Estimativa da produtividade primária bruta em áreas agrícolas e de vegetação primária no cerrado por sensoriamento remoto.

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: BRAGA, Alan Pantoja.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA; UFCG
• Palavras-chave em Português: GPP; Balanço de Energia; Sebal; Fração Evaporativa; IVDN; Energy Balance; Evaporative Fraction; Sensoriamento remoto; Geotecnologia; Cerrado Brasileiro - vegetação primária; Vegetação primária - Cerrado; Produtividade Primária Bruta; Gross Primary Productivity; Remote sensing; Meteorologia
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3648

A produtividade primária bruta (Gross Primary Productivity – GPP), corresponde a taxa na qual o CO2 presente na atmosfera é convertido, por meio da fotossíntese, em substâncias orgânicas. O presente trabalho objetivou determinar a GPP, que utiliza fundamentalmente o modelo de eficiência de uso da luz pela vegetação proposto por Monteith. Foram realizados recortes na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF) e regiões circunvizinhas com grande potencial agrícola. A radiação fotossinteticamente ativa diária foi obtida com base na radiação solar global diária medida na localidade de Luiziânia – GO, em estação da rede observacional do INMET. A fração da radiação fotossinteticamente ativa absorvida pela vegetação foi determinada em função do NDVI e o fator água determinate na formação da GPP foi considerado igual à fração evaporativa - FE, obtida por meio do SEBAL. Foram selecionadas cinco imagens do TM - Landsat 5 e dados meteorológicos complementares, coletados entre junho a setembro de 2011 em Luiziânia, GO. Os resutados obtidos foram comparados com a GPP extraída do MOD17A2, que se fundamenta no mesmo princípio mas que emprega dados meteorológicos de reanálise e imagens MODIS, com resolução espacial de 1 km. Os resultados obtidos nos recortes e pivôs selecionados na área do PAD, mostraram padrões bem distintos entre vegetação nativa e áreas irrigadas, mas há clara influência do regime pluvial sobre todas as três variáveis investigadas. As comparações entre a GPP Landsat e produto MOD17A2 revelam grandes discrepâncias entre os mesmos, possivelmente decorrentes das imprecisões relativas às variáveis meteorológicas empregadas no MOD17A2, mas também do valor que é arbitrado ao mesmo para a eficiência máxima de uso da luz no Cerrado. Os valores da GPP Landsat chegaram a atingir 17 gC m-2, enquanto os do MOD17A2 não ultrapassaram os 7 gC m-2. Os pivôs com plantações de tomate e milho mostraram que os valores de IVDN acompanharam os valores de GPP para ambas as áreas selecionadas, sendo que os maiores valores de GPP nos pivôs com milho ficaram entre 13 e 16 gC m-2 dia-1, enquanto os pivôs com plantação de tomate os maiores valores ficaram entre 14 e 16 gC m-2 dia-1. Conclui-se que as áreas irrigadas apresentam altas taxas de fixação de carbono, quando comparadas com as de vegetação nativa e que o produto MOD17A2 não retratou adequadamente os valores da GPP nas áreas de vegetação nativa e, também, nas áreas irrigadas.