Percepção de barreiras e suportes na carreira acadêmica dos estudantes de matemática: um estudo de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Daniele Aparecida de lattes
Orientador(a): SILVA, Mariana Feiteiro Cavalari lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Itajubá
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação: Mestrado - Educação em Ciências
Departamento: IFQ - Instituto de Física e Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2408
Resumo: O presente trabalho de abordagem qualitativa tem como objetivo analisar como as barreiras e suportes percebidos por estudantes de Matemática em suas trajetórias se relacionam com o seu gênero e influenciam na continuidade da carreira acadêmica feminina, bem como identificar relações desses fatores com o processo de ensino da Matemática vivenciado por esses estudantes. Para realizar essa investigação foram selecionadas duas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas estaduais, que ofertam cursos de Matemática nos níveis de Graduação e de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado). Foram enviados questionários eletrônicos, de acordo com o nível de ensino cursado, aos estudantes dos respectivos cursos destas IES e foram obtidas, voluntariamente, 48 respostas, sendo 19 delas de estudantes identificadas com o gênero feminino e 29 do gênero masculino. Após uma análise inicial das respostas obtidas por meio dos questionários, foram selecionadas e convidadas oito estudantes do gênero feminino para aprofundar algumas discussões levantadas em suas respostas e, dentre essas, obtivemos o retorno de seis estudantes. Para a análise foi adotada a criação de agrupamentos, dados em razão do caráter de semelhança das informações. Esses agrupamentos foram construídos em conformidade com a bibliografia adotada, sendo estes: Interno/Individual, Social, Parental/Familiar, Institucional/Escolar, Social, Ambiental e Financeiro. Após a realização das análises foi possível inferir que situações de incentivo e/ou desencorajamento, seja de pais ou professores, parecem ter influência direta na autoconfiança das estudantes do gênero feminino e que estas têm menos confiança em suas habilidades matemáticas em relação aos estudantes do gênero masculino. Tal condição pode ser reflexo de uma imagem social masculinizada do matemático, reafirmando discursos e crenças com respeito à relação das meninas/mulheres com a Matemática no ambiente familiar e, especialmente, no contexto escolar. Ressalta-se, ainda, que as práticas docentes também podem ser não equânimes, como foi identificado em alguns relatos de estudantes do gênero feminino. Além disto, identificou-se que as dificuldades postas à carreira matemática feminina, desde estágios iniciais da escolaridade até os cargos mais elevados da carreira acadêmica, afetam com um efeito progressivo, de modo que as barreiras relatadas pelas meninas/mulheres se modificam, vão tomando outras formas e aumentando ao longo de suas trajetórias. É possível identificar, ainda, que tradições e pressões sociais podem contribuir também para que as mulheres tenham que buscar de diversas formas a adaptação ao ambiente acadêmico matemático, por serem minoria expressiva, o que pode gerar conflitos com questões relacionadas ao gênero feminino, como a maternidade. Após identificar principais barreiras e suportes que são percebidos pelos estudantes de duas IES com respeito a continuidade da carreira acadêmica matemática, considera-se importante estender esse estudo a outras instituições, de outras regiões. Dessa forma, poderiam ser obtidas informações sobre a carreira matemática brasileira e sobre aspectos do ensino da Matemática no país, o que possibilitaria pensar em estratégias para minimizar as barreiras e maximizar as formas de suporte. Aponta-se, ainda, a necessidade de uma análise mais aprofundada nas relações de tais fatores com o processo de ensino de Matemática, visto que dados obtidos nesta investigação indicam que muitos desses fatores são consequências de vivências dos estudantes, ainda no ambiente escolar.
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Após uma análise inicial das respostas obtidas por meio dos questionários, foram selecionadas e convidadas oito estudantes do gênero feminino para aprofundar algumas discussões levantadas em suas respostas e, dentre essas, obtivemos o retorno de seis estudantes. Para a análise foi adotada a criação de agrupamentos, dados em razão do caráter de semelhança das informações. Esses agrupamentos foram construídos em conformidade com a bibliografia adotada, sendo estes: Interno/Individual, Social, Parental/Familiar, Institucional/Escolar, Social, Ambiental e Financeiro. Após a realização das análises foi possível inferir que situações de incentivo e/ou desencorajamento, seja de pais ou professores, parecem ter influência direta na autoconfiança das estudantes do gênero feminino e que estas têm menos confiança em suas habilidades matemáticas em relação aos estudantes do gênero masculino. Tal condição pode ser reflexo de uma imagem social masculinizada do matemático, reafirmando discursos e crenças com respeito à relação das meninas/mulheres com a Matemática no ambiente familiar e, especialmente, no contexto escolar. Ressalta-se, ainda, que as práticas docentes também podem ser não equânimes, como foi identificado em alguns relatos de estudantes do gênero feminino. Além disto, identificou-se que as dificuldades postas à carreira matemática feminina, desde estágios iniciais da escolaridade até os cargos mais elevados da carreira acadêmica, afetam com um efeito progressivo, de modo que as barreiras relatadas pelas meninas/mulheres se modificam, vão tomando outras formas e aumentando ao longo de suas trajetórias. É possível identificar, ainda, que tradições e pressões sociais podem contribuir também para que as mulheres tenham que buscar de diversas formas a adaptação ao ambiente acadêmico matemático, por serem minoria expressiva, o que pode gerar conflitos com questões relacionadas ao gênero feminino, como a maternidade. Após identificar principais barreiras e suportes que são percebidos pelos estudantes de duas IES com respeito a continuidade da carreira acadêmica matemática, considera-se importante estender esse estudo a outras instituições, de outras regiões. Dessa forma, poderiam ser obtidas informações sobre a carreira matemática brasileira e sobre aspectos do ensino da Matemática no país, o que possibilitaria pensar em estratégias para minimizar as barreiras e maximizar as formas de suporte. Aponta-se, ainda, a necessidade de uma análise mais aprofundada nas relações de tais fatores com o processo de ensino de Matemática, visto que dados obtidos nesta investigação indicam que muitos desses fatores são consequências de vivências dos estudantes, ainda no ambiente escolar.The present work with a qualitative approach aims to analyze how the barriers and supports perceived by Mathematics students in their trajectories are related to their gender and how they influence the continuity of the female academic career, as well as to identify the relationships with the teaching process of Mathematics experienced by these students.To progress this investigation, two state public Higher Education Institutions which offering courses in Mathematics at the Undergraduate and Graduate levels (Master and Doctorate) were selected. In the first stage of data collection, electronic questionnaires were sent, according to the level of education of the students, and 48 responses were voluntarily obtained, 19 of them from students identified with the female gender and 29 with the male gender. After an initial analysis of the answers given to the questionnaires, eight female students were selected and invited to present detailed opinions about the topics that were brought to discussion with the answers obtained on questionnaires. Among these, only six students returned contact. For the analysis, we adopted the creation of categories, due to the similarity of the data. These groups were built in accordance with the adopted bibliography, which are: Internal/Individual, Social, Parental/Family, Institutional/School, Social, Environmental and Financial. The analyses shows that it is possible to infer that situations of encouragement and / or discouragement, whether from parents or teachers, seem to have a direct influence on the self-confidence of female students and that they have less confidence in their mathematical skills in relation to male students. Such condition may be a reflect of a masculine social image of the mathematician, reaffirming discourses and beliefs regarding the relationship of girls / women with mathematics in the family environment and, especially, in the school context. It is noteworthy that teaching practices can also be unequal, as was identified in some reports of female students. In addition, it was identified that the difficulties posed to the female mathematical career, from the initial stages of schooling to the higher positions of the academic career, affect with a progressive effect, so that the barriers reported by the girls / women change, they take over other forms and increase along their trajectories. It is also possible to identify that traditions and social pressures can also contribute so that women have to seek in different ways to adapt to the academic mathematical environment, as they are an expressive minority, which can generate conflicts with issues related to the female gender, such as maternity. After identifying the main barriers and supports that are perceived by students from this two institutions with respect to the continuity of the mathematical academic career, we perceived that it is important to extend this study to other institutions in other regions. In this way, information about the Brazilian mathematical career and aspects of mathematics teaching in the country can be obtained, which would make it possible to think about minimizing barriers and maximizing forms of support. It also points out the need for a more in-depth analysis of the relationships between such factors and the mathematics teaching process, since the data obtained in this investigation shows that many factors are consequences of students' experiences, even in the school environment.Agência 1porUniversidade Federal de ItajubáPrograma de Pós-Graduação: Mestrado - Educação em CiênciasUNIFEIBrasilIFQ - Instituto de Física e QuímicaCNPQ::CIÊNCIAS HUMANAS::EDUCAÇÃO::ENSINO-APRENDIZAGEMGênero na matemáticaGênero na carreira acadêmicaMulheres na matemáticaPercepção de barreiras e suportes na carreira acadêmica dos estudantes de matemática: um estudo de gêneroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSILVA, Mariana Feiteiro Cavalarihttp://lattes.cnpq.br/5615760553062573http://lattes.cnpq.br/1586609020888234OLIVEIRA, Daniele Aparecida deOLIVEIRA, Daniele Aparecida de. Percepção de barreiras e suportes na carreira acadêmica dos estudantes de matemática: um estudo de gênero. 2021. 141 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências) – Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, 2021.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI)instname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIORIGINALDissertação_2021109.pdfDissertação_2021109.pdfapplication/pdf1884159https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2408/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_2021109.pdf14205ef474dfd85f5790cd097a42a0b9MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2408/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/24082024-01-30 11:07:43.8oai:repositorio.unifei.edu.br:123456789/2408Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unifei.edu.br/oai/requestrepositorio@unifei.edu.br || geraldocarlos@unifei.edu.bropendoar:70442024-01-30T14:07:43Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI) - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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