Influência do IMC pré-gestacional e fatores associados nos desfechos perinatais adversos em coorte de hospital terciário sob analgesia de parto regional e não farmacológica
Ano de defesa: | 2023 |
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Resumo: | Introdução: Os resultados da gravidez adversos, que podem sobrecarregar o sistema de saúde, aumentaram a partir de mudanças nos padrões demográficos da população feminina, assim como o aumento do uso de intervenções obstétricas e anestésicas. Paralelamente aumentou o uso de métodos não-farmacológicos (MNF). A influência independente destes fatores no resultado da gravidez adverso das parturientes sob analgesia regional ainda é obscura. Objetivos: Analisar os fatores associados nos resultados da gravidez adversos que sobrecarregam ou não o sistema de saúde em gestantes submetidas analgesia regional. Métodos: A pesquisa foi dividida em duas partes: Estudo1: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 685 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia regional. A associação entre IMC e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis significativas obtidas e também associadas significativamente para tempo de internação materna prolongada. Estudo 2: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 986 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia de parto regional. A associação entre acompanhante (AC)/ terapias complementares (TC) e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis explicativas obtidas significativas para resultados da gravidez adversos relacionados. Resultados: Estudo1: IMC alto associouse significativamente à ocorrência de doenças sistêmicas (p <0,001), ganho de peso acima do adequado (p <0,001), trabalho de parto induzido (p <0,001) e anestesia peridural (p <0,01 ). O parto operatório (p <0,05) e a episiotomia (p <0,001) foram associados a um IMC baixo. Foi encontrada correlação entre IMC e idade materna (r = 0,30; p <0,001), classificação do estado físico da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) (r = 0,1; p = 0,009) e tempo de internação materna (r = 0,15; p <0,001). A chance de internação materna por mais de 4 dias aumentou com IMC≥30 (OR = 2,39; p <0,001), doença sistêmica (OR = 4,64; p <0,001), trabalho de parto induzido (OR = 2,38; p <0,001), idade mais avançada de 35 anos (OR = 1,98; p = 0,037) e ASA III (OR = 3,42, p <0,05). No entanto, apenas a presença de doenças sistêmicas fez com que essa chance tivesse um aumento independente (AOR= 4,64; p <0,001). Na regressão linear ajustada, o tempo de internação materna apresentou aumento de 26,6% na presença de doença sistêmica (IC95% 1,19-1,34; p<0,0001). Estudo 2: Houve associação significativa entre AC e idade (p<0,05), primiparidade (p <0,001) e TC (p<0,001). Tanto AC quanto TC se associaram significativamente à intercorrência no parto (p<0,0001) , cesárea não planejada (p<0,0001) e tempo de internação materna (p<0,01) Em análise multivariada, a chance de intercorrência no parto reduziu com o uso de TC (AOR=0,42, p<0,001) e AC (AOR=0,36, p<0,001), a chance de internação materna prolongada diminuiu com o acompanhamento (AOR=0,57, p<0,05) e a chance de cesárea não-planejada diminuiu com o uso de terapias complementares (AOR=0,05, p<0,01). Conclusões: A chance de internação materna prolongada aumenta na parturiente que recebe anestesia regional na presença de doenças sistêmicas. Porém, AC podem reduzir a chance de internação materna prolongada. Ambos os MNF reduzem a chance de intercorrências e o uso de TC reduz a chance de cesárea. Os resultados deste estudo poderão orientar as instituições em protocolos assistenciais, nas distribuição de recursos para a assistência, além de estimular o uso de MNF na assistência multidisciplinar ao cuidado obstétrico |
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Influência do IMC pré-gestacional e fatores associados nos desfechos perinatais adversos em coorte de hospital terciário sob analgesia de parto regional e não farmacológicaAnalgesia obstétricaResultado da gravidezTempo de internaçãoTerapias complementaresAnalgesiaAnalgesia obstétricaTempo de internaçãoGravidezTerapia complementarComplementary therapiesLength of stayAnalgesia ObstetricalPregnancy outcomesIntrodução: Os resultados da gravidez adversos, que podem sobrecarregar o sistema de saúde, aumentaram a partir de mudanças nos padrões demográficos da população feminina, assim como o aumento do uso de intervenções obstétricas e anestésicas. Paralelamente aumentou o uso de métodos não-farmacológicos (MNF). A influência independente destes fatores no resultado da gravidez adverso das parturientes sob analgesia regional ainda é obscura. Objetivos: Analisar os fatores associados nos resultados da gravidez adversos que sobrecarregam ou não o sistema de saúde em gestantes submetidas analgesia regional. Métodos: A pesquisa foi dividida em duas partes: Estudo1: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 685 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia regional. A associação entre IMC e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis significativas obtidas e também associadas significativamente para tempo de internação materna prolongada. Estudo 2: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 986 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia de parto regional. A associação entre acompanhante (AC)/ terapias complementares (TC) e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis explicativas obtidas significativas para resultados da gravidez adversos relacionados. Resultados: Estudo1: IMC alto associouse significativamente à ocorrência de doenças sistêmicas (p <0,001), ganho de peso acima do adequado (p <0,001), trabalho de parto induzido (p <0,001) e anestesia peridural (p <0,01 ). O parto operatório (p <0,05) e a episiotomia (p <0,001) foram associados a um IMC baixo. Foi encontrada correlação entre IMC e idade materna (r = 0,30; p <0,001), classificação do estado físico da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) (r = 0,1; p = 0,009) e tempo de internação materna (r = 0,15; p <0,001). A chance de internação materna por mais de 4 dias aumentou com IMC≥30 (OR = 2,39; p <0,001), doença sistêmica (OR = 4,64; p <0,001), trabalho de parto induzido (OR = 2,38; p <0,001), idade mais avançada de 35 anos (OR = 1,98; p = 0,037) e ASA III (OR = 3,42, p <0,05). No entanto, apenas a presença de doenças sistêmicas fez com que essa chance tivesse um aumento independente (AOR= 4,64; p <0,001). Na regressão linear ajustada, o tempo de internação materna apresentou aumento de 26,6% na presença de doença sistêmica (IC95% 1,19-1,34; p<0,0001). Estudo 2: Houve associação significativa entre AC e idade (p<0,05), primiparidade (p <0,001) e TC (p<0,001). Tanto AC quanto TC se associaram significativamente à intercorrência no parto (p<0,0001) , cesárea não planejada (p<0,0001) e tempo de internação materna (p<0,01) Em análise multivariada, a chance de intercorrência no parto reduziu com o uso de TC (AOR=0,42, p<0,001) e AC (AOR=0,36, p<0,001), a chance de internação materna prolongada diminuiu com o acompanhamento (AOR=0,57, p<0,05) e a chance de cesárea não-planejada diminuiu com o uso de terapias complementares (AOR=0,05, p<0,01). Conclusões: A chance de internação materna prolongada aumenta na parturiente que recebe anestesia regional na presença de doenças sistêmicas. Porém, AC podem reduzir a chance de internação materna prolongada. Ambos os MNF reduzem a chance de intercorrências e o uso de TC reduz a chance de cesárea. Os resultados deste estudo poderão orientar as instituições em protocolos assistenciais, nas distribuição de recursos para a assistência, além de estimular o uso de MNF na assistência multidisciplinar ao cuidado obstétricoIntroduction: Adverse pregnancy outcomes, that an burden health system have increased due to changes in the demographic patterns of the female population, as increase in the use of obstetric and anesthetic interventions. In parallel, the use of nonpharmacological methods (NPM) has increased. The independent influence of these factors on the adverse pregnancy outcome of parturients under regional anesthesia is still unclear Purpose: To analyze the influence of associated factors on adverse pregnancy outcomes that can burden or not health system in parturients receiving regional analgesia. Methods: The research was divided in two studies. Study 1: This single-center retrospective cohort study was based on data from perinatal medical records of 685 parturient women in active labor that received regional analgesia. The association between BMI and demographic, obstetrical interventions, and adverse obstetric outcomes related to them were analyzed. Bi- and multivariate logistic regression models were adjusted with significantly variables that were also signicantly associated with a prolonged maternal hospital stay. Study 2: This single-center retrospective cohort study was based on data from perinatal medical records of 986 parturient women in active labor that received regional analgesia. The association between companionship (COMP)/ complementary therapies (CT) and demographic, obstetrical interventions, and adverse pregnancy outcomes related to them were analyzed. Bi- and multivariate logistic regression models were adjusted with significant explanatory variables for adverse pregnancy outcomes Results: Study 1: High BMI was significantly associated with the occurrence of systemic diseases (p < 0.001), weight gain greater than adequate (p < 0.001), induced labor (p < 0.001), and epidural anesthesia (p < 0.01). Operative delivery (p < 0.05), and episiotomy (p < 0.001) were associated with a lower BMI. A correlation was found between BMI and maternal age (r = 0.30; p < 0.001), American Society of Anesthesiology (ASA) physical status classification (r = 0.1; p = 0.009), and length of maternal hospital stay (r = 0.15; p < 0.001). The likelihood of prolonged maternal hospital stay increased with BMI≥30 (OR = 2.39; p < 0.001), systemic disease (OR = 4.64; p < 0.001), induced labor (OR = 2.38; p < 0.001), age older than 35 years (OR = 1.98; p = 0.037), and ASA III (OR = 3.42, p < 0.05). However, only the presence of systemic diseases caused this likelihood to have an independent increase (p < 0.001). In the adjusted linear regression, the length of maternal hospital stay showed a 26.6% increase in the presence of systemic disease (95% CI 1.19-1.34; p < 0. 0001). Study 2: There was a significant association between COMP and maternal age (p< 0.05), primiparity (p < 0.001), and CT(p < 0.0001). Both COMP and CT were significantly associated with childbirth complications (p < 0.0001), unplanned cesarean section (p < 0.0001), and prolonged maternal hospital stay (p < 0.01). In, the multivariate analysis, childbirth complications were significantly reduced with the use of CT (AOR=0.42; 95%CI=0.28-0.63; p<0.001) and COMP (AOR=0.36; 95%CI=0.22-0.57; p<0,001). The likelihood of prolonged maternal hospitalization was significantly reduced with COMP (AOR=0.57; 95%CI=0.36-0.92, p<0.05). The likelihood of unplanned cesarean was significant reduced with CT (AOR=0.05; 95%CI=0.01-0.47; p<0.01). Conclusion: The likelihood of prolonged maternal hospitalization stay increases in parturient receiving regional labor anesthesia in the presence of systemic diseases. However, the use of COMP can reduce the likelihood of prolonged maternal hospitalization stay. Both NPM reduce the chance of childbirth complications. The use of TC reduces the chance of unplanned cesarean section. The results of this study can guide health services in planning institutional protocols, in the distribution of resources for assistance, and to stimulate the use of NPM in multidisciplinary obstetric care.102 f.Sá, Renato Augusto Moreira dehttp://lattes.cnpq.br/7722814490587972Coca Velarde, Luis Guillermohttp://lattes.cnpq.br/5087016670022826Rezende Filho, Jorge Fonte dehttp://lattes.cnpq.br/8538828967129169Amin Junior, JoffreBraga Neto, Antonio Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7557971069321691Mocarzel, Luiz Otávio Cardosohttp://lattes.cnpq.br/4815447389589924Oliveira, Cristiane Alves dehttp://lattes.cnpq.br/6896812175943829http://lattes.cnpq.br/7557992140769621Gribel, Gisele Passos da Costa2023-03-31T17:01:27Z2023-03-31T17:01:27Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfGRIBEL, Gisele Passos da Costa. 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Introdução: Os resultados da gravidez adversos, que podem sobrecarregar o sistema de saúde, aumentaram a partir de mudanças nos padrões demográficos da população feminina, assim como o aumento do uso de intervenções obstétricas e anestésicas. Paralelamente aumentou o uso de métodos não-farmacológicos (MNF). A influência independente destes fatores no resultado da gravidez adverso das parturientes sob analgesia regional ainda é obscura. Objetivos: Analisar os fatores associados nos resultados da gravidez adversos que sobrecarregam ou não o sistema de saúde em gestantes submetidas analgesia regional. Métodos: A pesquisa foi dividida em duas partes: Estudo1: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 685 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia regional. A associação entre IMC e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis significativas obtidas e também associadas significativamente para tempo de internação materna prolongada. Estudo 2: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 986 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia de parto regional. A associação entre acompanhante (AC)/ terapias complementares (TC) e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis explicativas obtidas significativas para resultados da gravidez adversos relacionados. Resultados: Estudo1: IMC alto associouse significativamente à ocorrência de doenças sistêmicas (p <0,001), ganho de peso acima do adequado (p <0,001), trabalho de parto induzido (p <0,001) e anestesia peridural (p <0,01 ). O parto operatório (p <0,05) e a episiotomia (p <0,001) foram associados a um IMC baixo. Foi encontrada correlação entre IMC e idade materna (r = 0,30; p <0,001), classificação do estado físico da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) (r = 0,1; p = 0,009) e tempo de internação materna (r = 0,15; p <0,001). A chance de internação materna por mais de 4 dias aumentou com IMC≥30 (OR = 2,39; p <0,001), doença sistêmica (OR = 4,64; p <0,001), trabalho de parto induzido (OR = 2,38; p <0,001), idade mais avançada de 35 anos (OR = 1,98; p = 0,037) e ASA III (OR = 3,42, p <0,05). No entanto, apenas a presença de doenças sistêmicas fez com que essa chance tivesse um aumento independente (AOR= 4,64; p <0,001). Na regressão linear ajustada, o tempo de internação materna apresentou aumento de 26,6% na presença de doença sistêmica (IC95% 1,19-1,34; p<0,0001). Estudo 2: Houve associação significativa entre AC e idade (p<0,05), primiparidade (p <0,001) e TC (p<0,001). Tanto AC quanto TC se associaram significativamente à intercorrência no parto (p<0,0001) , cesárea não planejada (p<0,0001) e tempo de internação materna (p<0,01) Em análise multivariada, a chance de intercorrência no parto reduziu com o uso de TC (AOR=0,42, p<0,001) e AC (AOR=0,36, p<0,001), a chance de internação materna prolongada diminuiu com o acompanhamento (AOR=0,57, p<0,05) e a chance de cesárea não-planejada diminuiu com o uso de terapias complementares (AOR=0,05, p<0,01). Conclusões: A chance de internação materna prolongada aumenta na parturiente que recebe anestesia regional na presença de doenças sistêmicas. Porém, AC podem reduzir a chance de internação materna prolongada. Ambos os MNF reduzem a chance de intercorrências e o uso de TC reduz a chance de cesárea. Os resultados deste estudo poderão orientar as instituições em protocolos assistenciais, nas distribuição de recursos para a assistência, além de estimular o uso de MNF na assistência multidisciplinar ao cuidado obstétrico |
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