Gênero no ensino de ciências e biologia: o que dizem professoras e professores?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Julia Dionísio Cavalcante da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15093
Resumo: Para a presente investigação, partimos da proposta de que a ação docente é protagonista no processo de construção de saberes inerentes e exclusivos ao exercício desta profissão; e que a categoria de gênero corresponde a um constructo sócio histórico que informa e é informado por referências das Ciências Biológicas acerca das diferenças sexuais. Neste sentido, defendemos que as disciplinas escolares ciências e biologia representam importantes espaços de reflexão e debate acerca de questões socioculturais, em especial as que se relacionam aos aspectos reprodutivos da espécie humana, que além de integrarem componentes curriculares, também configuram vias de acesso e contextualização de discussões a respeito de temas como gênero e sexualidade. Desta forma, as atribuições da docência das referidas disciplinas requerem a constante articulação entre discursos e enunciados científicos (obtidos durante parte da formação inicial) e os saberes sociais e docentes, produzidos ao longo das trajetórias formativas que atravessam com o ambiente escolar. É justamente nesta interface, que agrega a aquisição e a mobilização de saberes docentes, que posicionamos nosso horizonte investigativo, em busca de compreender como professoras/es lidam cotidianamente com os desafios que se apresentam em suas salas de aula quando os assuntos levantados envolvem a temática de gênero. Para tanto, utilizamos questionários online como forma de aproximação preliminar do campo a ser estudado e para selecionar candidatas/os para entrevistas pessoais semiestruturadas. Com as quais obtivemos os relatos de seis professoras e professores de Ciência e Biologia, que atuam em escolas públicas do Rio de Janeiro e pertencem a diferentes estágios do ciclo de vida profissional. Articulamos nossos achados empíricos, ao contexto teórico dos estudos de gênero em diálogo com a perspectiva dos saberes docentes. A análise das vivências narradas pelas/os entrevistadas/os demonstrou que a ação docente, em termos da temática de gênero, resulta da confluência de inúmeras experiências adquiridas por estas/es professoras/es enquanto percorrem distintos espaços e momentos de socialização e preparação profissional. Assim, referências familiares, situações observadas durante a escolarização e circunstâncias da formação inicial e continuada emergem como combustível para reflexões pessoais, que, além de permitirem a mobilização de atividades na sala de aula, também promovem o autoexame crítico a respeito dos limites e possibilidades de seus próprios repertórios profissionais. Concluímos que, apesar dos constrangimentos de diversas naturezas impostos à atividade docente, sobretudo atualmente, estas/es profissionais possuem um amplo potencial de ação frente às demandas que se apresentam tanto na escola quanto na sociedade
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Neste sentido, defendemos que as disciplinas escolares ciências e biologia representam importantes espaços de reflexão e debate acerca de questões socioculturais, em especial as que se relacionam aos aspectos reprodutivos da espécie humana, que além de integrarem componentes curriculares, também configuram vias de acesso e contextualização de discussões a respeito de temas como gênero e sexualidade. Desta forma, as atribuições da docência das referidas disciplinas requerem a constante articulação entre discursos e enunciados científicos (obtidos durante parte da formação inicial) e os saberes sociais e docentes, produzidos ao longo das trajetórias formativas que atravessam com o ambiente escolar. É justamente nesta interface, que agrega a aquisição e a mobilização de saberes docentes, que posicionamos nosso horizonte investigativo, em busca de compreender como professoras/es lidam cotidianamente com os desafios que se apresentam em suas salas de aula quando os assuntos levantados envolvem a temática de gênero. Para tanto, utilizamos questionários online como forma de aproximação preliminar do campo a ser estudado e para selecionar candidatas/os para entrevistas pessoais semiestruturadas. Com as quais obtivemos os relatos de seis professoras e professores de Ciência e Biologia, que atuam em escolas públicas do Rio de Janeiro e pertencem a diferentes estágios do ciclo de vida profissional. Articulamos nossos achados empíricos, ao contexto teórico dos estudos de gênero em diálogo com a perspectiva dos saberes docentes. A análise das vivências narradas pelas/os entrevistadas/os demonstrou que a ação docente, em termos da temática de gênero, resulta da confluência de inúmeras experiências adquiridas por estas/es professoras/es enquanto percorrem distintos espaços e momentos de socialização e preparação profissional. Assim, referências familiares, situações observadas durante a escolarização e circunstâncias da formação inicial e continuada emergem como combustível para reflexões pessoais, que, além de permitirem a mobilização de atividades na sala de aula, também promovem o autoexame crítico a respeito dos limites e possibilidades de seus próprios repertórios profissionais. Concluímos que, apesar dos constrangimentos de diversas naturezas impostos à atividade docente, sobretudo atualmente, estas/es profissionais possuem um amplo potencial de ação frente às demandas que se apresentam tanto na escola quanto na sociedadeCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFor this investigation, we follow the proposal that the teaching action is protagonist of the knowledge construction process, inherent and exclusive to this specific profession; and that the gender category corresponds to a socio-historical construct that informs and is also informed by biological references, notably those about sexual differences. Thereby, we defend that the Science and Biology school subjects represents important spaces for reflection and debate on sociocultural issues, especially those related to the reproductive aspects of the human species, which, besides representing curricular components, also configure access ways of contextualization and discussions on topics such as gender and sexuality. Thus, the teaching attributions of these disciplines require constant articulation between discourses and scientific statements (obtained during part of the initial formation) and the social and teaching knowledges (produced along formative trajectories that dialogue with the school environment). Precisely in interface that integrates the acquisition and mobilization of teacher’s knowledge, we position our research horizon, in search of understanding how teachers deal with the challenges presented by their classrooms when the gender theme came along. To do so, we used online questionnaires as a way of initial approximation to the field yet to be studied and to select candidates for semi-structured personal interviews. With which we obtained the reports of six Science and Biology schoolteachers, who work in public schools in Rio de Janeiro and belong to different stages of the professional life cycle. We articulate our empirical findings, to the theoretical context of the gender studies in dialogue with the perspective of teacher knowledge studies. The analysis of the experiences narrated by the interviewees showed us that the teaching action, in terms of the gender theme, results from the confluence of innumerable experiences acquired as they travel through different spaces and moments of socialization and professional preparation. Therefore, family references, situations observed during schooling, and circumstances of initial and continuing education emerge as fuel for personal reflections, which, in addition to allowing the mobilization of activities in the classroom, also promote critical self-examination regarding the limits and possibilities of their own professional repertoires. We conclude that, in spite of the constraints of various kinds imposed on the teaching activity, especially nowadays, these professionals have a broad potential of action in front of the demands that presented both in schools/classrooms and in society173 f.Lima, Maria Jacqueline Girão Soares deSelles, Sandra EscovedoGuedes, Moema de CastroSepúlveda, Denize de Aguiar XavierSilva, Julia Dionísio Cavalcante da2020-10-05T13:35:12Z2020-10-05T13:35:12Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Julia DionÍsio Cavalcante da. Gênero no ensino de ciências e biologia: o que dizem professoras e professores? . 2019. 173 f. Dissertação ( Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/15093http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-18T18:40:09Zoai:app.uff.br:1/15093Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-18T18:40:09Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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