Religião, poder e conflitos de gênero: estudo sobre as missionárias da AIECB (Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ARAÚJO, Lidiane Cordeiro Rafael de. lattes
Orientador(a): SILVA, Magnólia Gibson Cabral da. lattes
Banca de defesa: GUERRA, Lemuel Dourado., AZEVEDO, Sandra Raquew dos Santos., FÉLIX, Isabel., SANTIAGO, Idalina.
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Centro de Humanidades - CH
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4399
Resumo: Na Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB) os direitos adquiridos pelos portadores do diploma em Teologia são regulamentados em função do gênero do seu portador e recebem nomenclaturas diferenciadas. Apenas aos homens é permitido exercer a liderança de igrejas e da instituição. Estes são ordenados pastores. As mulheres portadoras do mesmo diploma são credenciadas como missionárias e só podem assumir papéis concebidos como estritamente “femininos”. De acordo com seus líderes, os ministérios femininos restringem-se ao lar (esposa e mãe) e seu ministério eclesial deve ser uma extensão das atividades do lar, qual seja, o ensino a crianças, adolescentes ou o auxílio ao pastor. Toda a estrutura da instituição é direcionada nesse sentido e as mulheres/missionárias introjectam como “natural”. Partimos do pressuposto de que há relações de poder engendradas nesta “regulamentação” cujo propósito é impedir que mulheres teologicamente qualificadas assumam a liderança de igrejas e instituições. Embora a prática do Cristo tenha enfatizado um “discipulado de iguais”, a partir do século I, o cristianismo adotou os valores patriarcais. A AIECB ainda é regulada por estes valores. No contexto atual, ainda que as diferenças formais permaneçam, algumas formas de resistência surpreendem a dominação, principalmente na sutileza com que se afirmam. Argumentamos que as reivindicações das missionárias por maior visibilidade aos seus ministérios e por reconhecimento financeiro, raro no passado, podem ser concebidas como estratégias para irromper a dominação questionando a hegemonia masculina. Como Bourdieu (2003), nos perguntamos quais mecanismos históricos ou forças teriam sido responsáveis pela des-historicização e pela eternização das estruturas da divisão sexual até o momento atual, em que a permanência, a hegemonia e a valorização pública do masculino sobre o feminino não mais se impõem como naturais e indiscutíveis.
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De acordo com seus líderes, os ministérios femininos restringem-se ao lar (esposa e mãe) e seu ministério eclesial deve ser uma extensão das atividades do lar, qual seja, o ensino a crianças, adolescentes ou o auxílio ao pastor. Toda a estrutura da instituição é direcionada nesse sentido e as mulheres/missionárias introjectam como “natural”. Partimos do pressuposto de que há relações de poder engendradas nesta “regulamentação” cujo propósito é impedir que mulheres teologicamente qualificadas assumam a liderança de igrejas e instituições. Embora a prática do Cristo tenha enfatizado um “discipulado de iguais”, a partir do século I, o cristianismo adotou os valores patriarcais. A AIECB ainda é regulada por estes valores. No contexto atual, ainda que as diferenças formais permaneçam, algumas formas de resistência surpreendem a dominação, principalmente na sutileza com que se afirmam. Argumentamos que as reivindicações das missionárias por maior visibilidade aos seus ministérios e por reconhecimento financeiro, raro no passado, podem ser concebidas como estratégias para irromper a dominação questionando a hegemonia masculina. Como Bourdieu (2003), nos perguntamos quais mecanismos históricos ou forças teriam sido responsáveis pela des-historicização e pela eternização das estruturas da divisão sexual até o momento atual, em que a permanência, a hegemonia e a valorização pública do masculino sobre o feminino não mais se impõem como naturais e indiscutíveis.In the Congregational Alliance of Evangelical Churches of Brazil (AIECB) rights acquired by the holders of diploma in Theology are regulated depending on the gender of the bearer and receive different classifications. Only men are allowed to exercise leadership of churches and institutions. These are ordered pastors. Women with the same diploma are accredited as missionaries and can only assume roles conceived as strictly "feminine." According to their leaders, female ministries are restricted to household (as wife and mother) and their lay ecclesial ministry should be only an extension of home activities, namely, teaching children, teenagers or assisting the pastor. The whole structure of the institution is directed accordingly and the missionary women incorporate this as something "natural". We assume that there are power relations engendered on this "regulation" whose purpose is to prevent women theologically qualified to assume the leadership of churches and institutions. Although the practice of Christ has emphasized a "discipleship of equals", from first century, the Christianity adopted patriarchal values. The AIECB is still regulated by these values. In the current context, even though the formal differences remain, some forms of resistance take the domination by surprise, mainly by the subtlety with which they assert themselves. We argue that the missionaries´ claims for greater visibility to their ministries and financial recognition, rare in the past, can be conceived as strategies to break the domination by challenging the male hegemony. Similar to Bourdieu (2003), we wonder about what mechanisms or historical forces have been responsible for both de-historicizing the structures and perpetuation of the sexual division until today, as the maintenance, the hegemony and the public valuation of the masculine over the feminine do not stand anymore as natural and incontestable.Submitted by Maria Medeiros (maria.dilva1@ufcg.edu.br) on 2019-06-18T11:32:04Z No. of bitstreams: 1 LIDIANE CORDEIRO RAFAEL DE ARAÚJO - TESE (PPGCS) 2013.pdf: 1991045 bytes, checksum: cc3d21e61771d1839af9aa0793a4d4af (MD5)Made available in DSpace on 2019-06-18T11:32:04Z (GMT). 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