O fluxo da consciência na obra de Virgínia Woolf: uma revisão do conceito psicológico na literatura
Ano de defesa: | 2024 |
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Orientador(a): | |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/34256 |
Resumo: | O presente trabalho se propõe a discutir a ideia de fluxo da consciência na literatura, tomando como objeto de pesquisa a obra da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941), cujos romances mais mencionados foram, ao longo das décadas passadas, associados a esse conceito psicológico. No entanto, por mais que tal correlação esteja fortemente presente na recepção da obra woolfiana, alguns de seus críticos e estudiosos, como Hermione Lee (1977), T. E. Apter (1979) e David Bradshaw (2006), recusam Woolf enquanto uma escritora do fluxo da consciência. Por se tratar de um termo advindo da psicologia, o fluxo da consciência é absorvido pela literatura de maneira assaz desordenada, causando justamente algumas confusões de ordem conceitual ao se observar a sua presença no âmbito literário. A fim de compreendermos por que esse impasse entre a crítica woolfiana especializada se dá, partimos da obra do psicólogo e filósofo William James (1842-1910), que cunhou o termo “fluxo da consciência”, para elucidarmos conceitualmente a questão. A partir disso, foi necessário revisitar e revisar a teoria de Robert Humphrey (1976), cujo trabalho de fôlego, embora tenha delineado sobremaneira os estudos do assunto, contribuiu para o desentendimento acerca dele. Analisamos detidamente os principais romances de Virginia Woolf vinculados ao fluxo da consciência, a fim de pensá-lo em tais obras: Mrs. Dalloway (1925), Ao farol (1927) e As ondas (1931). Como conclusão, propomos ser fundamental pensar o fluxo da consciência enquanto um conceito psicológico para, só assim, identificar as técnicas narrativas na literatura que se associam a ele, entendendo- o como um fenômeno também presente na literatura produzida a partir da primeira metade do século XX, incluindo parte da obra de Virginia Woolf. |
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O fluxo da consciência na obra de Virgínia Woolf: uma revisão do conceito psicológico na literaturaVirginia WoolfFluxo da consciênciaModernismo inglêsWilliam JamesWoolf, Virgínia , 1882-1941Literatura inglesaVirginia WoolfStream of ConsciousnessEnglish ModernismWilliam JamesO presente trabalho se propõe a discutir a ideia de fluxo da consciência na literatura, tomando como objeto de pesquisa a obra da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941), cujos romances mais mencionados foram, ao longo das décadas passadas, associados a esse conceito psicológico. No entanto, por mais que tal correlação esteja fortemente presente na recepção da obra woolfiana, alguns de seus críticos e estudiosos, como Hermione Lee (1977), T. E. Apter (1979) e David Bradshaw (2006), recusam Woolf enquanto uma escritora do fluxo da consciência. Por se tratar de um termo advindo da psicologia, o fluxo da consciência é absorvido pela literatura de maneira assaz desordenada, causando justamente algumas confusões de ordem conceitual ao se observar a sua presença no âmbito literário. A fim de compreendermos por que esse impasse entre a crítica woolfiana especializada se dá, partimos da obra do psicólogo e filósofo William James (1842-1910), que cunhou o termo “fluxo da consciência”, para elucidarmos conceitualmente a questão. A partir disso, foi necessário revisitar e revisar a teoria de Robert Humphrey (1976), cujo trabalho de fôlego, embora tenha delineado sobremaneira os estudos do assunto, contribuiu para o desentendimento acerca dele. Analisamos detidamente os principais romances de Virginia Woolf vinculados ao fluxo da consciência, a fim de pensá-lo em tais obras: Mrs. Dalloway (1925), Ao farol (1927) e As ondas (1931). Como conclusão, propomos ser fundamental pensar o fluxo da consciência enquanto um conceito psicológico para, só assim, identificar as técnicas narrativas na literatura que se associam a ele, entendendo- o como um fenômeno também presente na literatura produzida a partir da primeira metade do século XX, incluindo parte da obra de Virginia Woolf.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe present study proposes to discuss the idea of stream of consciousness in literature, taking as a research object the work of the English writer Virginia Woolf (1882-1941), whose most famous novels were, over the past decades, associated with it. However, as much as this correlation is strongly present in the reception of Woolf's work, some of its critics and scholars, such as Hermione Lee (1977), T. E. Apter (1979) and David Bradshaw (2006), reject Woolf as a stream of consciousness writer. As it is a term that comes from psychology, the stream of consciousness is absorbed by literature in a rather disorganized way, precisely causing some conceptual confusion when observing its presence in the literary context. To understand why this impasse among specialized Woolfian criticism occurs, we start from the work of psychologist and philosopher William James (1842-1910), who coined the term “stream of consciousness”, to conceptually elucidate the issue. From this, it was necessary to revisit and revise the theory of Robert Humphrey (1976), whose extensive work, although it greatly outlined the studies on the subject, contributed to the conceptual confusions about it. We closely analyzed Virginia Woolf's main novels linked to the stream of consciousness, in order to think about it in such works: Mrs. Dalloway (1925), To the Lighthouse (1927) and The Waves (1931). As a conclusion, we propose that it is essential to think about the stream of consciousness as a psychological concept in order to identify the narrative techniques in literature that are associated with it, understanding it as a phenomenon also present in literature produced from the first half of the XX century, including part of the work of Virginia Woolf.130 p.Amaral, Vitor Alevato doCarrero, Mellory Ferraz2024-08-19T12:05:44Z2024-08-19T12:05:44Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCARRERO, Mellory Ferraz. O fluxo da consciência na obra de Virgínia Woolf: uma revisão do conceito psicológico na literatura. 2023. 130 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) - Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura, Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.https://app.uff.br/riuff/handle/1/34256CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-08-19T12:05:48Zoai:app.uff.br:1/34256Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T12:05:48Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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