“Em prol do progresso intelectual e material desta grande zona sertaneja”: ideais de progresso e modernidade em Feira de Santana - Bahia no jornal Folha do Norte (1909-1940).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CRUZ, Magno de Oliveira. lattes
Orientador(a): ARANHA, Gervácio Batista. lattes
Banca de defesa: CABRAL FILHO, Severino., ARAÚJO, Patrícia Cristina de Aragão.
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Centro de Humanidades - CH
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4402
Resumo: Os anos primeiros da República no Brasil foram assinalados como um momento de redefinição dos espaços e das relações de poder que, devido a promessa de igualdade, com a abolição da escravidão e a legalização das eleições em todos os níveis, ameaçavam a ordem e a repartição hierárquica vigentes até então, e divulgavam um novo ordenamento político e social para a sociedade brasileira no início do século XX, promovendo o ambiente ideal para o surgimento de novas vivências entre os indivíduos nas cidades. Nesse contexto, o ordenamento das cidades se impôs como fruto da reivindicação pela provisão das necessidades básicas aos citadinos imbuídos pelos ideais de “modernidade”, “progresso” e “civilização”: higiene, iluminação, segurança, locomoção, demandando a criação de elementos vigilantes para estes serviços devido à concentração populacional que criava problemas aos administradores. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo central analisar os ideais de progresso e modernidade em Feira de Santana/Bahia, através do discurso do jornal Folha do Norte entre 1909 e 1940 -, associado à publicação do Código de Posturas Municipais e as obras de memorialistas e cronistas -, na sua materialidade: traçado de ruas, abertura de novos bairros, sistema de eletrificação, zoneamento, adoção de técnicas construtivas atualizadas, estilos adequados para expressar visualmente à “chegada” do progresso e, assim, o fenecimento de qualquer forma contrária a ele. Bem como, compreender a cidade de Feira de Santana enquanto uma máquina territorial, que fora construída e idealizada por uma elite local num processo de urbanização/modernização para controlar todo tipo de fluxos, seja de homens, mercadorias ou dos próprios desejos, buscando com isso disciplinar o olhar e produzir imagens aprazíveis para o progresso. Nosso trabalho acompanha e dialoga com as formulações teóricas de Roger Chartier, Sandra Jathay Pesavento, Maria Stella Brescianni, entre outros, que interessados com as sensibilidades e o imaginário urbano, sugeriram uma historiografia que pensasse a cidade a partir das representações, cidades sensíveis, cidades pensadas.Tomamos de empréstimo as propostas metodológicas do historiador Carlo Ginzburg, sobretudo no ensaio denominado “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”, no qual autor retoma o conceito de paradigma indiciário, associando-o ao conceito de semiologia médica, versado na construção de um método interpretativo no qual a atenção no detalhe, nos sintomas, nos indícios, nas pistas permitiria ao historiador apreender uma realidade mais profunda, de outra forma inatingível. Percebemos através do jornal a persistente preocupação dos órgãos públicos e das autoridades locais em realizar o deslocamento da representação da Feira de Santana enquanto uma cidade de bases rurais, para defini-la como uma urbe dotada de um poderoso comércio e de uma estrutura citadina. Assim, nesse sentido, cabe inquirir sobre as relações entre os ideais modernizantes presentes no ideário republicano e sua aliança como novas formas de percepção da cidade expressas naquele periódico.
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Nesse contexto, o ordenamento das cidades se impôs como fruto da reivindicação pela provisão das necessidades básicas aos citadinos imbuídos pelos ideais de “modernidade”, “progresso” e “civilização”: higiene, iluminação, segurança, locomoção, demandando a criação de elementos vigilantes para estes serviços devido à concentração populacional que criava problemas aos administradores. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo central analisar os ideais de progresso e modernidade em Feira de Santana/Bahia, através do discurso do jornal Folha do Norte entre 1909 e 1940 -, associado à publicação do Código de Posturas Municipais e as obras de memorialistas e cronistas -, na sua materialidade: traçado de ruas, abertura de novos bairros, sistema de eletrificação, zoneamento, adoção de técnicas construtivas atualizadas, estilos adequados para expressar visualmente à “chegada” do progresso e, assim, o fenecimento de qualquer forma contrária a ele. Bem como, compreender a cidade de Feira de Santana enquanto uma máquina territorial, que fora construída e idealizada por uma elite local num processo de urbanização/modernização para controlar todo tipo de fluxos, seja de homens, mercadorias ou dos próprios desejos, buscando com isso disciplinar o olhar e produzir imagens aprazíveis para o progresso. Nosso trabalho acompanha e dialoga com as formulações teóricas de Roger Chartier, Sandra Jathay Pesavento, Maria Stella Brescianni, entre outros, que interessados com as sensibilidades e o imaginário urbano, sugeriram uma historiografia que pensasse a cidade a partir das representações, cidades sensíveis, cidades pensadas.Tomamos de empréstimo as propostas metodológicas do historiador Carlo Ginzburg, sobretudo no ensaio denominado “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”, no qual autor retoma o conceito de paradigma indiciário, associando-o ao conceito de semiologia médica, versado na construção de um método interpretativo no qual a atenção no detalhe, nos sintomas, nos indícios, nas pistas permitiria ao historiador apreender uma realidade mais profunda, de outra forma inatingível. Percebemos através do jornal a persistente preocupação dos órgãos públicos e das autoridades locais em realizar o deslocamento da representação da Feira de Santana enquanto uma cidade de bases rurais, para defini-la como uma urbe dotada de um poderoso comércio e de uma estrutura citadina. Assim, nesse sentido, cabe inquirir sobre as relações entre os ideais modernizantes presentes no ideário republicano e sua aliança como novas formas de percepção da cidade expressas naquele periódico.The first of the Republic years in Brazil were marked as a time of redefinition of spaces and power relations that because the promise of equality, the abolition of slavery and the legalization of elections at all levels, threatening the order and distribution hierarchical in force until then, and they published a new political and social order for the Brazilian society in the early twentieth century, providing the ideal environment for the emergence of new experiences between individuals in cities. In this context, the improvement of towns was imposed as a result of the claim for the provision of basic needs to the city dwellers imbued with the ideals of "modernity", "progress" and "civilization": hygiene, lighting, security, mobility, demanding the creation of vigilante elements for these services due to population concentration that created problems for administrators. Thus, this study was aimed at analyzing the ideals of progress and modernity in Feira de Santana / Bahia through North newspaper Folha discourse between 1909 and 1940 - associated with the publication of the Municipal Code of Postures and works of memoir writers and chroniclers - in its materiality: stroke streets, opening new neighborhoods, electrification system, zoning, adoption of updated construction techniques, appropriate styles to visually express the "arrival" of progress and thus the withering anyway contrary to it. As well as understand the city of Feira de Santana as a territorial machine, which was built and designed by a local elite in the process of urbanization / modernization to control all kinds of flows, whether of men, goods or own desires, seeking it disciplinary look and produce pleasing images to progress. Our work follows and dialogue with the theoretical formulations of Roger Chartier, Sandra Jathay Pesavento, Maria Stella Brescianni, among others, concerned with the sensibilities and urban imagery suggested historiography thought the city from the representations, sensitive cities, towns pensadas.Tomamos loan methodological proposals historian Carlo Ginzburg, especially the so-called test "Signs: roots of an evidential paradigm" in which the author takes up the concept of evidential paradigm, linking it to the concept of clinical examination, versed in building an interpretative method in which attention to detail, the symptoms, the evidence, the slopes would allow the historian to grasp a deeper reality, otherwise unattainable. We realized through the newspaper to the continuing concern of public bodies and local authorities in carrying out the displacement of the representation of Feira de Santana as a city of rural bases, to set it as a metropolis endowed with a powerful trade and a city structure. So in that sense, it is to investigate the relations between the ideals present in modernizing republican ideals and its alliance as new forms of perception of the city expressed in that journal.Submitted by Lucienne Costa (lucienneferreira@ufcg.edu.br) on 2019-06-18T12:46:46Z No. of bitstreams: 1 MAGNO DE OLIVEIRA CRUZ – DISSERTAÇÃO (PPGH) 2016.pdf: 1420892 bytes, checksum: 2797388de76988e521283294799d5346 (MD5)Made available in DSpace on 2019-06-18T12:46:46Z (GMT). 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