao maior número de espécies, uma vez que a equitabilidade foi semelhante para as áreas estudadas. A estimativa da riqueza de espécies de visitantes florais pelo estimador Chao 1 de cada área, incluindo as espécies não amostradas, permite reconhecer que foram coletadas cerca de 65% das espécies, considerando-se as duas áreas conjuntamente. Cada amostra mensal na área próxima à floresta ciliar tendeu a apresentar mais espécies e indivíduos do que a do mesmo mês, realizada na área de caatinga. No período chuvoso, a riqueza e a abundância de visitantes florais foram maiores, sendo amostrados 95% das espécies na caatinga e 90% para a floresta ciliar, destacando-se o mês de fevereiro, com 29 e 42 espécies, respectivamente. Nas amostras do período chuvoso, foram coletadas mais espécies e indivíduos quando comparado ao período seco (Wilcoxon, p=<0,01). Para Lepidoptera e Hymenoptera, houve uma maior diversidade e abundância no período chuvoso em ambas as áreas, enquanto, para os Diptera, não foi observada uma grande diversidade no período chuvoso na caatinga, possivelmente relacionada à maior dependência desse grupo a ambientes mésicos. Em relação às borboletas, com um esforço amostral de 72 horas-rede, foram registradas 47 espécies, sendo 28 na caatinga e 42 na floresta ciliar, compreendidas em cinco famílias e 13 subfamílias. As famílias Hesperiidae e Nymphalidae foram as mais representativas em número de espécies, totalizando 57% na caatinga e 67% na floresta ciliar. Na comparação do número de indivíduos, Pieridae representou 54% e 69%, respectivamente. A similaridade de Sorensen foi de 1,76, maior do que o observado para o conjunto dos visitantes florais (0,6078). Cada amostra mensal na área próxima à floresta ciliar tendeu a apresentar maior número de espécies (n= 12, z= 2,4318, p=0,0150) e indivíduos (n=12, z=2,5103, p=0,0121). As famílias botânicas que receberam o maior número de registros foram Malvaceae, Asteraceae e Convolvulaceae (54% do total das visitas), destacando-se as espécies Sida galheirensis e Centratherum punctatum em área de caatinga; e Asteraceae e a Rubiaceae (64% do total de visitas, conjuntamente), destacando-se Richardia grandiflora e Tridax procumbens na área próxima à floresta ciliar. Portanto, a maior riqueza de espécies e abundância de visitantes florais na área próxima a floresta ciliar é interpretada como evidência do papel de refúgio para espécies que sobrevivem na região semiárida. No entanto, são necessários estudos mais detalhados para verificar o seu papel para cada espécie em particular.Floral visitors are potential pollinators of flowering plants that contribute to the maintenance of biological diversity. In the semiarid region of northeastern Brazil, they face a long dry period, and may be distributed unevenly between different environments. The objective of this work is to compare the diversity, abundance and seasonality of diurnal floral visitors between areas of xerophilous scrub (caatinga) and riparian forest in the semiarid region of Paraíba. The guild of flower visitors was studied by means of standardized samples of individuals on flowers or in flight, along six transects in each habitat, captured by a single collector with an entomological net. From February 2011 to January 2012 the floral visitors were sampled monthly, during one day from 5:30am to 16:30pm, with a 1 hour break after every hour of sampling, totaling 72 hours/collector of sampling effort for each area. The faunal composition of floral visitors was represented by five groups of animals, one group of birds and four of insect. A total of 1427 and 3293 individuals and 100 and 65 species were recorded for the caatinga area and riparian forest, respectively. The order Lepidoptera was the most representative in species richness in both areas. The order Hymenoptera was the most abundant in the caatinga while Lepidoptera, in riparian forest. Both areas presented a large number of accidental and rare species of flower visitors and two species, Apis mellifera and the Eurema elathea, were eudominant. The Shannon diversity indices between areas were statistically different (t = -3.589, p = <0.01). This difference is primarily due to the greater number of species, once the evenness was similar to the studied areas. The estimation of species richness of flower visitors including species not sampled (Chao 1), allowed us to recognize that we collected about 65% of the species, considering the two areas together. Each monthly sample area near riparian forest tended to have more species and individuals than the same sample undertaken in the caatinga. In the rainy season, the richness and abundance of floral visitors were higher, with 95% of the species being in caatinga and 90% for the riparian forest, especially the month of February with 29 and 42 species, respectively. In the sample of rainy season more species and individuals were collected than in the dry season (Wilcoxon, p = <0.01). For Lepidoptera and Hymenoptera there was a greater diversity and abundance during the rainy season in both areas, but for Diptera it was not observed a great diversity in the rainy season in the caatinga, possibly related to greater dependence of this group on mesic environments. Regarding butterflies, with a sampling effort of 72 net/hours, 47 species were recorded, with 28 in caatinga and 42 in the riparian forest, comprised of five families and 13 subfamilies. The Hesperiidae and Nymphalidae families were the most representative in number of species, representing together 57% in caatinga and 67% in riparian vegetation, respectively. When comparing the number of individuals, the Pieridae family was the most abundance, representing 54% and 69% in each of the areas, respectively. The Sorensen index of similarity between areas was 1.76, higher than that observed for all of the pollinators (0.6078). Each monthly sample in the area near riparian forest tended to show a greater number of species (n= 12, z= 2.4318, p= 0.0150) and individuals (n= 12, z= 2.5103, p= 0, 0121). The botanical families that received the highest number of records were Malvaceae, Asteraceae and Convolvulaceae (54% of total visits), especially the species Sida galheirensis and Centratherum punctatum in Caatinga, and Asteraceae and Rubiaceae (64% of total visits together), specially the species Richardia grandiflora and Tridax procumbens in the area near the riparian forest. The highest species richness and abundance of floral visitors in the area near the riparian forest is interpreted as evidence of the role of refuge for many species that live in the semiarid region, however, more detailed studies are needed to verify its role for each species in particular.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRPÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAISUFCGZANELLA, Fernando César Vieira.ZANELLA, F. C. V.http://lattes.cnpq.br/8242371134843208GUSMÃO, Maria Avany Bezerra.KERPEL, Solange Maria.ANSELMO, Alexandre Flávio.2012-09-252020-08-08T20:11:47Z2020-08-082020-08-08T20:11:47Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13862ANSELMO, Alexandre Flávio. Diversidade, abundância e sazonalidade de visitantes florais diurnos em área de caatinga e floresta ciliar no Semiárido Paraibano, Nordeste do Brasil. 2012. 109f. (Dissertação de Mestrado em Ciências Florestais), Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande – Campus de Patos – Paraíba Brasil, 2012. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13862porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-03-10T19:43:22Zoai:localhost:riufcg/13862Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-03-10T19:43:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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ANSELMO, Alexandre Flávio.
Visitantes florais diurnos
Bioma Caatinga
Floresta ciliar
Matas ciliares - caatinga
Área de Caatinga
Antófilos
Fenologia
Guildas
Refúgios mésicos
Riqueza de espécies - Caatinga
Semiárido Brasileiro
Polinização
Comunidades de visitantes florais
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Caatinga Biome
Riparian forest
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